II

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Pov Harry

- Bom dia - Eu caminhei para dentro do salão de jantar, esperando ser mais um café da manhã normal.
Até ver meus tios sentados a mesa.

- Harry! Olhe quem chegou esta madrugada. - Minha mãe se levantou da mesa.

- Harry! - Meu tio Sirius se levantou e eu corri para abraçá-lo.

Meus tios eram as pessoas mais divertidas que eu conhecia, e sempre que tinha visita deles, sabia que ia ser incrível.

- Vocês nem avisaram! - Eu sorri para Sirius.

- Ah garoto, você gosta de surpresas! - Ele gargalhou e eu abracei meu tio Remus.

- Como você está Harry? - Ele sorriu.

- Melhor agora.

Eu sorri de volta e fui para meu lugar na mesa.
Eu esperei meus pais se sentarem e darem a ordem para nós sentarmos também.
Uma regra que todos achavam ridícula, mas os criados ficavam horrorizados se não fizéssemos.
Após todos se sentarem, começamos a conversar. Minha mãe sempre falando de livros com tio Remus e meu pai contando suas aventuras para o tio Sirius.

- Evans! Sua mulher suja... - Tio Sirius gargalhou enquanto meu pai sussurrava algo para ele.

Sirius era o único que chamava minha mãe pelo nome de solteira. Eles se conheceram antes dela se casar com meu pai, então o apelido ficou.

- Diga isso de novo Black, e mando cortar esse cabelo. - Minha mãe o encarou, mas depois gargalhou.

- Sua mulher está louca - Ele olhou para meu pai, que ria e tinha as bochechas vermelhas de divertimento.

Eu ri junto a eles, e tio Remus sorriu para mim.

- E como você está Harry?

- Muito bem. - Sorri de volta e Sirius me olhou.

- Onde está a namorada?

Quase engasguei com a torta que comia.

- Não há nenhuma namorada, tio. - Ele riu e eu sorri.

- Nenhuma ou várias?

Tio Remus deu um soco em seu braço e eu apenas ri.

- Deixo que vocês imaginem.

- Garoto esperto! Olhe Prongs, a você que não puxou. - Tio Sirius olhou para o amigo.

- O que está dizendo?!

- Que você sempre foi um banana perto de Lily. - Minha mãe riu e corou.

- Ah! Como se você fosse grande coisa perto de Moony. - Meu pai cruzou os braços.

- Isso é verdade! - Tio Remus concordou e Sirius fez bico.

Eu ria espontaneamente.
Estar com eles era sempre incrível e eu me sentia eu mesmo.

- Bom, chega desse papo furado. Vamos, temos que conversar. - Minha mãe se levantou. - Todos nós.

Ela me encarou e eu busquei ajuda em meu pai, porém ele concordou.
Eu suspirei, enquanto as criadas tiravam a mesa.
Todos se levantaram, e a Rainha nos conduziu até a sala do Conselho.

- Acomodem-se. - Todos se sentaram, e minha mãe segurou a mão de meu pai. - O assunto é para você, Harry.

Eu a encarei.
Tenho um mal pressentimento sobre isso.

- Ouça tudo primeiro, certo? - Meu pai me olhou com ternura.

Eu não respondi e voltei a olhar para minha mãe.

- Lembra-se de Hermione? - Aqueles olhos verdes pareciam estar sofrendo, mas sua voz era firme.

- Claro que lembro.

- Bom, sei que vocês não se falam a alguns anos, por conta dos estudos de Hermione... porém, vocês eram melhores amigos.

- Ainda somos.

Minha mãe soltou um pequeno suspiro aliviado e sorriu.

- Ótimo. Ela virá passar um tempo aqui.

Eu sorri.
Hermione era minha melhor amiga de infância, a única. Já que era uma princesa, nós tínhamos problemas parecidos.
Sentia falta dela.

- E pensamos... - O sorriso de minha mãe se desfez. - Que vocês poderiam se aproximar... talvez até... sentir algo.

O que?!
Só podia ser uma chacota.

- Como?! Querem que eu me case com Hermione?

- Não! Querido... - Minha mãe veio até mim. - Não estamos te pedindo isso. Estamos dando uma sugestão, já que vocês são muito próximos. A escolha é sua.

Eu a encarei.
A escolha era minha.

- Não vamos te obrigar a casar com ninguém. Está me ouvindo? - Ela me olhou e eu concordei. - Só queremos que você consiga se apaixonar.

- Está tudo bem se não for Hermione. - Meu pai surgiu ao lado e sorriu para mim.

Me casar com Hermione era totalmente absurdo.
Ela é minha melhor amiga!

- Tudo bem. Eu entendi.

Minha mãe suspirou e me abraçou.

- Quero que conheça o amor verdadeiro.

Aquelas palavras ecoaram em minha cabeça e eu a abracei.
Minha mãe sempre tinha o abraço mais confortável do mundo. Ela cheirava a lírios e sempre sabia como acalmar alguém.
As vezes tudo que Harry queria, era dormir abraçado em sua mãe.
Claro que não podia mais fazer isso a um bom tempo. Já era um homem.

- Ei, mini Prongs. - Tio Sirius disse e eu o olhei, soltando de minha mãe. - Não desperdice.

Eu o olhei sem entender.

- Quando achar a pessoa certa, não desperdice tempo buscando tramas. É tolice.

Eu concordei e ele sorriu.

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