Eu vejo você... bafo de peixe

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Estávamos nadando com os Ilus até a árvore das almas, mas só se passava em minha cabeça o'que Tsireya tinha dito sobre o colar

– Muitos Na'vi dão isso para a pessoa que estão apaixonados para mostrar que estão prontos para o próximo passo –

Vejo todos mandarem os Ilus subirem e faço o mesmo olhando que havia uma rocha acima de nós

– É aqui – Tsireya fala olhando para nós e depois para frente novamente

Quando olho só consigo lembrar de casa, a estrutura era igual, mas tinha a diferença era rodeada de água e protegido por uma muralha de pedras

– Esse é o refúgio dos ancestrais, nosso lugar mais sagrado – Ela fala sorrindo – O eclipse é a melhor hora do dia para vir aqui – O Eclipse começa e coloco a mão à frente dos olhos por causa da luz

Vamos com os Ilus até um pouco mais a frente quando uma luz branca ilumina a água

– É aqui – Ela aponta para o local que estava vindo a luz – Essa é a árvore dos espíritos – Dou um sorriso e desfazemos as ligações com o Ilus mergulhando em direção a árvore

Nadamos até a árvore que tinha seus vamos como se fossem a nadadeira de um peixe, seguro com cuidado em uma delas fazendo a ligação, escuto a voz de crianças brincando, adultos conversando, mas uma voz distante cantando me atrai e fecho os olhos aproveitando o som de seu canto

Vejo um clarão e quando abro os olhos não estava mais na árvore dos espíritos dos Metkayinas, estava em casa, a frente da árvore dos Omatikaya, mas vejo que havia uma figura da qual era dona da voz que ouvi cantar

– Pensei que nunca iria te conhecer Wendy – Ela vira para mim e por suas vestes reconheci que era uma Tsahìk – Tenho muito oque te contar – Ela estende a mão me chamando para se sentar ao seu lado

– Como posso confiar em você? E o que quer me contar – Pergunto indo em sua direção ficando atrás dela

– Porque eu sou igual a você meu jovem – Ela faz a ligação com a árvore e os pelos de seu corpo ficam brancos iguais aos meus – Eu sei o porquê de isso acontecer com você, do porque a grande mãe te escolher – Ela virá um pouco a cabeça me olhando de lado

– O que Eywa quer de mim? – Falo sentando a seu lado esperançoso

– Não tem que pensar oque ela quer de você, Eywa te escolheu pois sabe que irá usar seu dom de forma digna – Ela estende a mão fazendo aparecer uma luz – Eu nasci em época que a floresta não era iluminada, então Eywa me deu o dom de fazer a luz e tirar meu povo da escuridão – Eu a olho chocado – Você também tem isso dentro de você – Ela coloca a mão em meu peito – Carrega o dom de todos que foram abençoados por Eywa antes de mim, além do meu – Ela dá um sorriso

– Mas se você foi tão importante, porque nunca ouviu falar de vocês nas histórias do nosso povo? – Pergunto estranhando

– Houveram guerras entre os povos pelos nossos dons, então decretei de que quando um de nós some nossos registros somem, do mesmo jeito que apareciamos do nada, também voltávamos ao nada – Ela suspira – E como fui a última... nos viramos apenas lendas para aqueles que nos viram, mas aí você nasceu e percebi que estava enganada – Ela segura a minha mão – Tome cuidado... podem não lembrar de quem somos... mas com a sua chegada tenho medo de que outra guerra se inicie por sua causa

– Vou tomar... eu prometo – Ela sorri colocando a mão em meu rosto

– Sempre que precisar o meu dom e dos outros estarão disponíveis para você – Ela se aproxima de mim dando um beijo em minha testa e fecho os olhos sentindo uma energia passar por mim

Avatar: Ao'nung X Wendy Onde histórias criam vida. Descubra agora