Need You - Janja e Lula

13- Bandido bom é bandido morto!

Lula sentiu tudo girar ao seu redor assim que acordou. Todos os dias na cadeia estavam sendo assim, estar em uma cela individual parecia o perturbar, já que ele passava o dia todo sem ver ninguém, exceto seus advogados, que lhe encontravam todos os dias para reuniões.

Eram cerca de 6:00 e estava no horário do banho de sol. Lula tomou o banho frio, como de costume, e já estava se preparando para ir ao pátio central.

Andou até a area aberta da prisão, agora vazia. Segurava um livro, que leria, como de costume, enquanto aproveitava o sol da manhã.

Antes que pudesse chegar ao espaço comum, foi chamado por um dos polícias e praguejou, falando todos os palavrões existentes sem o homem aramado e vestido de farda ouvir. Seu maior medo era se meter em alguma confusão na cadeia.

Foi guiado rispidamente até uma das salas de visita, a mesma em que se encontrava com seus advogados.

"Espera ai. Se tentar fugir eu te dou um choque e te bato até você esquecer o próprio nome! Sabe como dizem né, bandido bom é bandido morto!!" O policial falou e bateu a porta atrás. de si, fazendo lula arregalar os olhos e engolir seco.

O socialista esperou o que pareceram ser os 30 minutos mais longos de sua vida. Ficou apreensivo por não saber o que estava fazendo ali, sozinho.

Depois de  um bom tempo, ele ouviu a porta atrás dele abrir, e antes que ele pudesse pensar em qualquer coisa, sentiu o cheiro que ele tanto amava e sentia falta invadir o espaço.

Ele fraquejou mas virou rapidamente, e ao ter a visão de janja, usando óculos escuros e um vestido preto até o joelho, acompanhado de um salto alto pensou que sua  mente estava lhe pregando uma peça, mas quando ela se aproximou mais  e disse "Oi, amor" Ele percebeu que realmente era verdade.

Sem falar nada, ele correu até a mulher e a abraçou com força, como se achasse que ela fosse fugir.

"Eu senti tanto a sua falta..." Dessa vez a mulher disse em um soluço, já deixando as lágrimas invadirem seus olhos.

''Eu também... você não tem noção..." Ele olhou no fundo dos olhos dela "Mas como eles deixaram você vir?'' Perguntou curioso

"Aconteceu uma coisa bem séria e eu preciso te contar" Janja disse e lula viu o semblante da mulher mudar na hora

"Senta aqui, por favor" Ela disse apontando para a cadeira que ele estava sentado a minutos atrás.

Quando lula sentou, janja puxou uma cadeira, sentando de frente para ele.

Assim que estavam, frente a frente ela tirou os óculos, revelando a cara de cansaço e os olhos cheios de lágrimas, fazendo o coração de seu namorado apertar.

"Então...." Janja fungou, e procurou as palavras certas "O Arthur... (neto de lula) estava bem doente... Ele pegou meningite" Ela disse com o olhar bem mais triste e distante 

Lula arregalou os olhos, claramente preocupado. "Mas você disse que ele estava doente, ele ta bem agora, né??" Falou esperançoso

"E-ele não está mais doente.... po-porque ele não conseguiu aguentar" Ela disse em meio a soluços, e no final desabou.

Lula sentiu como se tudo desmoronasse naquele momento. Nada parecia importar.

Ele se jogou no chão, e de joelhos chorou. Janja se abaixou do seu lado e o abraçou.

''Eu to aqui com você, tá" Ela disse tentando não mostrar quão abalada estava 

"Eu preciso ver ele, preciso me despedir, janja!"

"Ele está sendo enterrado agora, o juiz não permitiu sua saída"

Lula gritou, deixou seu peito se esvaziar, ninguém além dele sabia como aquilo doía. Ele não imaginava como seriam as manhãs de domingo sem sua casa cheia de carrinhos, ou as tardes no parque, com eles jogando bola.

"Janja, eu preciso ficar sozinho, desculpa" Disse enxugando uma lagrima que insistia em cair, depois de estar um pouco mais calmo.

"Mas eu quero ficar com você. Faz 5 meses que não nos vemos." Ela disse baixo, passando a mão nos olhos.

''Mas eu não quero ficar com você agora. Por que você não me disse que ele estava doente pelas cartas??"

"Eu não queria te preocupar, amor" Janja disse voltando a chorar 

"Não adiantou, por que ele está morto!" Lula disse alto "Se fosse com você, iria querer que te contasse"

"Eu quem fiz de tudo para que você pudesse ver ele. Não deu certo, e isso não é culpa minha. Então não grita comigo, por que estou tão chateada e desgastada com essa situação!" Ela disse mais alto.

Lula apenas suspirou e saiu da sala, parando para que o policial o algemasse e levasse para sua cela de novo.

 Ele precisava de tempo... 

FOTO DO LULINHA COM O ARTHUR NA CAPA 

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oii vidasss

n me matem, não me xinguem heheuhueueu

lulinha vai ser solto qdo a fic bater 3k ;)

kisses from lê <3