𝐌𝐈𝐒𝐓𝐀𝐊𝐄 | 𝘼𝙡𝙞𝙘𝙚 𝙎𝙖𝙣𝙩𝙞𝙖𝙜𝙤 se via sozinha nesse mundo vazio. Após a morte de seus pais a mesma se comprometeu a cuidar do seu irmão de 7 anos. Alice e Matteus eram brasileiros, nascidos e criados no Rio de Janeiro. Todos os dias a...
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(insta: srrwmoonn )
Era hoje o grande dia. O dia pelo qual eu estava temendo com que chegasse. O dia em que eu e Pablo iríamos viajar sozinhos para o grande jogo. Nós passaríamos um tempo lá durante todos os jogos até chegar a tão o mais importante
Eu estava sentada em um dos bancos no meio do aeroporto enquanto Pablo tinha ido buscar um café no starbucks. Eu podia ter certeza que mesmo a Louise não estando aqui todos achavam que ela é minha mãe pelo fato dela agir como uma na ligação em que estávamos fazendo nesse axato momento
Louise: Escova de dentes? - Assinto com a cabeça - Camisa do Brasil? Muito importante, os meninos viajam pra esse jogo só semana que vem, enquanto isso você tem que deixar claro que a namorada do Pablo Gavi é brasileira
- Louise eu tô levando tudo, pode deixar - Suspiro enquanto via a garota arquear as sobrancelhas enquanto pensava em mais algum item fútil que eu poderia estar esquecendo
Louise: Biquíni! Tá levando biquíni, dona Alice?
- Não - Respondo
Louise: Tá aí, eu falei que eu deveria ter arrumado sua mala porque você sempre esquece de tudo, meu Deus
- Louise, vai estar inverno lá. Você deveria estar checando a mala do Gavi. Aquele menino tá levando uma mochila só. Deve ter um short, uma calça, uma camisa e olhe lá se tem cueca
Louise: O Pedri disse que é sempre assim - Ouço vozes de criança no fundo - Tenho que ir, o Matt tá enchendo o saco de todo mundo pra levar bola
- Ele sentiu minha falta? - Levanto as sobrancelhas curiosa
Louise: Que nada, ele ficou de boa - ela observa o menino correr - Mentira, ele chorou por uma hora e só parou quando dormiu. Mas é só uma semana sem te ver, não mata não - Tenho que ir, tchau, te amo
- Tchau, te amo - Sorrio enquanto desligava a ligação
Observo as pessoas a minha volta. Todas estavam apressadas outras estavam em família, super animadas. Por sorte não tinham fãs loucas atrás do Pablo, e eu nem saberia como lidar com uma se visse na frente, pra falar a verdade
Pablo: Quer café? - Ele estica o braço me mostrando um capuccino normal e eu aceito dizendo um simples "obrigada" - Meu secretário vai estar esperando a gente quando chegarmos. Vamos ficar hospedados em um hotel até realmente todo o pessoal chegar. E no meio dessa semana eu vou ter ensaios de foto, entrevistas e reuniões. Você vai me acompanhar nelas, tudo bem? - Ele diz tudo enquanto intercalava seu olhar na lista em seu celular e o meu rosto
- Tudo bem - Eu já esperava que a vida de um jogador era super corrida. Mas não que eu teria que acompanha-lo em cada passo seu. E pelo fato de ainda não estarmos bem, isso deixava muito mais constrangedor
O real jogo seria na quinta-feira da semana que vem, e hoje era uma segunda. O Pedri a Lou e o Matt chegariam nesse domingo. Então eu passaria por tudo isso sozinha
O nosso voo tinha sido chamado. O mesmo processo de embarque foi realizado e então nos sentamos em nossos acentos esperando o avião decolar
Em parte o voo estava sendo tranquilo, faltavam uns vinte minutos pra realmente chegarmos. Eu estava lendo um livro enquanto escutava minhas músicas e tudo seguia em paz. Até o piloto informar que passaríamos por uma área de turbulência
- Puta merda - Deixo o palavrão escapar
Pablo: O que foi? - Ele franze a sobrancelha olhando pra mim
- Você não ouviu oque o piloto acabou de falar? - O olho incrédula
Pablo: Escutei, mas isso é normal em voos, principalmente os longos - Ele diz e eu reviro os olhos enquanto me abanava demonstrando estar nervosa com a situação. E então ele levanta as sobrancelhas parecendo entender - Alice, você já andou de avião?
- Eu tô com cara de quem tá acostumada com a situação? - Continuo a me abanar, a esse ponto eu estava suando frio
Pablo: Eu também morria de medo quando era menor. Mas não acontece nada, relaxa - Ele diz tudo enquanto guardava seu celular - É muito mais provável você morrer de um acidente de carro do que de avião
- tá tentando me tranquilizar falando de morte, Gavira?
Antes que ele pudesse responder o avião chacoalha rapidamente, me fazendo soltar um grito baixo de desespero. E então sinto o toque de uma mão quente nas minhas, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar
Pablo segurava minhas mãos firmemente enquanto esticava seu pescoço olhando para frente, checando se estava realmente tudo bem. Ele parecia tentar transparecer segurança enquanto massageava levemente as minhas mãos
Quando eu fui tentar quebrar o contato após o completo constrangimento, ele finalmente se vira e diz:
Pablo: Ele não vai fazer mais que isso, pode acreditar - Ele percebe o meu semblante então solta nossas mãos e volta a mecher no seu celular
Então me viro pra frente procurando pelo meu livro e tentando manter normalidade com aquela situação toda
***
Já tínhamos chegado no hotel e o secretário do Pablo já tinha se apresentado pra mim e desde então ele não parava de falar e relembrar o garoto da agenda dele. Eu posso jurar que não entendia nem metade do que ele tava falando porque era tanta coisa junta que ele falava tão rápido, uma hora eu também desisti de entender. O nome dele era Thomás, e ele parecia ter mais de 30 anos por aí
Agora nós estávamos seguindo um dos funcionários hotel até o nosso quarto. Logo de cara tudo parecia ser muito chique
O funcionário abre a porta do nosso quarto e assim finalmente podemos ver o que era. O quarto era extremamente grande, as paredes eram beje e os móveis brancos e dourados, era tudo maravilhoso, mas uma coisa em si me chamou atenção
- Porque só tem uma cama? - Olho pro funcionários e em seguida para Thomás e Pablo
Thomás: São um casal não são? A mãe do Pablo mandou eu reservar uma suíte casal pra vocês - Eu abro a boca pra retrucar mas sou interrompida por Pablo
Pablo: Nós somos, mas sabe o que é? É que ainda não dormimos juntos, somos mais reservados - O funcionário arqueia as sobrancelhas confuso com a situação - Será que não teria uma suíte individual pra cada um?
R: Vocês vão ter que me desculpar. Nós não temos mais suítes individuais. Estamos esgotados - Ele explica - O hotel fica bem lotado nessa época do ano
- Então tá bom, muito obrigada - Forço um sorriso enquanto observava Thomás e o funcionário sairem do quarto - Que ótimo
