Reencontros

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"Eu poderia até admitir que estava apaixonada. Que eu sentia um precipício por ele mas não, eu decidi guardar só para mim essa angustia, essa agonia de ver ele todos os dias e não tê-lo para mim."

-50 tons de Amanda




Alguns meses depois...


Giuliana



Eram quatro da manhã.

Eu estava na rua, com Gio e Thomas nosso amigo desde os seis anos de idade, ele praticamente sabia tudo, tudo mesmo sobre nos. Ele nos ligou na sexta avisando que viria nos visitar, assim de ultima hora.


Ah, esqueci-me de dizer, era um sábado.


Alguns dirão que, na verdade, era domingo, não ligo pra essa discussão, não importa o dia. Nem mesmo o horário. O que importa é o que aconteceu.

Celular vibrando dentro da bolsa, bolsa em cima da mesa, parecia que vibrava o mundo.


Não sei por que a Samsung fez um aparelho que consegue causar um terremoto cada vez que vibra.

Chamei atenção de metade do bar.

Já disse que eram quatro da manhã, né? Desculpa repetir, mas é que eu acho importante frisar isso.


Gio e Thomas se viraram e logo perguntaram com aquelas falas meio alteradas por conta ou da tequila, ou da caipirinha, ou dos dois, quem se incomodava e ousava perturbar uma "noite dos amigos". Quem? Disse com aquele jeito de quem já dava a resposta na pergunta.

Ele.


Ele é um cara bom. Bom de ter por perto, de se ter falando coisas gostosas do no ouvido, bom de preencher o ego de uma mulher.

E bem também. Bem apessoado (como diz minha avó), bem de vida, mas, principalmente, bem complicado. Tão complicado que, vira e mexe de madrugada, me liga querendo assunto.

E o problema é que eu deixo aquilo render.


(Não me façam essas caras de quem tem dó dele ele merece isso e mais).


Nunca esteve nos meus planos ser a segunda opção de ninguém. Só que, quando a pele pede, ninguém segura.

Eram quatro e meia. Um carro preto encostou-se ao bar, o celular vibrou de novo, mas dessa vez no silencioso, pedi licença e fui embora.

Meus amigos achavam um absurdo. Eu estava sempre ali, sempre à disposição.


Era um brinquedo nas mãos dele.


Besteira! Pensei comigo já sabendo o que eles estavam pensando.

Ia porque, no fundo, uma mulher tem lá as suas necessidades.

E não importa se era as quatro, ao meio dia ou às cinco e trinta e sete da tarde ou então as quinze pras cinco da manhã.


Nunca se sabe quando bate a vontade. E nunca se sabe quando o poder de saciá-la vem te pegar em uma balada, paga o motel e depois te deixa em casa saciada.

(EM MANITENÇÃO) Love me That. I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora