Taxa do irmão mais velho II

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  Bruce estava tendo uma semana relativamente boa, Gotham não tinha nenhum ataque de um grande vilão a vários dias, as patrulhas eram apenas socos em bandidos de baixo nível. Nenhum de seus filhos se machucou em patrulha, outro ponto em sua lista de coisas boas. Dick e ele estavam em um ótimo momento, eles estavam a algum tempo já, desde que Tim se infiltrou ainda mais em suas vidas, mas agora estava perfeito. E tinha Tim, que estava progredindo muito bem, ele ia para a escola, comia refeições quentes e lanches, fazia sua lição de casa, brincava, jogava videogame, eles passavam muito tempo juntos, seja vendo filmes, jogando jogos, com ele colocando seu menino na cama, tudo que uma criança deveria ter, e Tim não teve, mesmo sendo um menino nascido no berço de ouro de Gotham, então Bruce queria que ele tivesse tudo isso agora.

Tim voltou a ser Robin, apesar dos desejos de Bruce que ele simplesmente abandonasse a capa, e isso estava bem. A recuperação do seu filho mais novo foi completa, com um caminho tortuoso, mas completa, e agora, ele voltou a ser um menino risonho, calmo e persistente.

Muito, muito persistente.

O Wayne não conseguia entender por qual motivo Tim queria tanto trazer seu algoz para casa, doía chamar seu filho assim, mas era o que Jason foi para Tim e Bruce não diminuiria esse fato. Ele sabia que tinha sido o poço, sabia a verdade depois de uma ligação acalorada com Tália, mas ainda não conseguia colocar na cabeça a ideia de deixar Jason chegar perto de Tim.

Bruce estava com medo. Ele não iria admitir, mas ele estava apavorado que seu pequeno menino levasse uma surra novamente do Capuz Vermelho e ele não chegasse a tempo para resgata-lo. Que se conseguisse tirar seu filho das mãos do assassino, não iria conseguir trazer toda a saúde de volta ao seu corpo. Bruce estava com medo de perder Tim para um monstro. Assim como perdeu Jason.

E Tim? Tim simplesmente não ligava, o pai não entendia de onde isso vinha, não conseguia entender como Tim se achava menos importante que o seu quase assassino. Então Bruce colocou regras na casa.
Quando Tim se recuperou totalmente e recebeu autorização para patrulhar, ele não patrulhava sozinho; se Batman não estava, ele teria Asa Noturna; se Asa Noturna estivesse fora, ele poderia muito bem ficar grudado em Batwoman; e se ninguém mais estava, Órfã e Spoiler poderiam muito bem patrulhar com ele. E depois disso, a regra de que Robin não chega perto dos territórios do Capuz Vermelho. Bruce fez isso por três motivos:

1° Tim iria atrás de Jason assim que alguém desse uma brecha, qualquer piscada e Robin estaria voando para os braços de seu torturador.

2° Bruce não estava tão confiante que tinha acabado na torre, ele estava com medo de Jason ir atrás do menino. Então, Robin precisava de alguém para protegê-lo.

3° Passarinhos não devem voar sozinhos e sem rumo. A lição pegou agora.

E Tim estava seguindo as regras, como o menino doce e exemplar que ele é. Bruce tinha sua dúvidas se era porque ele tinha companhia o tempo todo ou porquê ele estava obedecendo. De qualquer maneira, Tim estava seguro.

Quando Bruce acordou naquela manhã, com nada mais do que 10 ligações de Lucius Fox feitas em 10 minutos, ele soube que teria que fazer algo que não queria. Ele retornou, ouviu o problema e desligou já cansado só de pensar na dor de cabeça que estavam causando. Ele teria que viajar para outro estado porque alguém agendou uma reunião de um dia para o outro em seu nome com diversos representantes no Texas dizendo que teria um importante anúncio e várias pessoas já tinham chegado, ele não sabia quem foi, mas quando soubesse, uma demissão estaria acontecendo.
Bruce levanta a contra gosto e arruma uma mala com itens essenciais, ele não vai ficar mais do que o necessário, e toma um banho e se arruma com todo o requinte Wayne. Ele sai do quarto já com a mala e se dirige a porta do lado, chegou a hora que ele simplesmente odeia. Se despedir de Tim.

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