pelos metrôs de seul

대림: daerim

Mais uma vez o T-money era usado e eles corriam para pegar o trem das dez horas. Eram exatas nove e cinquenta e sete, Namjoon sempre foi o mais rápido pelas pernas grandes, e assim teve que carregar um Jimin risonho nas costas, chamando a atenção de todos na estação Daebang. Mas pouco lhes importava, eles estavam tão felizes que olhares não o abalariam. Não mais.

— Céus! Achei que iríamos perder este trem. — Jimin disse descendo das costas de Namjoon, agora fazendo uma massagem no mesmo, já sentados. — Me desculpa, Nammie...

— Não doeu, você é levinho. — disse após bebericar ainda o iogurte do copo. — Bebe um pouco.

Jimin sugou o iogurte enquanto Namjoon segurava o copo, soltando logo depois. O geladinho da bebida já estava indo embora pela corrida que deram, mas ainda estava bom.

Namjoon mais uma vez ficava na janela e apreciava a paisagem. Gostaria de poder capturar aqueles momentos com fotos, e então sacou o celular e fotografou a paisagem que via em sua frente, e sorriu com a foto que tirou. Jimin via Namjoon sorridente, pela primeira vez via Namjoon tão entretido e vivendo tão bem a sua vida.

Olhou por cima do celular, viu várias fotos repetidas da paisagem que havia tirado foto, até passar para uma imagem de Jimin dormindo sobre seu corpo, no sofá, coberto por mantas na noite passada. Jimin estava surpreso, Namjoon havia tirado uma foto logo após transarem? E ainda dele dormindo?!

Por sorte não dava para ver mais que seu cabelo e sua traseira coberta pelo cobertor. Tirou o celular da mão de Namjoon e o viu ficar envergonhado, paralisado no mesmo lugar. Lançou um sorriso ladino para o Kim, vendo ele ficar ainda mais vermelho.

— Eu juro que eu tentei me segurar, mas ver você dormindo me fez tirar essa foto. — disse, se explicando. — Eu posso apagar, se você quiser.

— Pelo menos não fotografou o meu rosto derrotado. Você me matou ontem. — disse brincalhão, entregando o celular de volta. — Não apague, são as suas memórias. E eu estou sexy nessa foto.

— Está mesmo. Muito bonito. — disse Namjoon, dando zoom na foto. Foi de brincalhão para tímido em instantes, Park Jimin se escondeu em suas costas e sorriu pequeno.

Namjoon sorriu, sempre sabia como mexer com o mais novo.

Se virou de frente para Jimin, interrompendo a massagem que fazia em suas costas. Agora de frente para o mesmo, num vagão com apenas a presença dos dois, Namjoon sentiu algo diferente. Parecia que olhar para um Jimin com a expressão neutra e doce seria a paisagem mais linda que veria, tão mais bonita quanto a que via lá fora.

Mesmo sem entender, o Park olhava da mesma maneira que Namjoon lhe olhava, ambos fissurados um no outro.

E sem medo, Namjoon selou os seus lábios em um beijo demorado. Tudo aquilo parecia um sonho se realizando, ele se sentia tão bem que parecia irreal. Mas estava tudo bem agora, não tinha do que temer, era apenas ele e Jimin em seu próprio mundo.

— Sabe, tem umas músicas que eu gostaria que você ouvisse... — disse o mais velho, agora abraçado ao corpo de Jimin.

— Você canta mais coisa além de rap? Quando aprendeu? — perguntou Jimin, afinal, sabia que o namorado sempre foi incrível no rap, ouvia sempre suas composições. Mas nunca o ouviu cantar algo fora desse eixo.

— Bem... Eu experimentei alguns raps, elas são brasileiras e são cheias de poesia. — ah... poesia. A coisa favorita de Jimin, por isso Namjoon queria tanto cantá-las. — Acho que você adoraria saber a tradução delas.

— Na próxima vez que for ao estúdio, irá cantar esses raps bonitos para mim. — disse animado, segurando nos dois lados do rosto de Namjoon e olhando com carinho em seus olhos.