Me toque.

Não consegue ficar bem sem mim?

E lá os garotos ficaram, conversando por horas e horas, e quando Lucas se deu conta, já estava de madrugada, eles haviam ido para uma praia, só estavam os dois lá.

o vento gelado fez que Lucas ficasse cada vez com mais e mais sono, mas ele não poderia ir embora, de jeito nenhum, ele não poderia ir embora por Pierre.

- " Eu não tenho... Celular...eu não tenho!"

Foi o que Pierre disse a Lucas horas a trás, quando ele perguntou se o mais alto tinha celular.
Então ele não sabia quando veria Pierre novamente, ou se veria ele outra vez, decidiu aproveitar cada momento com ele.

O único barulho que havia ali era o som do vento. Lucas estava ficando maluco com aquilo, o coitado só queria dar um jeito de puxar assim, então resolveu falar sobre o clima, não o dos dois, mas sim o frio.

- Está bem frio, você não acha?

O garoto começou a olhar fixamente para o rosto de Pierre, observando cada detalhe, ele com aqueles fios loiros, lábios rosados, bochechas levemente rosadas, por céus, se esse não é o garoto mais bonito do mundo, Lucas não fazia ideia de qual seria então.

- Sim...eu acho sim Lucas, você tá com sono? Se quiser...pode ir embola...

- Embola?!

E de novo, Lucas deu uma risadinha, não estava a zombar do garoto, mas sim achar adorável, de fato ele tinha dificuldades com as palavras, isso o deixava mais atraente, pelo o menos para o Lucas.
O grandão abaixou sua cabeça, olhando pata baixo, pensando que Lucas estava brigando com ele, zombando, ou algo do tipo.

- Pierre, você está bem?

Lucas levou uma de suas mão até o queixo de Pierre, fazendo ele olhar para o garoto de olhos escuros e cabelos pretos.

- Eu não estou zombando, é que...eu acho tão fofinho você falando errado, parece um neném.

Enquanto ele falava, acabou olhando para a boca do mais velho, reparando que ele não tinha bigode, e sim minúsculos pelos da mesma coloração que seu cabelo, na verdade, todos os seus pelos eram assim, bom, pelo os menos os que davam pata ver.

"Puta que pariu, imagina esse novinho me macetando? Era só uma sentada, se ele tivesse um piercing na boca, eu ia sugar com toda a minha força, por deus."
- Lucas pensou exatamente nisso quando viu os pelos em cima da boca de Pierre, logo parou de olhar para ele e soltou o seu queixo.

- Lucas...o Pierre tá com sono...eu posso voltar pra sua- sua não! A minha...eu posso voltar para a minha casa?

O garoto ficou cabisbaixo com isso, mas concondou, dando um sorriso e se levantando, logo puxando Pierre para se levantar e dando um tapinha em seu ombro.

- Claro, até algum dia Pierre, eu amei te conhecer!

Antes que Pierre pudesse falar alguma coisa, Lucas deu as costas e começou a andar em direção a sua casa, ele não morava tão longe, se ele não se distraísse, ele chegaria em menos de vinte minutos.

Já o Pierre, voltou a ficar invisível, seguindo Lucas por todo o caminho, ele sempre dormia bem agarradinho com Lucas, mas lucas não podia sentir, muito menos o ver. E esse dia não foi diferente, quando lucas chegou todos já estavam a dormir, então entrou bem devagar e trocou de roupa, que estava suja de poeria e areia, colocou sua cueca preferida, que já era toda rasgada, Pierre já estava acostumado em ver metade da bunda do Lucas por causa da cueca.

[...]

Quando ia fazer exatamente um mês dês da última vez que se viram, Lucas resolveu voltar para a praia, talvez visse Pierre lá, mas ele mal sabia que Pierre não saiu do seu lado esse tempo topo, aliás, não era atoa que as lâminas que ele usava pra se multilar, sumiam misteriosamente.

Assim que chegou a praia, tirou sua camiseta regada e seu short, ficando apenas de sunga, e pulou direto no mar, mas como Lucas era extremamente sortudo, acabou pisando em cima de uma arraia, sentiu uma dor enorme, parecia que seu pé estava lentamente sendo cortado por uma faca serrilhada. Saiu da água o mais rápido que pode e se sentou perto da onde tinha colocado suas coisas, se deitou na areia enquanto reclava de dor, quando olhou para cima, viu um rosto familiar.

Era seu amigo, estava o olhando com uma cara de preocupado, logo foi ate os pés do garoto e começou a olhar o machucado.

- temos que ir para o médico Lucas! Você tá sangrando, mas vem cá, você é burro muleque?! Qual o teu problema? Você sabe que as arraias ficam enterradas na areia, e que precisa ter cuidado! Você ainda entra descalço, você é um idiota?

- Oi pra você também benjamin! Eu também te amo! Seu fofinho, se preocupando comigo, me ama né?!

- Vá se fuder! Bora, levanta, tenho o dia inteiro pra ficar em hospital com a madame aí não.

- Ignorante.

Benjamin fez Lucas se levantar com todo o cuidado, ajudou a colocar suas roupa e o levou para o hospital, Lucas era extremamente cagão, morria de medo de hospital, preferia morrer do que ir.

Lucas precisou levar quatro pontos, ele gritava e fazia um grande bico, apertando as mãos de benjamin fortemente, ele o xingava e dava tapinhas no garoto pela a dor que estava sentindo em sua mão.

Mas aliás, a onde estava Pierre esse tempo todo? Salvando outras vidas, ele estava sendo obrigado a fazer aquilo, as outras pessoas que tinham a mesma missão que Pierre, largaram tudo, não aguentavam mais a hipocrisia de Deus, então desistiram. Mas assim que teve um tempo livre, saiu correndo para o hospital, ficando visível a todos, perguntando a todas a pessoa se viram um menino baixo, cabelos escuros, até que uma enfermeira o falou a onde o garoto estava, Pierre foi rapidamente lá.

- aí meu deus! Lucas, você tá bem?!

Assim que viu Pierre, Lucas parou de gritar e soltou a mão de seu amigo, dando um sorriso.

- Eu tô sim...o que faz aqui Pierre?