⤷ capitulo VI

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|A Feiticeira Branca|

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|A Feiticeira Branca|

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Havia anos que Nina Grace Kirke não pintava. Contudo, desde a grande discussão na casa, há alguns dias atrás, Nina descobriu que a arte poderia ser seu refúgio. Encontrou conforto nas pinceladas sobre a tela, mergulhando em um mundo de cores e formas que refletiam suas emoções turbulentas.

O mundo congelado de Nárnia, aquele que Lúcia a convidada constantemente para visitar, tornou-se um tema recorrente em suas pinturas. Cada pincelada era uma tentativa de compreender as verdades ocultas. Como seu pai pôde esconder a verdade dela por tantos anos? Por que Edmundo mentiu?

No silêncio de seu estúdio, Nina confrontava seus próprios conflitos internos. Sentia-se dividida. Traia a si mesma ao negar visitas ao mundo mágico, ao se recusar a confrontar o pai ou ao evitar lutar por aquilo que acreditava.

Os Pevensie estavam irritados com ela, insistindo para que parasse de defender Lúcia, "Nina, pare de a defender", diziam eles, ou "Nina, pare de atiçá-la". Por que era tão difícil para eles acreditarem? Se ao menos tentassem entender, descobririam que Nárnia os aguardava.






Apesar do clima negativo que pairava pela casa, o dia estava bonito. O sol brilhava intensamente, convidando todos a sair e desfrutar do ar fresco. No entanto, as crianças recolhiam-se em seus quartos, se evitando mutuamente. Mas Dona Marta, a governanta de pulso firme, decidiu que já era suficiente. Com um olhar determinado, ela os expulsou para o jardim, incapaz de tolerar a letargia.

"Estão mofando, assim como esses cômodos", repreendeu ela, os empurrando para fora. "Saiam depressa, vocês andam muito pálidos. Não quero vê-los até o jantar, sumam!" Antes que qualquer tipo de protesto fosse feito, a senhora acrescentou, com uma ameaça velada: "Obedeçam se quiserem jantar hoje!"

Assim, os Pevensie e a Kirke, após quase uma semana se evitando, encontraram-se no jardim. A natureza era curiosa e seu poder imenso. Portando, sem muitas delongas, o humor das crianças tornou-se mais suave, as bochechas pálidas ficaram mais coradas quando começaram a brincar. Os jovens suavam e riam enquanto jogavam beisebol, ou melhor, em uma tentativa de jogar.

— Você deveria jogar, Nina — sugeriu Susana, com um sorriso amigável. — Ou, tem medo de perder? — brincou a morena.

A loira soltou uma gargalhada, o som ecoou trazendo ainda mais leveza para aquele momento.

— Cara Susana, vocês irão descobrir que meu verdadeiro medo é acabar acertando alguém. — Pedro riu erguendo a sobrancelha — Estou falando sério, Max Reynolds, meu amigo, coitadinho, ficou com um galo por dias, depois nunca mais joguei beisebol.

𝐃𝐀𝐔𝐆𝐇𝐓𝐄𝐑 ➤ Nárnia Onde histórias criam vida. Descubra agora