Uau!
Sarada não podia ignorar a beleza que Shamisen trazia desde a sua entrada até as pequenas ruelas que percorreu para poder chegar até o Palácio do Daimyo, a noroeste da cidade. Shamisen era infestada de chouchin coloridos e grandes estátuas que ela acreditava remeter a personalidades importantes que ela própria desconhecia. Era uma cidade altamente iluminada, e Sarada acreditava que tamanho jogo de iluminação era uma estratégia por conta da neblina que constantemente engolia a cidade, dado que Shamisen era uma cidade entre montanhas. Fora uma longa caminhada terra a cima, mas toda a beleza do lugar valera muito a pena.
Floresta Doce.
Sarada lembrava-se de ter ficado curiosa com o nome da floresta que sediaria a Grande Corrida da Paz quando lera os detalhes de sua missão; afinal, como uma floresta podia ser doce?
"Papa?", Sarada o chamou, enquanto ambos caminhavam por uma avenida lotada de turistas. Toda a rua possuía um enorme arco de boas vindas, e assim como a entrada da cidade, ela não vira nenhum tipo de controle de quem entrava ou saía, o que a deixava um pouco receosa.
Como eles conseguem proteger a cidade sem nenhum tipo de policiamento?Quando Sasuke diminuiu o passo, Sarada sabia que era sua forma de lhe dizer que estava prestando a atenção.
"Você sabe me dizer o porquê a floresta onde será a corrida se chama 'Floresta Doce'? É um nome bem curioso para uma floresta, não é?", ela enfim perguntou. Nos últimos três dias ela conversara tanto com o pai sobre coisas triviais — coisas que ela havia feito durante sua ausência de quase 2 meses em que esteve em missão — que se esquecera completamente de matar sua curiosidade sobre aquele fato.
"Por causa dos pirulitos que nascem das árvores", Sasuke respondeu rapidamente, primeiramente sério, mas então virou o rosto para olhar bem para a filha, e deu uma piscadela.
Sarada não pôde conter a repuxada de lábio que dera para ele.
Quantos anos ele achava que ela tinha?
"É sério", ele voltou a suas feições estoicas, sustentando o olhar frio da filha para com ele."Você não está brincando?", Sarada perguntou após alguns segundos, ao perceber que o pai ficara sem graça por perceber sua repreensão.
"É um dos mitos mais famosos da cidade", ele respondeu simplesmente, como se fosse uma informação que qualquer um saberia.
Sarada se pegou mais curiosa do motivo do pai saber do mito sobre o nome da floresta do que saber o motivo do nome dado a mesma.
"Você já esteve aqui, papa?", sua curiosidade falou mais alto.
"Já", Sasuke parecia ponderar se falava mais ou não, e no fim, resolveu acrescentar, "E Você também", áquela altura, ambos já estavam de frente ao palácio do Daimyo, e Sasuke fez um gesto em direção a entrada para que Sarada tomasse as rédeas.Sem reação somente por alguns segundos, Sarada olhou bem no fundo dos olhos do pai, somente para deixar claro que ela perguntaria sobre aquilo mais tarde, e então, tomou a frente, indo em direção a um dos guardas na entrada do palácio.
"Bom dia. Meu nome é Sarada Uchiha, e eu venho em nome da Aldeia Oculta da Folha".
"Oh, entendo. Você tem um documento oficial?", o guarda fez um gesto para que um outro guarda se aproximasse, enquanto Sarada lhe entregava um pergaminho oficial.
"Ela é convidada de Funko-dono, Haiashi, seu imbecil!", antes que o outro guarda se aproximasse, um homem baixinho e espalhafatoso apareceu sem que a mesma percebesse, e logo repreendeu os guardas, "O que estão fazendo que ainda não a levaram para o Daimyo?! Ela é convidada de honra!", ele então tocou um dos braços de Sarada, "É uma honra recebê-la, Uchiha-san. O Hokage-sama falou muito de você, e também de suas habilidades. Ficamos felizes em termos ninjas habilidosos protegendo nossa tradicional corrida".
Sarada pôde finalmente olhar para o homem a sua frente.
Ratz era seu nome, Sarada lembra-se de ler sobre ele nos detalhes da missão.
Com um metro e quarenta de altura, e pesando quase o dobro que seu corpo suportaria, Ratz Homada era o braço direito do Daimyo do País dos Rios, Funko Senno. Um companheiro leal por anos da família Senno, Ratz era conhecido por ter servido pelo menos 3 gerações de Senno.
"Homada-sama, meu pai me acompanha nessa missão—", Sarada tentou explicar o motivo de não estar só, mas o homenzinho parecia tão empolgado que pouco se importou com a companhia a mais.
"Um ninja a mais nunca é demais, por favor, Uchiha-san, acompanhe-nos", ele então puxou Sarada para dentro do palácio — Sasuke seguindo ambos com um arquear de sobrancelhas e um suspiro pesado.
Ele havia se esquecido como missões Rank C tinham sempre um risco: serem sempre entediantes.
Sasuke se lembrava muito bem de todas as missões de baixo nível realizado quando ainda fazia parte do Time 7. E apesar de entediantes, ele não podia negar que por muitas vezes, ele realmente se divertia ao lado de Sakura e Naruto.
Era quase um manto todo início de missão.
Ele se lembrava de Kakashi, seu sensei, que com o passar do tempo, passou a se tornar uma figura paterna para ele — mesmo que na época, ele jamais assumiria isso. Ele sempre chegava com horas de atraso, enquanto ele e Sakura chegavam praticamente juntos nos pontos de encontro.
Sasuke sorriu involuntariamente com a lembrança.
Ele se lembrava no início, quando achava Sakura irritante demais ao ponto de ignorar totalmente suas falácias e tentativas de tirar algumas palavras dele.
A verdade, era que ele estava focado demais em ser forte, focado demais em se vingar de seu irmão mais velho, para simplesmente ser o que Naruto e Sakura estavam sendo naquela época.
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Leão
FanfictionSarada nunca compreendeu o motivo de nunca ter doado seu leão de pelúcia junto de seus outros brinquedos. A herdeira Uchiha mal sabia da ligação que tinha com sua pelúcia até o início de sua mocidade. Uma história de uma missão de pai & filha. Pós-G...