pelos metrôs de seul

이촌: ichon

— Quando era dia de roda de conversa, eu ficava muito nervoso. Porquê todo dia era pessoas diferentes. — começou explicando. — Mas teve um dia em específico que apareceu um rapazinho. O nome dele era Lee.

— E aí? O que o protagonista da história fez? — Jimin perguntou, sorrindo para Namjoon, que riu pequeno.

— Ah, ele era meio ansioso, sabe? Imperatividade, então ele falava muito, gesticulava muito. Não parecia querer falar sobre os seus problemas como todo mundo da roda, ele só queria falar e falar para fazer as pessoas rirem. E funcionou, muita gente que tinha depressão, inclusive eu, rimos bastante com Lee.

— Ele era tão divertido assim? — Jimin disse rindo, parecendo gostar bastante da história.

— Sim! Ele foi imitar o pai, que estava querendo bater nele com uma cadeira. — disse explicando minuciosamente. — Ai você já deve imaginar, ele segurou a cadeira no alto e falou "A cadeira quebra na minha cabeça, e pela primeira vez uma espécie de boi com chifres se transforma em galo!"

Jimin riu alto naquele trem, que não estava assim tão cheio, mas haviam pessoas que repararam na sua risada escandalosa. Ao perceber estar rindo demais, se escondeu no peito de Namjoon, que ria se segurando junto.

E assim contou mais e mais histórias da época da clínica. Como assustou a enfermeira se passando por um fantasma no meio da noite ou quando sem querer jogou tinta de tecido no jaleco do médico que o medicava. Jimin se divertia com as histórias, a cada riso bonito que soltava, o coração de Namjoon esquentava de tanto amor.

E assim chegaram a Ichon, o último lugar em que passariam. Estava tão lindo, cheio de luz e cores. Havia vários turistas pelas ruas, os restaurantes começavam a encher e o céu estava numa mistura de laranja e rosa pelo pôr do sol.

Isso, o pôr do sol!

Jimin correu com Namjoon nas mãos, pois sabia um lugar incrível para poder apreciar o pôr do sol. Namjoon não sabia para onde estava sendo levado, como sempre. Mas isso não o preocupava, afinal, a caixinha de surpresas chamado Park Jimin sempre traria um montão de emoções para o seu coração.

Ele apenas deixou o tempo falar naquele dia. Não teve preocupações, não teve sentimentos mistos nem um vazio de sentimentos. Ele sentiu tudo aquilo que o fez bem. O dia inteirinho era dedicado a ele por ser seu aniversário, o que fazia ser ainda melhor. O vento da corrida o fazia se sentir leve, como se corresse nas nuvens.

Corriam bastante, até que Jimin finalmente chegou no lugar que queria: o Ichon Han River Park.

Era um parque aberto, com passagem gratuita. E lá no final, havia um rio. Mesmo que ainda fosse o rio Han de antes, alguma coisa de diferente naquele lugar fez Namjoon sentir algo completamente fora do normal.

Paralisado onde estava, largou a mão de Jimin que acabou correndo alguns metros pelo impulso, parou e viu a reação de Namjoon vendo a visão que tinha.

Seus olhos pareceram se encher de lágrimas, Jimin viu isso e sentiu que iria chorar também. Mas não podiam ficar parados ali vendo de longe, precisavam ver mais de perto.

— Vamos, mais para perto!

E pegando na mão do namorado de novo, Namjoon viu aquela segunda corrida seguir como em câmera lenta, seus olhos lacrimejavam apenas de ver o amor de sua vida correndo com tanta força de vontade apenas para te levar mais para perto daquela visão incrível que podia ter. Será mesmo que ele merecia tanto amor daquele jeito?

Bem, ele amava se sentir amado por Park Jimin.

Quando chegaram na bordinha do rio, finalmente pararam. Namjoon recuperou um pouco do fôlego para enfim admirar aquela paisagem bonita. A cidade refletida na água do rio, com aquele pôr do sol que ia devagarinho descendo para aos poucos dar seu último adeus.