Garota estranha: Hueningkai

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Eu sempre fui uma menina solitária, nunca tive amigos, sou excluída, sofria bullying, e coisas clássicas da garota estranha da escola e família.

Eu posso até ter algum transtorno psicológico, porque não sou normal.

Depois de um bom tempo indo para a escola, fiquei de férias no verão.

Eu temia as férias, odeio ficar em casa, mas odeio ir para escola. É difícil me agradar.

Passei dias jogando RPG de BL, entrando em site de conversas anônimas, o que não deu muito certo porque sou extremamente tímida, fazendo exercícios para ficar em forma, jogando videogame, assistindo animes, doramas e filmes.

Mas depois de um bom tempo eu cansei.

Não tinha ninguém para conversar comigo, não tenho irmãos, sou solitária até em casa.

Minha mãe disse que minha prima vem para nós visitar essa semana, ela sempre vem no verão.

Só tinha um probleminha.

Eu minto para ela, digo que tenho um namorado mais velho, e que ele é muito pervertido.

Só queria me gabar para uma criança, já que sou infeliz e infantil.

O pior de tudo é que ela acredita.

Eu fiquei pensando, como ficar parecida com uma garota popular da minha idade, usar saias curtas, roupas que marcam o corpo, decote, maquiagem e chupão.

Acho que exagerei na parte do chupão.

Se ela visse o chupão, ficaria admirada pela sua prima mais velha, eu sou incrível.

Comecei a me chupar no braço e onde minha boca alcançava. Minha boca já não aguentava, não tava dando resultado.

Então pensei em usar o aspirador de pó.

Deu certo, mas fiquei cheia de marcas redondas, não parecia chupão, e sim que eu tinha sido espancada.

Minha mãe chegou bem na hora em que eu estava sendo aspirada na boca.

Mãe: Que porra é essa, S/n!?

Ela desligou o aparelho.

Mãe: Você é idiota? Tá toda machucada, se sua prima ver isso ela vai achar que você apanha em casa!

S/n: NÃO SE INTROMETE NA MINHA VIDA, MULHER!

Na hora me arrependi de ter soltado essas palavras, pois levei um tapa na cara, já não bastava o chupão, agora tenho a marca de uma mão na cara.

1 hora depois minha prima chega em casa. Fomos na biblioteca para ela procurar um livro que estava interessada, já que na cidade dela não tem livraria ou coisas do tipo.

Estávamos conversando no caminho, sobre especificamente do meu namorado.

— Prima, quando é que nossa família vai ver ele?

— Eu não sei, ele é bem tímido

Meu coração acelerou dizendo tais palavras, acho que minha família nunca vai conhecer ele, porque ele não existe!

— Então, vamos parar de falar dele

Entramos na biblioteca, minha prima foi procurar o livro mas estantes, enquanto eu fiquei sentada no sofá que tinha lá.

Em minha frente tinha um garoto familiar, mas eu não sabia quem era. Assim que cheguei ele não tirou os olhos de mim, parecia inquieto.

— Ei.... É... V-você é a S/n né? A menina que eu emprestei meu guarda chuva....

— Ah... S-sou eu mesmo, então era você? Eu te vi, mas não tinha te reconhecido, obrigada por me emprestar aquele guarda chuva, eu te devolvo se quiser, ou melhor, posso te pagar um novo!

— Não precisa! Pode ficar com ele, vê se não o perde, vai precisar quando chover.

O mesmo sorri.

— Aliás, qual é seu nome?

— Kai

— Não vou esquecer!

— S/n! Esse é seu namorado?

— Ehh... Eu...n-

— Oii, minha prima falou muito de você, ela disse que você é um maluco tarado!

A minha prima gritava enquanto apontava para o pobre garoto que estava confuso.

— Mas eu

Ele olhou para mim.

— Sim! Eu sou o namorado dela, mas quem realmente uma pervertida é sua prima, ela é sempre assim?

Me engasguei com a saliva depois dessa, o que ele tá fazendo?

— Então, Kai, tá na hora de nós duas ir embora, né?

Olhei fuzilando minha parente.

— Ok, eu acompanho vocês.

— Hmm, vocês podem ir sozinhos, eu vou ficar mais tempo aqui.

— Não!

— Qual é S/a? Vamos, eu te levo para casa.

Ele segurou minha mão me levando para fora da livraria.

Estávamos andando de mãos dadas até que eu solto sua mão envergonhada.

— Desculpa.... Minha prima é meio sem noção

— Tá tudo bem!

Ele sorri, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, vendo o chupão que eu fiz com o aspirador de pó.

Ele me olha espantado.

Segurou nós meus ombros e disse.

— Você tá bem? O que é isso no seu pescoço? Te bateram?

— É uma longa estória

Contei tudo para ele, esclarecendo a confusão que eu causei.

— Meu Deus! Você é maluca!

Ele ri da minha Estória vergonhosa, se aproxima do meu rosto e diz.

— Se você quiser um chupão é só me pedir...

Ele se aproxima do meu pescoço e para.

Eu estava com os olhos apertados com extrema vergonha, mas muito feliz. Poxa vida, o menino que eu conheci mês passado passado já conquistou meu coração.

O mesmo se afasta e sorri.

— Eu não vou fazer isso, bobinha! Ele toca no meu nariz.

Soltei o ar me aliviando.

— Mas isso eu vou fazer.

Ele rapidamente me dá um selinho.

Se afastou e bagunçou meus cabelos.

— Onde fica sua casa?

Fim.

TXT Still dreaming : Imagines Onde histórias criam vida. Descubra agora