𝐀 𝐁𝐈𝐆 𝐌𝐄𝐒𝐒 - Lady Lesso

Capitulo onze

Com minha última fala me retiro de uma vez da biblioteca. A ruiva provavelmente se xingaria por ter vacilado com o sorriso. Nunca vou admitir, ou agradecer, por Cupid ter inventado esse encontro sem consentimento de ambas as partes. Foi legal. Divertido... mesmo quase estragando um trabalho de duas horas.
Falando nisso, ainda tenho três torres e a escola do mal. Por que esse mundo é tão cruel comigo? Fiz o bem e estou recebendo o mal? Meu pai dizia que a gente bebe o que colocou na mistura do chá. Mas eu não coloquei veneno no meu chá para querer morrer a cada segundo da minha vida. Me enfeitiçaram ou colocaram algo no meu chá. Mas falando em morte. Vamos ao trabalho que não acaba mais.
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Não sei que horas são, passei muito tempo arrumando as bibliotecas do bem, agora teria que arrumar a biblioteca do mal. Atravessar aquela ponte estranha que provavelmente em alguns anos vai quebrar? A oferta é tentadora pelo perigo, mas não, obrigada. Usei meu teletransporte para chegar até a escola do mal, já que não posso ir em lugares que nunca vi, neste caso nunca vi ou estive, cabei por parar no corredor dos quadros de antigos alunos.

Agora poderia ver direito. Muitas crianças, alguns já eram animalescos, outros eram crianças comuns ou com uma peculiaridade. Leitores, nunca conheci um de perto, quando será que eles vão ser entregues as escolas de novo? Seria legal conhecer alguém que nunca viu magia.. a vida deles parece bem chata.

Mais ou longe, perto do caminho para uma torre, tinha o quadro que parecia falso. Ou estranho de alguma maneira. Nunca vi a menina na foto da esquerda, tinha cabelos ruivos lisos, pele branca e um rosto calmo, parecia comum. Sua foto no lado direito essa sombria, escura, não mostrava em uma vitória ou momento de glória contra príncipes e princesas como as outras. Seu cabelo e rosto estavam quase por completo riscado, apenas seus olhos estavam amostra junto de sua roupa preta. Quando me aproximo do quadro, os olhos da garota que antes estavam em um verde penetrante se tornaram vermelhos como sangue, me fazendo andar rápido para trás.

ー O que faz aqui? ーviro-me no momento que ouço a voz da reitora. Deveria estar parecendo como se visse um fantasma.

ー Será que você não dorme? ーparecia lei encontrar a reitora em meio algum susto, ou trama da Cupid. Chegava a irritar, mas não era ruim vê-la.

ー Apenas quando eu quero. Me responda; o que faz aqui? Disse que a escola do mal não é lugar para uma princesa. ーreviro os olhos com uma raiva mínima pela maneira que me chamava.

ー Por que ninguém entende que eu não sou uma princesa? Você mesma sabe que não sou totalmente boa. Ninguem é mal tota- ーinterrompi minha própria fala reparando na bengala que usava agora, fora a que Cupid me entregou para dar a Lady Lesso. Sorrio instintivamente. Mesmo que não tenha sido algo meu de fato, ela guardou como um presente entregue por mim.

ー Ela é bonita. Combina comigo. Apenas por isso estou usando. ーbateu a bengala no chão e olhou para as escadas, percebi um leve, diminuto, quas inexistente, sorriso surgindo em seu rosto.

ー Irei fingir que acredito em suas palavras. ーlembro do quadro na parede.ー Você sabe quem de quem é aquele quadro? ーquando me virei para onde estava o quadro, não estava mais lá.

ー Qual dos quadros? Há inúmeros de ex-alunos e alunos atuais. ーsua bengala mostrava os quadros junto de sua outra mão.

ー Ele estava bem ali. ーaponto para o lugar vazio.ー Uma garota ruiva com olhos verdes, leitora, eu acho. Do lado era para ser ela mais velha mas estava riscado, rosto e cabelo, mas os olhos... ーaponto para meus olhos, só de lembrar de como os eram aqueles olhos me causam um arrepio.

ー Como disse? ーnão estava olhando para Lesso, mas sim para o espaço vazio na parede.ー O que tinha os olhos dela? ーme virou para olhar para ela, segurando meus ombros para que isso aconteça.ー S/n, diga! ーsua voz saiu um pouco mais alta me fazendo voltar a olhar a parede.