Capítulo 02

33 3 6
                                    


Chiara

Meu Deus hoje não é meu dia de sorte, preciso contar pro Bruno o maior mixo que paguei hoje, então ligo pra ele e assim que atende já falo.

- Bruno adivinha onde estou agora?
- Deixe-me adivinhar na sala do Sr Werner.
- Como é que você sabe?
- A Paula já disse.
- Nem precisa continuar a falar, aquela fofoqueira.
- Calma Chi, ela apenas disse que você vai precisar auxiliar o chefão por uma semana por isso o seu trabalho será dirigido a outro. -diz
- Entendi, mas não foi por isso que te liguei e sim pra contar que o cara grosso no telefone hoje de manhã era ele.
- Ele quem doida, não me diz que é o sr Werner?
- Ele mesmo, o pior de tudo foi o que eu falei, disse que o cara era um grosso, mal educado e ele me perguntou qual a punição a pessoa eu apenas disse que eu não queira uma, e sim que me pedisse desculpas. -digo
- E daí. - responde
- E daí que o sr Werner me pediu desculpas.
- É O QUEEEE.
- Não grita idiota, ele me pediu desculpas. - continuei contando todo o desenrolar da história inclusive, quando ele me pegou girando na cadeira.

Estávamos no telefone a vinte minutos, e eu precisava redigitar aquele contrato, então me despedi e prometi que mais tarde o ligaria e contaria tudo.

Botei a mão na massa, e digitando rapidamente porem tomando cuidado para não errar nenhuma palavra, e quando olhei no relógio já tinha se passado duas horas desde que desliguei o telefone, mas graças a Deus estava digitando a última palavra.

Terminei os dez documentos necessários, e sorri comigo mesmo por já ter terminado, então resolvo almoçar, pois meu estômago já estava roncando, como na empresa tem uma lanchonete resolvo que vai ser lá mesmo que vou comer, pois tem muito mais trabalho a fazer.

Quando saio da sala a secretária do meu chefe esta tão concentrada mexendo no computador que somente a aviso que vou comer alguma coisa.

- Boa tarde senhorita, vou comer alguma da lanchonete, você pode avisar ao chefão que já retorno.
Ela me olha espantada e quando percebo que falei demais mais uma vez e qualquer hora essa minha boca vai me por em maus lençóis.
- Claro, bom almoço. - diz.
- Obrigado

Entro no elevador, conecto o meu Spotify e penso sobre tudo que aconteceu hoje, além de estar bem constrangedor é o dia mais doido que tive em anos, alias louco mesmo foi ficar rodopiando na cadeira do chefe e ser flagrada por ele.

Então acabo fazendo umas caretas pareço uma crianças fazendo graças e nessa hora que vejo meu reflexo pelo espelho do elevador e dou altas risadas. Graças a Deus esse elevador é exclusivo para o andar da presidência entao certeza que ninguém olharia aquilo.

Me recompus assim que o elevador parou no térreo, segui para a lanchonete, então pedi um misto quente e um suco de maracujá sem açúcar, então quando tirei minha carteira pra pagar agradeci por ter o necessário para comer, porque só tinha o do meu almoço, mas a sorte estava do meu lado porque amanhã seria o pagamento do salário e a recarga do Vale Refeição.

Aguardo o meu pedido na mesa, eu amo comer ouvindo música, coloquei meus fones novamente, logo ouço a voz do James Arthur e a minha música preferida dele começa a tocar SAY YOU WON'T LET GO, a melodia toca e como sempre acontece, há música vai entrando no meu sistema e sem perceber já estou me mexendo a cabeça e cantando a letra da música baixinho.

I knew I loved you then
But you'd never know
When I was scared of letting go 
I knew I needed you 
But I never showed 
But I wanna stay with you 
Until we're grey and old
Just say you won't let go
Just say you won't let go

Logo noto algumas pessoas me olhando, mas pouco me importo, meu lanche chega, como rápido e volto pro escritório, ao passar pela recepção não vejo ninguém, talvez ela tenha ido almoçar.

Preciso adiantar o restante do trabalho antes que o chefe volte de sua reunião, entro em sua sala e me jogo em sua cadeira.

- Meu Deus como isso aqui é Bom. - falo baixinho com os olhos totalmente fechados.
- A Cadeira? - fala Glauco.
- Misericórdia, assim você me mata. - digo colocando a mão no peito, e devido o susto quase caio da cadeira. Ele da risada da minha cara e fala com graça.
- Devo me desculpar? -pergunta
- Não senhor, só preciso de um minuto.

Eu entrei tão destraida na sala, que não notei que o meu chefe estava no pequeno bar que ele possui em sua sala. Então para evitar mais constrangimento falo sobre os contratos.

- Eu já terminei a digitação dos contratos, e gostaria de saber se tem mais algo urgente pra hoje.
- Não tem, só irei precisar dos dois primeiros contratos.
- Certo, então vou adiantar os de amanhã. -digo
- Você sempre come lanche?
- Como? - pergunto sem entender.
- É que quando voltei da minha reunião, passei pela lanchonete e te vi cantando enquanto esperava. - diz.
- Não como lanche todos os dias, mas como esta chovendo e preciso adiantar os contratos, resolvi almoçar por aqui mesmo.
- Entendi.
- Alias senhor você já comeu?
- Ja sim, tive um almoço de negócios.
- Certo.

Então voltamos ao trabalho e ele me explicou algumas dúvidas que eu tinha sobre alguns documentos e o telefone de sua sala começou a tocar e nós dois esticamos as mãos para pegar.

- Desculpe. - digo recolhendo minha mão.
- Não tem problema. - diz e atende o telefone. -Claro Martha pode passar sim.
- Tudo bem? - ele perguntou no telefone - eu dou um jeito, não tem problemas, qualquer coisa me ligue que vou até você. OK Tchau e se cuida.

Meu chefe desliga o telefone, e fica perdido em pensamentos, então resolvo perguntar se esta tudo bem.

- Senhor sem querer me meter, mas ja me metendo, aconteceu alguma coisa?
- Mais ou menos, uma pessoa que iria me acompanhar em um jantar de negócios, teve um problema e não poderá ir.
- Entando e sinto muito por isso, mas tenho absoluta certeza que não lhe faltam acompanhantes que adorariam ir com você. - digo.

Ele da um sorrisinho de lado e somente agora entendo as minhas palavras, tento consertar mas não sei se ele entendeu.

- Desculpe senhor falei sem pensar, mas o que estou tentando dizer é que não ser difícil encontrar alguém para lhe acompanhar.
- Ja falei para me chamar de Glauco.
- Me desculpe senhor.
Então volto ao trabalho, porque se eu abrir a boca mais uma vez posso estragar tudo.

****

Minhas Fadinhas (chamarei vocês assim) espero que gostem do capítulo, vou precisar revisar.

O GLAUCO É UM SONHO DE CONSUMO MINHA GENTE.
Olha isso.

Olha isso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora