Briguei com um homofóbico e perdi

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Renan Bolsonaro estava se tornando aquilo o que o seu pai sempre temeu. E com isso, ele se sentiu fortalecido e animado para lutar pelos direitos e liberdades das pessoas. Ele sabia que estava certo e que sua ideologia tomaria conta do território brasileiro, e logo de toda a América Do Sul.

O seu plano para manipular o povo a votar no PCB envolvia palitos de picolé que virariam armas funcionais e criariam um novo mercado inteiramente brasileiro! O plano era assim funcionava da seguinte forma: as armas de palito eram oferecidas aos cidadãos de baixa renda para que pudessem defender as suas famílias de possíveis invasões. Logo elas se tornaram a arma mais popular do país e todos passaram a usá-las pelo fácil acesso. Ele iria vender armas para os mais pobres e ao mesmo tempo criar um novo exército para ajudar na força de trabalho e na economia. Parecia o plano perfeito e a liberação do armamento no país iria ajudar a reduzir as taxas de criminalidade.

— Vá brincar, Laurinha... e lembre-se: o futuro é vermelho.

Laura olhou para seu irmão, sentindo seu coração apertar. Ela sabia que o que ele estava fazendo era o certo, afinal ele era o seu irmão e melhor amigo, mas ela também sabia que isso iria mudar muitas coisas para o Brasil. Mesmo assim, ela o apoiou, sabendo que estava se opondo ao seu pai, um homem sem partido.

— Por favor, não machuque o papai... - ela saiu correndo, deixando Renan no computador.

O homem continuou teclando e rolando, quase como se estivesse hipnotizado pela sociedade vermelha dos palitos de picolé. De repente, um som vindo da cama. Era a música "My Gun" da Tove Lo tocando em seu quarto e passando por seus ouvidos. Quando ele se deu conta, ele percebeu que havia esquecido de Alexandre. Rapidamente se levantou da cadeira e atendeu o celular, com pressa.

— Oi, Alexandre! Tudo bem? Desculpa por ter esquecido de você. Estava tão envolvido com a revolução e tudo mais... você lembra que te contei sobre isso, né?

Alexandre estava preocupado com seu amigo. Ele sabia que Renan estava seguindo um caminho difícil e que iria entrar para o PCB, mas não tinha ideia alguma de seu plano para transformar o brasil em comunista. Se ele soubesse, ele já teria beijado muito a boquinha dele. 

 — Ah, sem problemas... err, eu vim te avisar sobre uma festa que vai rolar! - quando Renan ouviu isso, ele percebeu que seria a hora perfeita para recrutar soldados carmesim. 

— Serio? Onde? E que tipo de festa essa? 

 — É niver de 16 anos da minha prima e vai contar com o grupo de punk rock, Os Desempregados. Eles vão tocar no Parque Botânico de Brasília! 

— Tô dentro! Ah, e Alexandre... tenho algo a te perguntar também... - Renan disse, tímido e gaguejando. 

 — Manda! 

— Assim... te conheci num app de relacionamentos, né...então....eu tava pensando aqui.... você quer-

— Se eu quero sair com você, Renan?

— Sim! - Renan gritou, com um sorriso eufórico no rosto.

— É claro que eu quero, porra!

Renan e Alexandre começaram a se paquerar por telefone, Renan estava se apaixonando por Alexandre genuinamente e ele queria conhecer o seu amor pessoalmente. 

Enquanto tudo isso acontecia, o ídolo de Renan abriu sua DM e viu as milhares de mensagens daquele perfil verificado e com aquela foto usando terno. Ele leu tudo aquilo e percebeu que Renan era realmente um fã dedicado e decidiu comentar em uma de suas postagens, onde havia uma foto dele com uma frase no qual ele não pode desvendar, era uma língua diferente do inglês e as palavras não saiam de sua boca quando tentava pronunciar. "Não importa quantas vezes você fracassou."? Hunter Doohan escreveu um comentário dizendo que estava muito feliz em ter ele como fã e também bem agradecido pelo carinho e confiança.

Logo, surgiram diversas respostas ao seu comentário insinuando que aquilo era alguma nova forma de manipular o povo com os atores da criançada apoiando Renan e a comunidade LGBTQ brasileira.

Mais tarde, era por volta das oito da noite e estava muito frio na capital. Dava para enxergar a sua respiração saindo pela sua boca, enquanto caminhava pelas ruas. As luzes das casas e dos carros iluminavam a cidade inteira e davam um ar de alegria para aquela noite fria. Para qualquer lugar que Renan olhava, haviam pessoas rindo e conversando na frente de suas casas.

Quando ele chegou no Jardim Botânico de Brasília, percebeu que ele precisava ter o nome na lista para entrar e ele não estava vendo Alexandre em lugar nenhum. Mas ele sabia que Alexandre não brincaria com seus sentimentos, ele não teria o chamado só para dar um bolo nele.

— Porra...

— Sem palavrões, moleque! - o cara que segurava o papel com os nomes gritou.

— Meu pai costumava mandar em você e em sua vida!

— Mas agora ele não manda em mais ninguém, moleque. Seu pai era um fascista ladrão e racista!

Mesmo que Renan não gostasse de seu pai, ele ainda era seu pai e ele não iria aceitar ofensas vindo de um qualquer.

— Vai se fuder! Meu pai é muito melhor que toda a sua família junta! - rosnou com indignação.

— Cai fora, viado! Vai comer um retardado com DST numa festa qualquer e morre logo, caralho!

— Você... vai tomar no seu cu, filho da puta! Pelo menos eu não sou um gordo obeso com esse bigode de leite fudido! E esse seu cabelo parece um ninho de rato, vai tomar um banho, seu seboso!

— Some, moleque. Não quero ser preso por homofobia hoje.

— Foda-se, daqui eu não saio até a festa acabar! - quando Renan terminou sua frase, foi atingido pela mão do segurança do parque, que socou seu rosto tão forte, a ponto de o fazer cair sentado no chão. — Porra...

— Te mandei rapar fora, mano! Eai, quer brigar? - ele apertou os punhos.

— Vamos brigar então! - Renan se levantou e partiu para cima do segurança.

Os dois começaram a se agredir, socando e dando chutes, Renan era fraco e não conseguia se defender do segurança, que não dava uma trégua. Renan ficou jogado no chão recebendo socos do segurança e ninguém os viu naquela cena. Ele estava prestes a morrer, quando finalmente, Alexandre apareceu. Mas agora já era tarde demais e Renan já estava com o rosto inchado e roxo, com a boca e o nariz sangrando. Ele estava todo acabado.

— Renan! - Alexandre correu até ele e se ajoelhou no chão, segurando sua mão enquanto o segurança se afastava, assustado. — Renan, meu amor, você está bem?

— Estou... - ele respondeu, com a voz fraca.

— Mas você está sangrando... seu olho está roxo, Renan, por favor... por que fez isso? E você não está nada bem...

O segurança estava sem palavras, ele nunca iria adivinhar que aquele garoto era convidado do filho dos organizadores da festa. Ele estava fodido.

— Senhor... me desculpe... eu não queria machucar o seu amigo, eu só... pensei que ele era um penetrinha. Por favor, não conte aos seus pais...

— Você quase matou ele! Não pode só simplesmente pedir desculpas assim... você é um péssimo segurança!

— Desculpe, senhor... não irá se repetir...

— É bom mesmo. - ele se acalmou e ajudou Renan a se levantar do chão e ficar em pé. — Amor... calma, vou te levar até o hospital.

— Não precisa! Eu tô bem. - sorriu para Alexandre.

A verdade era que Renan Bolsonaro era um masoquista e tinha adorado ser espancado pelo segurança, mas ele não iria admitir para Alexandre. Renan estava com o cu piscando e não queria ir até o hospital porque precisava conversar sobre comunismo com os convidados da festa.

Ele era o escolhido.

Eu não pedi para ser seu filho! Renan Bolsonaro comunista AUOnde histórias criam vida. Descubra agora