Sarada sabia que não precisava ficar nervosa, porém, o ambiente festivo e os olhares curiosos em direção a arquibancada onde se encontrava a deixava de estômago revirado. Não era sua primeira vez em uma missão diplomática, ela tentava convencer seu cérebro daquilo, porém uma outra parte sempre a lembrava que era ela a responsável pelo sucesso da missão.
Respirando fundo, Sarada deu uma boa olhada ao redor — novamente, como fizera há poucos minutos atrás — para detectar qualquer coisa fora do lugar. Ela sabia que estava sendo cuidadosa até demais, porém, saber da existência de um grupo extremista no dia anterior havia lhe assendido um pequeno alerta.
E pior, realmente ninguém ali parecia se importar com a existência de tal grupo.
"Eles não tem coragem de atacar Shamisen, sabem da segurança que a cidade proporciona", Sarada ouvira de uma das camareiras do palácio do Daimyo, assim como de outros subordinados. Ela não podia deixar de notar que somente os mais velhos sabiam da existência do grupo, enquanto que os mais novos nem ao mesmo haviam ouvido falar.
"Está tudo bem, Sarada-chan?", Kankurou a tirou de seus devaneios, notando uma pequena ruga em sua testa. Ele não havia convivido suficiente com Sarada para detectar seus pensamentos, mas convivia suficiente com Genin e Chunin de sua idade para entender suas preocupações em missões como àquelas.
Sarada Uchiha possuía uma certa fama na Aldeia Oculta da Areia, muito boa, alias. Desde os últimos Exames Chunin, muitos ninjas da Aldeia passaram a respeitar a Uchiha mais nova, e o fato de ser filha da renomada médica ninja, Sakura Uchiha, por qual todos os membros da Areia seriam sempre eternamente gratos, dava-lhe um certo ponto de admiração entre a população.
Muitos até mesmo se esqueciam de quem era seu pai, tamanho respeito que possuíam por sua mãe e seus feitos pelo Mundo Ninja.
"Tudo bem, Kankurou-san", ela lhe respondeu com um pequeno sorriso tímido, como se tivesse sido descoberta, "Estou apenas averiguando", e com essa resposta, Kankurou apenas acenou com a cabeça, como se dissesse que a compreendia.
Sarada percorreu novamente os olhos por toda a arquibancada abaixo de si e a sua frente, buscando qualquer atitude suspeita, assim como a linha de partida mais abaixo do primeiro andar da arquibancada. Sarada estava em um ponto alto junto de outros representantes de cada Aldeia Ninja, fazendo companhia para o Daimyo do País dos Rios.
Ela ainda não tinha encontrado seu pai em meio a multidão, mas sabia que ele estava por perto. Ela podia sentir seu chakra próximo.
Uma pequena movimentação na linha de partida chamou sua atenção; os competidodores estavam se distribuindo em seus devidos lugares, aguardando somente o pronunciamento do Daimyo para dar início a corrida.
Sarada podia notar que os olhos de todos da arquibancada agora estavam em um competidor específico, que Sarada imaginava ser Eyro Senno, neto do Daimyo e favorito da competição. Ela não conseguia enxergar suas feições devido a distância, mas conseguia ler sua linguaguem corporal quando tocou ambas as mãos no chão ao se preparar.
Ele parecia pronto.
Porém, algo chamou mais a atenção de Sarada.
Próximo de Eyro, a 2 pessoas de distância, ela notou um competidor se preparando em seu lugar, e não podia ignorar seu comportamento suspeito. Por várias vezes, ela notou ele olhando para o mesmo lugar, em algum ponto inespecífico no meio da copa de árvores da Floresta Doce.
Poderia ser para alguma pessoa presente na arquibancada abaixo, porém, a maneira como ele maneava a cabeça, como se estivesse se comunicando com alguém não parecia fazer sentido a Sarada, já que, com seu Sharingan agora ativado, a mesma já estava averiguando a quem ele poderia estar se comunicando.
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Leão
FanfictionSarada nunca compreendeu o motivo de nunca ter doado seu leão de pelúcia junto de seus outros brinquedos. A herdeira Uchiha mal sabia da ligação que tinha com sua pelúcia até o início de sua mocidade. Uma história de uma missão de pai & filha. Pós-G...