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𝗝𝗨𝗗𝗘'𝗦 𝗣𝗢𝗩

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𝗝𝗨𝗗𝗘'𝗦 𝗣𝗢𝗩

— Eu sei do que falo, Jude. — Emily suspira, enquanto penteava os cabelos da filha — Minha mãe não quer me ver, meu pai muito menos. Eu não preciso deles.

— A última vez que falou com eles foi a mais de um ano, Emily — Retruco — Você não sabe. Eu consegui o endereço deles, e a gente pode ir agora. Eu vou com você!

Ela terminou a última trancinha no cabelo de Sun, suspira mais uma vez e aperta as mãos nos olhos, acho que estava tentando não chorar.

Eu, mais do que ninguém, sabia o quão importante é ter família por perto, e talvez fosse disso que Emily precisasse. Eu conversei com a minha mãe por bastante tempo, ela também acha que é a melhor opção.

— Não vamos levar a Sun. — Murmura — Por favor.

Eu não queria que ela sentisse como se eu desse as regras. Nem que ela se sentisse na obrigação de fazer o que eu digo por estar aqui. Então, por mais que eu quisesse que ela levasse Sun, eu não queria insistir em nada.

Digo que a esperaria lá em baixo, enquanto ela se trocava eu estava discutindo com a minha mãe.

— Ela está tão receosa. — Bufo, bagunçando os cabelos. — Eu não queria que ela se sentisse assim.

— É normal — A mais velha tenta, guardando os últimos pratos — Ela foi expulsa de casa com poucas semanas de gravidez, é quase um trauma. Mas eu acho que eles estão dispostos a ouví-la.

   Ela conversou com a mãe de Emily pelo telefone mais cedo. Eu não sei como ela conseguiu o número, mas ela foi grossa com a mulher, então acredito que foi assim que foi recebida.

   Emily deixa Sun com Mason antes de se juntar a nós na cozinha. Minha mãe ia com a gente, só por segurança.

   O caminho foi tranquilo, mesmo com a mais nova enrolando os dedos na manga do casaco que vestia impacientemente. Eu só queria saber o que se passa na cabeça dela.

— Tudo bem, ok? — Puxo sua mão para mim, deixando um beijo ali — Vai dar tudo certo, relaxa.

   O carro foi destravado e eu abri a porta, esperando Emily sair para fechá-la.

   A casa era grande e de cores claras. As portas e o pequeno jardim frontal já tinham a decoração de Natal e as cercas pareciam ter sido colocadas recentemente.

   Minha mãe é a primeira a atravessar a grama sintética e deixar três batidas na madeira branca. Abraço a menor pelos ombros e a guio até a varanda, onde a porta não demora muito pra ser aberta.

   O velho de pele clara e cabeça branca analisa bem cada um de nós, mas se mostra um tanto surpreso quando encara Emily.

   Ela apenas passa o braço pelas minhas costas, agarrando o tecido da camisa que eu vestia.

— Olá, senhor Horowitz. — Minha mãe se mostra bem humorada —Eu sou Denise Bellingham, e esse é o meu filho Jude. Essa aqui é a Emily — Ela puxa a garota de mim, usando toda a ironia que tinha — Caso te falhe a memória, sua filha.

— É, eu sei bem disso. — Ele trava o maxilar, dando espaço para entrarmos — Joana, ela chegou.

alright - jude bellingham ‹𝟹 Onde histórias criam vida. Descubra agora