Nossos vícios e virtudes.- Lizago

Brisa .- Capítulo 03

Joui POV.

— Thiago sensei, eu posso ir a uma festa ?— Falo rápido e tenho a impressão que saiu "sepossoraesta"
— É o que rapaz, fala devagar. Tá devendo é ?— Ele diz e me olha meio indignado
— Eu posso ir a uma festa ? — Falo devagar
— Pergunta da Liz — Ele diz.
Não é estranho a forma que eles me adotaram mas não me tratam como um filho ? Eles me dão a atenção que eu sempre precisei mas as vezes eu me sinto um colega. Tanto faz, ignore seus pensamentos Joui.
Vou até o quarto de Liz e dou de cara com ela quando eu estava ainda subindo a escada.
— Senhorita Liz, eu poderia ir a uma festa ?—Falo rápido mas dá pra entender, eu acho.
— Vai ter drogas ?— Ela me olha séria
— Não. Meu corpo é um templo.— Falo sério também, mas na verdade, eu não sabia se tinha drogas ou não.
— Então vá.— Ela diz e desce as escadas.
Vou correndo ao meu quarto, me arrumo rápido, eu vestia uma camisa preta, uma calça preta e uma jaqueta de couro. Eu parecia um motoqueiro.
Meu celular toca e eu vejo na tela " Leone " era a Carina, ela provalmente já estava lá em baixo. Desço rápido e nem me despeço da Liz e nem do Thiago. A Carina é exigente quando estamos atrasados.
— Ciao, Joui.— Ela diz em italiano e sorri. Ela estava em uma Ferrari azul bem escuro e é nessas horas que eu penso o quanto ela é rica.
( Tradução, Oi Joui )
— Kon' nichiwa, karïna reōne.— É engraçado o fato que todos da rodinha sabem falar idiomas diferentes.
( Tradução, oi, carina leone )
Vejamos bem, o Thiago sabe falar francês, a Liz sabe falar latim, a Carina fala italiano, a Erin fala inglês e o Arthur e o César... eles existem.
Foi uma viagem longa, eu conversava bastante com a Carina em japonês já que a gringa não sabe falar português direito. E eu não sei falar italiano muito bem. Falando a verdade, eu só entendo o Ciao.
— Siamo Arrivati. — Ela desliga a chave do carro e eu me deparo com uma mansão enorme. A mansão dos Leone.
É bem fácil saber quando a Carina está embriagada, ela sempre fala que seria louvada se tivesse nascido em tempos antigos.
Descemos do carro e formos andando em direção a mansão, eu tinha medo daquele lugar por que sempre a Carina falava que conseguia ouvir vozes de lá.
A casa era gigastenca, ela me para em frente a uma sala que tem um enorme brasão da família dele em tons de azul muito vivo.
— Dai miei antenati, sono un leone. — Ela fala e eu não entendo porra nenhuma, mas a porta se abre e aparece uma espécie de barzinho
Vejo a Erin, César e estranho o fato que o Arthur não estava lá. Ele sempre vem... esquisito.
— Ciao, Erin e Cesare ! — Ela diz animada
Ver a Erin depois do que aconteceu da última vez, era estranho. Eu sei que eu tô sendo um babaca com ela mas o que eu vou fazer se eu não amo ela ?
Tinham muitas bebidas, cigarros, tabacos e tinha drogas. Tem drogas aqui. A Liz vai me matar.

Quebra de tempo - 02:00 da manhã.

Eu não me lembro mais de nada, a Carina está obviamente muito bebada por que ela está contando detalhe por detalhe da sua família, a Erin e o César usaram drogas e eu só penso em quanto a Liz vai me matar
A Erin vem em minha direção e eu me assusto, ela passou a festa toda me ignorando e de repente quer conversar comigo ?
Ela para em minha frente, me agarra pela gola da camisa, me fazendo ir pra parede e me beija de repente, eu continuo o beijo. Estava bom de qualquer forma.
— Eu odeio estar amando você, odeio ser seu romance adolescente. Odeio, ODEIO VOCÊ. As vezes eu gostaria de não te conhecer Joui.— Ela se desprende de mim e começa a dar leves soquinhos no meu peito enquanto chorava.
— Erin, vamos embora, você já está muito bebada.— A Carina vem na nossa direção e fala com seu sotaque forte.
— Que menina louca.— O César diz.
Eu estava em choque, por que eu pensava de um jeito e ela pensava de outro ? De alguma forma, eu sou o vilão daqui.