Era 2022

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Aquela noite de baile foi mágica para Penelope. Tanto que até hoje, no auge dos seus 26 anos, ela se lembrava das sensações.
As mãos de Colin segurando as dela, eles dançando juntos, olhos nos olhos e até mesmo o beijo que ele deixou em sua bochecha quando a deixou em casa.
Agora ela estava debruçada sobre seu IPad, haviam dois dias desde que tivera uma ideia para um livro novo e estava escrevendo sem parar.
Saiu da casa de seus pais e comprou um apartamento depois de terminar a faculdade de jornalismo. Foi um lamento e tanto pois não estava preparada para sair da aba de Violet e até mesmo de Edmund, que foi um pai para ela quando seu próprio pai não fazia muita questão de estar por perto.
Uma mensagem chegou em seu celular.
Eloise.

Eloise

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Pediu um carro por aplicativo e chegou à casa Bridgerton depois de meia hora

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Pediu um carro por aplicativo e chegou à casa Bridgerton depois de meia hora.
Entrou sem bater na porta, ela já era de casa mesmo, e deu de cara com Edmund na sala.
– Oi, filhota, como vai?
– Tio Edmund - ela sorriu e foi abraçar ele - estou bem e o senhor?
– Muito bem, estava com saudades de você
– Bem, estive aqui no final de semana passado - ela riu.
– Estou acostumado a ver sua miniatura correr pelo meu quintal com Eloise, um final de semana já não é mais suficiente - ele sorriu.
A porta abriu novamente e Colin entrou com suas malas.
– Colin! - Edmund e Penelope falaram em uníssono.
– Que saudade - Colin falou abraçando o pai.
– Pen.. - ele sorriu para a mulher e a abraçou - senti sua falta - sussurrou e beijou o ombro dela.
– Eu também senti a sua - ela sussurrou para ele.
– Queria conversar com você - ele disse já em seu tom normal.
– Vou dar um tempinho pra vocês, mas não demorem muito, Violet está uma pilha de nervos
E saiu da sala.
– Você esta bronzeado - Penelope falou fazendo carinho na bochecha dele.
– Lá tem bastante sol - ele riu, segurando a mão dela.
– Está tudo bem?
– Sim e não. Eu vim pensando coisas durante toda a viagem..
– Que tipo de coisa?
– Na verdade, uma pessoa
– Marina?
– Marina? - Colin riu - terminei com ela no ensino médio
– Se não é a Marina, quem é então?
– Uma mulher linda, deslumbrante, na verdade. Minha rainha do baile.. - ele fez carinho na bochecha dela, que sorriu - Pen, desde o baile eu não paro de pensar em você. E fazem o que? 11 anos? Naquele dia eu te vi com outros olhos e, meu Deus, como foi difícil não pensar em você a cada segundo. Primeiro porque você ainda era muito nova, mas aí você cresceu e ficou impossível te tirar da cabeça.
– Colin...
– Por favor, deixa eu terminar. Eu te amo mais do que tudo. Pelos filhos que teremos, pelos anos que passaremos juntos. Por cada um dos meus sorrisos e mais ainda pelos teus. Não fazem nem cinco minutos desde que cheguei, mas só agora caí em mim de que você não sairia dos meus pensamentos nem se eu quisesse. Pode me recusar, se quiser, mas eu precisava falar alguma coisa.
Penelope não desperdiçaria mais nem um segundo falando nada. Apenas agarrou o homem em sua frente e o beijou. Com vontade, desejo, saudade, com tudo.
– Esperei tanto tempo por isso - Pen sussurrou ao fim do beijo. Lágrimas queriam transbordar de seus olhos, mas ela as segurou ali.
– Esperou?
– Desde que você caiu de bicicleta na frente da minha casa - ela riu - você foi minha primeira paixãozinha infantil, meu primeiro crush de adolescência, meu primeiro amor. Esperei tanto, tanto tempo.
– Desculpa, eu fui um burro de te fazer esperar
– Não, não. Shh, não fala mais nada - Penelope beijou ele novamente. Só podia ser um sonho.

𝐆𝐥𝐢𝐦𝐩𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐔𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora