1

377 19 16
                                    

Destino...a gente nunca sabe o que ele nos reserva, nunca descobrimos até onde iremos chegar, a gente só vai. Há destinos bons e ruins, há quem escolhe seu próprio destino e há quem aceite viver o destino que lhe foi dado. Sem se queixar ou reclamar sobre ele ser bom ou ruim.

O que não caso, não acontece comigo.

Agradeço a Deus sempre pelo que eu tenho, mas não deixo nunca de sonhar com algo melhor. Não foi esse futuro que eu planejei para mim, mas é com ele que eu consigo sobreviver.

Bom, eu não tive uma figura paterna, fui criada somente pela minha mãe que nunca deixou que me faltasse nada. Eu já tinha por volta dos meus nove anos quando eu finalmente vi o meu pai pela primeira vez, acho que nunca vou me esquecer desse dia.

Flashback On

Eu tinha acabado de descer da Van escolar, hoje teve apresentação de dança na escola e eu estava super animada pra mostrar minha medalha de primeiro lugar a minha mãe. Ela sempre se orgulhou de todas as minhas medalhas, até de duas delas que eu acabei ficando em terceiro.

- Mamãe, Mamãe...- entrei em casa correndo extasiada. - Olha só o que eu ganhei. - levantei minha medalha, mas diferente dos outros dias, ela não me abraçou apertado como sempre.

— Priscila: Que bom minha filha, a mamãe está muito feliz por você. - ela tinha um sorriso no rosto mas seu semblante era de preocupação.

Me aproximei mais dela olhando em seus olhos, ela sempre me ensinou que nosso olhar falam mais que nossas bocas. Frazi meu cenho ainda a encarando.

— A senhora não está feliz? É o primeiro lugar, olha. - ergui minha medalha para ela, que pegou encarando o objeto, seus olhos continham um brilho mas eram de lágrimas. - A senhora não gostou? - abaixei a cabeça.

— Priscila: É..

—xxx: Eu gostei, princesa. - a voz interrompeu minha mãe e eu olhei para os lados, em seguida olhei para trás e vi um homem encostando próximo a janela.

Eu entrei tão eufórica que ao menos percebi sua presença.

— Quem é você? - pergunto confusa. — O senhor gostou da minha medalha? - ele sorriu.

— Priscila: Ele não é ninguém e já está de saída, não é mesmo Silvio? - me puxou para perto dela, me abraçando por trás.

— Silvio: Não acha que já está na hora de você contar a verdade para ela? - encarou minha mãe.

— Priscila: Depois de nove anos resolveu lembrar sobre isso?

— Sílvio: Eu nunca me esqueci!

— Priscila: Que ótimo, então pergunte a ela quem é você e veja a resposta! - Mamãe falou alterada e o homem bufou.

— Mamãe o que foi? O que tá acontecendo? - minha mãe sussurrou um "nada meu amor".

— Silvio: Ela não sabe sobre mim porque você me escondeu ela! Não deixou que eu fizesse parte da vida da menina!

— Priscila: Minha filha não é segunda opção, Sílvio! Ela merece mais, ela merece ser reconhecida e eu só não permiti que você a conhecesse por causa do teu preconceito idiota! O que você iria falar para as pessoas da rua que te vissem com ela? Ia falar que ela era filha da empregada? que você estava dando um passeio com ela junto com os teus filhos? - minha mãe me colocou para trás e se aproximou mais do homem.

Nunca havia visto ela tão furiosa em toda minha vida!

— Sílvio: Você não me deu nenhuma oportunidade, Priscila, nenhuma! Você quer que eu faça o que? Queria que eu fizesse o que na época?

Sex Girl Onde histórias criam vida. Descubra agora