Imagines Enhypen'

| Niki pt. 2 |

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- Pegamos o ônibus e cada um foi para a sua casa. Ele até que aparenta ser um cara bacana. Quem sabe eu não encontro ele por aí no colégio.
Acordo dessa fez no horário certo e não encontro problemas para pegar o ônibus. Quando entrei, vi Niki dormindo encostado em uma janela. Eu nunca tinha percebido ele antes do que aconteceu ontem. Sento no meu lugar de sempre, um assento único. Chegamos no ponto perto do colégio e eu estava me levantando para sair do ônibus, mas percebo que Niki não acordou. Não iria deixá-lo perder o ponto. Decido acordar ele, de forma bem pacífica.

- Ei! Niki! Acorda aí cara! Temos que sair antes das portas fecharem, é nosso ponto de saída! - Digo balançando e batendo os ombros dele contra o banco.
- Aí! Calma aí, já tô saindo! ________, é você? Credo parece minha mãe me acordando. - Diz ele com uma voz sonolenta.
- Vamos!! - Digo o puxando do banco carregando sua mochila (estava tão pesada que parecia que tinha pedras dentro).
- TO SAINDO, TO SAINDO! - Ele diz gritando.
- Para de berrar idiota! Está incomodando todo mundo! - Digo para ele. Que sem noção! É cedo, e todo mundo só quer paz esse horário da manhã.

Saímos do ônibus, então soltei ele e fui a caminho do colégio andando rápido para não me atrasar.

- Caramba, você é mais forte do que eu pensava guria! Já pensou em fazer boxe? Tenho certeza que consegue derrubar alguém de peso leve. - Diz ele rindo.
- Bem que você poderia ser meu saco de pancadas. Iria adorar bater um pouco em você para ver se seus miolos voltam ao lugar e você cria um pouco de senso comum! - Digo, acho que fui meio grossa, mas sei que ele devolve na mesma moeda.
- Nossa Senhora! Que grosseria! Eu não te xinguei não, agora você... Agora vou te chanar de grosserinha. Que feio! Vou falar pro seu pai ein.
- Que pai? - Digo olhando para ele. Sei que vai se sentir culpado.
- Epa. Foi mal. Mas vou contar para algum responsável seu ein!
- Que medo. Chegamos no colégio! Vou para minha turma. Tchau.
- Pera, de que turma você é?
- 3° A.
- Eu sou do 3° C. Bom, quem sabe a gente não se esbarra por aí, né? Até mais!
- Óbvio que vamos nos esbarrar. Pegamos o mesmo ônibus todos os dias. - Digo para mim mesma, já que ele já estava indo para sua sala de aula.

O dia foi bom. Tivemos que fazer umas atividades de biologia, mas adoro essa área. Comi meu almoço com minhas amigas, mas terminei antes delas. Então decidi voltar para sala e tirar um cochilo bem merecido. Até que enquanto eu subia as escadas, me encontrei com ele...

- Caramba, até aqui a gente se esbarra! - Ele diz.
- Que estranho né? Foi a gente se conhecer aleatoriamente e agora a gente sempre se encontra assim! Eu nunca reparei em você antes de nos conhecermos.
- É porque antes você não reparava em mim, me achava mais um estudande vivendo sua própria vida. Eu também devia pensar isso de você... Mas é estranho você nunca nem ter ouvido falar de mim, olha como eu sou bonito! Nenhuma garota falou para você que sou bonito ou que ela tinha um crush em mim? - Ele fala se achando colocando a mão em seu maxilar.
- Não. Você não é tão popular quanto você pensa. É só mais um garoto normal com uma beleza na média. - Digo, mas sendo sincera, acho que a beleza dele até pode ser um pouco acima da média... Pelo menos comparado ao resto dos garotos do colégio.
- Meus manos não acham isso.
- Seus manos? Está se referindo aos três patetas? - Digo provocando ele.
- Sim. Eu sou o idiota rei, eles são os idiotas suditos. - Nós dois rimos. - Estou descendo para comprar um sanduíche. Ta subindo por quê?
- Vou dormir um pouco na sala de aula.
- Se eu fosse você, ia dormir na biblioteca. Na sala tem chances de um grupo de meninas escandalosas entrarem e começarem a gravar um TikTok gritando achando que são super hilárias. Acredite em mim, experiência própria.
- Vou dormir na minha sala mesmo assim, as garotas escandalosas de lá são minhas amigas. Devem estar gritando no pátio ou sei lá. - Estou sendo sincera. Elas serem escandalosas não muda o fato de elas serem divertidas, legais e verdadeiras.
- Faça o que quiser. Foi bom te encontrar aqui, eu acho. Até, então.
- Até mais.

Acabou a aula, e agora estou indo para o ponto de ônibus. Não encontrei Niki lá, mas quem sabe hoje ele não voltou com alguém? Não quero pensar muito dele. Ele está ocupando muito tempo na minha cabeça.
Sentei em meu lugar de sempre e alguém começa a gritar na porta do ônibus. Reconheço a voz. A não. Niki.

- Por favor, me deixa entrar! Eu estava ajudando meu amigo a pegar o material dele que estava caido no chão! Por favor! - Diz ele socando a porta.
- Tudo bem, mas pare de socar o ônibus! - Diz o motorista sem paciência.

Ele entra no ônibus e me vê. Ele não me dá "oi" ou fala "olhe só quem está aqui!". Por que será? Pera, por que estou pensando que ele não falou comigo? Isso não faz diferença. Nos conhecemos a um dia. Não precisamos fingir intimidade né?... Estava perdida em meus pensamentos até que escuto um "Psiu!" e olho para ver o que era. Era Niki sentado em um banco duplo, acenando para mim e indicando o banco vago. Eu olho para ele, olho para meu lugar no banco, olho para ele de novo... Quando percebo já estou sentada do lado dele discutindo qual o melhor sabor de bala de goma.

- Estou dizendo. As vermelhas são as melhores! - Digo enquanto ele balança a cabeça em sinal negativo.
- Não, as roxas são as melhores, e ponto final!
- Tá bom. Concordamos em descordar.

Conversa vai, conversa vem... Até que chegamos em meu ponto. Poxa, estava tão legal falar com ele...

- Bom, agora tenho que ir... - Digo me levantando.
- Espera! - Ele segura meu braço. - E que tal fazermos uma irmandade?
- Uma irmandade? Como assim?
- Vamos sempre sentar nesse lugar, o que acha? Podemos conversar durante todo o caminho, ou só ouvir música, sei lá...

Penso um pouco. Largo meu lugar de banco único e tranquilidade e fico com esse idiota?

- Claro. Mas então me prometa de dedinho.
- Ok. Agora você também é uma idiota sudita.
- Até parece. Tchau Senhor boca suja!
- Até amanhã!

°• Oi! Aqui está a parte 2! Espero que gostem! A fanfic já alcançou + 100 leituras! Obrigada por todos que leem ela. Não esqueçam da ☆! •°

Quantidade de palavras: 1110

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