Onde um estudante de fotografia é forçado a ir em uma festa numa sexta a noite, mal sabia ele que esse seria o dia em que encontraria o grande amor da sua vida.
Ou
Onde uma garota estudante de pedagogia para em uma festa universitária e conhece um g...
Já passava das duas da manhã quando Caique se viu carregando uma Maria Laura totalmente fora de si para casa.
— Semana passada euuuuu... — Tentava formular alguma frase coerente mas não conseguia pois o excesso de álcool embolava e embaralhava a sua fala — Caíque, fotógrafo Caique... — disse em meio a risadinhas — Doutor Caique é muuuuiito mais boniiiito — Repetia as mesmas coisas a um tempo já.
— Você só me dá trabalho — Fala mais pra si mesmo do que para a amiga.
A festa foi um porre pro garoto. Ele passou praticamente a noite inteira sentado na escada, sem coragem de olhar pro lado pois sabia que Gaby estaria ali, oque ocasionou que ele ficasse com uma puta dor no pescoço por passar horas seguidas na mesma posição.
Não adiantou muito até porque ela logo foi embora, e ele só não ia porque não podia deixar mililitros sozinha, sabia que a sua amiga era meio irresponsável quando se tratava de beber.
E ah, claro, não podemos esquecer da pior parte que foi quando um convidado qualquer, que ele não sabe nem mesmo seu nome, desceu as escadas vomitando de tanto beber, e sujou o seu colo inteirinho.
Ele estava fedendo a vômito, com um torcicolo e uma fudida dor de cabeça. Isso tudo sem contar no constrangimento de parecer um cagão perto de uma garota bonita.
Meu deus, o que eu fiz na minha vida passada pra merecer isso? Será que eu matei alguém? Se sim, me perdoa, mas não me faça mais ser tão azarado, pensa suspirando.
Depois de longos minutos de caminhada enquanto arrastava Maria, eles finalmente chegaram ao ponto de ônibus.
Caíque não sabia dirigir, e sua amiga não estava nas condições de pegar seu carro, por isso optou por ir de ônibus já que ele não era doido o suficiente para se arriscar a dirigir quando mal sabia como dar partida em um carro.
Bom, não é pra tanto, mas ele tinha medo já que não era das pessoas mais sortudas...
Eles entraram no primeiro ônibus que passou por ali. Não tem ninguém, ufa, pensou enquanto andava o olhos pelo lugar.
Seria mais fácil ter pedido um uber se ao menos seu celular tivesse bateria e internet, mas nem isso de bom aconteceu.
Não demorou muito e ele já estava de volta em casa. A primeira coisa que fez foi arrumar um colchonete ao lado de sua cama para Maria dormir, depois ligou a água para encher a banheira e foi na cozinha procurar remédios para aliviar a dor de cabeça que a ressaca causaria no dia seguinte.
Pediu para a garota ir tomar banho e quando foi dar uma espiadinha pra ver se ela estava bem a encontrou dormindo dentro da banheira totalmente vestida.
Suspirou.
— Sinto em lhe dizer, Maria, mas hoje você vai dormir molhada porque eu não posso te ajudar nisso.
Pegou a menina, enrolou ela em uma toalha e só a colocou para dormir no lugar que arrumou.
Pronto, agora virei cuidador de irresponsáveis, pensou cansado.
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