Alive

Hospício

Bem, em primeiro lugar, gostariamos de pedir desculpas pela demora, mas o unico momento em que temos para escrever, as três juntas, são aos fins de semana, e infelizmente, tivemos muitos imprevistos, mas vamos fazer o possivel para não demorar mais tanto assim. Outra desculpa que temos de pedir é pelo capitulo curto, e isso é bem explicavel, visto que como a autora mudou, perdemos o fio da meada e estamos com dificuldade de retomar, mas vamos fazer o possivel. Espero que gostem.
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POV Lauren

Em uma escala de 0 a 100 o quanto eu poderia me sentir estúpida agora? O quanto permitir que Camila saísse por aquela porta, naquele estado, me fazia alguém realmente idiota?

"Eu não preciso da sua pena."

"Você tem uma vida depois de mim e eu não vou estragar isso."

1.000, na escala de 0 a 100 eu sou um 1.000 em estupidez e idiotice. Camila definitivamente se sentia culpada, mas no que ela poderia ter sido realmente? Camila não tinha culpa pelo acidente que sofremos, pelas suas atuais condições ou pela grande confusão entre Ashley e eu. Céus, como Camila poderia se sentir o pivô de uma briga que mais cedo ou mais tarde aconteceria?

- Mama? - uma voz baixa e amedrontada tirou-me daquela sensação que me corroia por dentro. Um peso na consciência absurdo latejava em minha cabeça. - O que está acontecendo? - seu corpo se aproximou do meu em uma velocidade maior do que a normal, abraçando-me assim que estava perto o suficiente.

- Nada com o que se preocupar, amor. - afastei-a apenas o bastante para me abaixar e ficar ainda mais próxima dela. - Você estava chorando? - afaguei suas bochechas vermelhas, encarando seus olhos pequenos demais.

- Eu estava assustada. - confessou. - Tia Ash estava gritando e chorando, ela estava realmente triste com você, não está? - suspirei e sentei-me no chão.

- São assuntos de adulto, amor. - puxei-a para meu colo. - Mas estamos todos bem, ok? Você confia em mim? - ela assentiu rapidamente, fazendo com que eu sorrisse fraco.

- E a tia Camila? - rolou os olhos por todos os lados, procurando-a e voltando a me encarar.

- Tia Camila teve que ir, mas ela está bem. - suspirou um pouco decepcionada, deixando os ombros caírem.

- Ela vai voltar? - a pergunta saiu baixa, fazendo-me esforçar para ouvir.

Um aperto incontrolável formou-se em meu peito, de uma maneira estranha, depois de tantos anos, eu não queria mais Camila longe. Não como ela estava agora. Não tão desprotegida.

- Eu espero que sim, Bea. Eu espero mesmo que sim.

Bea permaneceu em meu colo, parte dela parecia querer me acalmar, acalmar um coração que ela sequer sabia por que estava tão angustiado no momento.

- Mama. - chamou baixinho. - Você pode me contar o que está acontecendo. - respirou fundo e espalmou as mãos em minhas bochechas. - Eu sou grande para entender tudo, sabia? Você parece triste. - um bico enorme formou-se em seu rosto, fazendo-me aperta-la em meus braços com força.

- Mama precisa ir conversar com a tia Camila e então tudo ficará bem, certo? - Bea saiu rapidamente do meu colo, estendo as mãos para me levantar.

- E o que a senhora ainda ta fazendo aqui? - apoiou as mãos na cintura e bateu o pé direito contra o chão. - Vai logo falar com ela. - resmungou.

- Eu não posso deixar você sozinha, mocinha. - apertei seu nariz e ela se afastou, reclamando. - Parece até minha mãe, eu sou a mãe aqui. - foi minha vez de bater o pé contra o chão e imitar sua pose.