Capítulo 4

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DIANA ALYSSON

Eu olhava aquele homem cheia de dúvidas, mas na verdade era tanta informação para assimilar que não consigo pensar, um homem lindo daqueles eu jamais atendi. Na verdade, vários eram lindos mas nenhum com um olhar tão intenso quanto o dele. Causava arrepios, eu gostaria de transar com ele, opa...quer dizer, eu adorei os cem mil dólares.

— Pode passar sua conta!— Afirma.

Eu olho, abismada por ele já querer fazer um pagamento tão alto adiantado, a confiança deveria ser enorme ou seria de fato Gay e estava desesperado.

— É...bem, certo !— Fico um pouco confusa, mas passo todos os dados.

Ele pega o seu telefone e leva ao ouvido, caminha até a varanda do quarto do hotel, colocando a sua mão livro no bolso e olhando para a vista a frente. Eu fico observando aquela calça justa, um corpo delicioso, uma bunda...nossa, mas que situação, estou a enlouquecer.

— Kevin, uma transferência de cem mil dólares para essa conta que lhe enviei por mensagem. — Afirma um tanto sério.  — Aguardo o comprovante.

Ele desliga depois da ligação rápida e vira-se a minha frente. Eu estava olhando para seu corpo e sou pega no flagra quando ele vira abruptamente, tento disfarçar olhando para qualquer outro ponto do quarto que fosse um lado contrário ao dele.

— Precisa de roupas.— Ele sugere.

— Qual o problema nessa roupa?— Olho para meu corpo.

— É um casamento Angel, não uma balada. — Caminha em minha direção.

Achei que estava se aproximando e prendo a respiração,  fiquei nervosa nesse momento mas sou pega de surpresa, ficando estranhamente desapontada quando ele vai até a porta, abrindo a mesma e indicando para que eu saísse junto a si.

— O que vamos fazer agora ?— Caminho em direção a porta.

— Vamos cuidar disso o quanto antes.

Percebo que seu jeito é dominador, um tanto sério e quando o seu maxilar ficava rígido deixava evidente o quanto era charmoso. Que desperdício ser Gay, ele poderia satisfazer muitas mulheres por aí, não era 9 meu caso pois eu queria apenas o dinheiro.

Saímos do hotel lado a lado, alguns funcionários olharam surpresos pois eu sempre estava ali, sabiam que eu era uma acompanhante de Luxo porém nenhum dos meus clientes andaram comigo pelo hotel, por sorte o sigilo era algo absoluto para manter a integridade dos clientes de alto nível, altíssimo para ser sincera.

No estacionamento, um homem com terno escuro aguardava ao lado de uma Porsche na cor preta. Eu estava me sentindo a Cinderela atual, levada por um príncipe encantado pela sua carruagem motorizada. Porém uma Cinderela que cansou de ser trouxa, sabendo que amor só traz merda.

— Para o centro, Wandy para ser mais exato. — Ele fala para o motorista.

Como não entendo nada, já tinha com mil na minha conta, sento no banco do carro seguida por ele e olho ao redor observando toda aquela modernidade.

— Você tem muito dinheiro!— Penso alto, arrependendo de falar sem pensar logo em seguida.

— Talvez!

Nossa, bastante comunicativo o senhor estranho. Dou nos ombros e desviei o olhar, ouvindo ele falar ao telefone com alguém mas dessa vez não prestei atenção ao que ele dizia. Estava ficando nervosa, aquilo é completamente novo para mim, não sei se estava preparada, eu conseguia fingir estar tendo um orgasmo, fingir um gemido de prazer mas, fingir que sou namorada de alguém...não sei não!

Depois que deixei aquele cafajeste tenho repulsa em ter alguém na minha vida, criar expectativas e esperar a reciprocidade incerta de outra pessoa, num relacionamento nos fazemos a nossa parte, tentando ser perfeita mesmo com as imperfeições, porém,  o que vem da outra pessoa não é responsabilidade nossa, pode vir uma desilusão. Não temos controle.

Enquanto estou perdida em pensamentos e sem saber quanto tempo se passou desde que saímos do hotel, chego a uma luxuosa loja no centro da cidade, as portas estavam fechadas mas quando descemos do carro observo uma linda mulher abrir a mesma para que entrássemos.

— Olá querido, vim assim que me ligou. —     a mulher beija o rosto dele.

Achei intimidade de mais, eu parecia um peixe fora d’água com as minhas roupas que mesmo não sendo tão baratas assim, não se compara a uma loja da Prada,  eu ainda não cheguei a esse patamar. Mas vou chegar!

— Essa é Ang...

— Diana!—  Eu corto sua apresentação.

Não queria usar o meu nome de trabalho fora desse hotel, me sentia mal o tempo inteiro.

Quando olho para ele, seus olhos estão arregalados em minha direção, eu corei com a reação inusitada. Ela da um meio sorriso e me olha da cabeça aos pés dando as costas, convidando para um local na loja.

— Seu nome não é Angel ?— Ele pergunta abismado, a sussurrar.

— Não,  você nunca contratou uma acompanhante ?—   aproximo dele sussurrando também.

— Não!

Ele afirma, eu fico ainda mais surpresa. Realmente, ele é gay, chego a essa conclusão. A mulher tira nossa atenção, convidando para onde ela estava com muitas peças de roupas ali, um vestido mais lindo que o outro.

— Querido Bryan, aqui estão. — Indica.

Percebi que ela não olhou para mim em nenhum momento, eu era um ser insignificante para aquela doadora loira. Estranho por que ela olhava para ele como se quisesse sentar no seu...melhor nem concluir.

— Ange...quer dizer, Diana irá escolher. Fique a vontade. Seja rápida!— Ordena.

— A tá!

Ela faz uma feição de desagrado, eu olho levantando uma sobrancelha e com um sorriso irônico, ela vai ter que me atender, mulherzinha esnobe.

— Eu gosto de algo sexy.—Afirmo.

— Percebi!— Ela me olha da cabeça aos pés.

Eu não estava vulgar, nunca fui até porque atendo homens que não gostam desse estilo, querem mais uma garota sexy sem nenhum tipo de exagero, entendo que era mesmo a implicância que ela estava comigo.

— Tenho alguns...atributos, devo valorizar não é ?—  provoco.

Eu tinha mesmo, seios arredondados, um quadril que chamava bastante atenção e uma cintura bastante fina. Se ela era uma mulher sem sal, o problema não era meu.

— Seja rápida Diana, tenho pressa.—  Bryan reclama.

Olho para ele com uma cara de poucos amigos, mas depois sigo até os vestidos pendurados em araras de roupa, passando a mão por cada um deles e escolho três para provar .

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