Capítulo 2

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Duas semanas depois...

-Maraisa em que área você quer atuar ?

Perguntou Melissa uma colega da faculdade. Sim, Eu pude sobreviver há duas semanas de reclamações constante no trabalho, mas graças ao dinheiro que irei receber vou poder manter a faculdade.


-Melissa eu gosta da área trabalhista, acho que serei feliz defendendo trabalhadores .- falei confiante.


-Eu ainda estou em dúvida, gosto da área criminal, mas tenho medo de envolver minha família e acabar colocando-nos em perigo. Suspirou triste.


-É verdade, fica bem complicado. Claro que tudo depende do tamanho da causa que você se envolver...- tentei encorajá-la


-Enfim chegamos! - falei ao entrarmos em um barzinho que fica em frente a faculdade.
Sério, preciso de no mínimo umas 3 doses de tequila para aliviar o estresse que venho tendo com a idiota da minha patroa.

-Quem são essas gatas ? - pergunta Bruno que também estuda com a gente.

Sai do bar exatamente no mesmo horário que sai da faculdade, pois teria que chegar na mansão no mesmo horário. Cheguei em casa e fui na cozinha preparar alguma coisa para comer, tomei um puta susto quando notei uma sombra vindo em minha direção.

-Puta que pariu! - gritei com a mão no peito.

-Mais respeito com a minha casa, senhorita Pereira.

Uau? Sério queria se lembra meu nome ? Minha nossa senhora das calcinhas molhadas!

-Me desculpe senhora, apenas me assustei. - falei tentando parecer sóbria.


Ela não me respondeu, bebeu água e foi embora, simples assim.



Dia seguinte...

Acordei com uma ressaca leve que foi embora bem rápido. Soube que a senhora Mendonça não estar tão insuportável hoje, quem me contou foi o jardineiro que inclusive foi cumprimentado com um "bom dia" da patroa.

Pela manhã limpei a parte externa da casa. A senhora Mendonça não vira almoçar, ficará o dia inteiro na empresa. Graças a Deus, só assim  eu poderei fazer as coisas mais rápido e ir para o meu quarto estudar alguns conteúdos.

Dona Graça a cozinheira, comentou comigo que o avô da Marília virá jantar aqui, sendo assim, haverá um jantar especial.

As 20:00 estamos na mesma posição de costume. A diferença que era que minha patroa estava irreconhecível, ela conversava e até chegou dar um sorriso, fiquei surpresa ao ver ela falar.

-Vovô foi um prazer receber você, espero que não me abandone por tanto tempo novamente.


-Marília você está solitária por que quer, você tem que começar a confiar nas pessoas, ou você nunca será feliz. - o avô da Marília falou de forma séria.


-Não quero falar sobre isso. - respondeu ríspida

O restante do jantar ocorreu bem, mas fiquei me perguntando sobre isso.

O que aconteceu com minha patroa ? O que será de tão grave que a fez mudar por completa ?

Todos dormiam mas não conseguir para de pensar em tudo que ocorreu, fui então a cozinha mas antes de entrar fui surpreendida com a visão da minha chefe apenas de shorts e sutiã.

Eu não estava preparada para essa visão, minha nossa senhora das mulheres quentes, por que eu estou quase queimada. Claro que eu não ia perder a oportunidade de vê-la mais de perto, me aproximei devagar até que ela virou e me viu babando com a imagem daquele corpo.

-Eu vou ter que restringir o horário de visitar a cozinha senhorita ? Por que não basta te encontrar todos os dias, ainda terei que suportar a noite ? - falou com raiva nos olhos enquanto me fuzilava.

Eu estava com a cara no chão, essa idiota acha que eu vim até aqui pra ver ela ?


-Eu não vim visitar a cozinha ou muito menos ter que e ver, senhora Mendonça, eu apenas vim tomar um comprimido - levantei a mão exibindo o remédio - não pense que eu sinta prazer em ter que ser suportada. Com licença. Falei de forma irônica.

-Como ousa falar desse jeito comigo ?! - respondeu surpreso.

Nesse momento ela se aproxima de mim, e eu achei que ia morrer de tanto tesão e medo ao mesmo tempo.

-Cuidado com a boca, nem sempre sou paciente.- sussurrou próximo ao meu rosto e eu quase morri infartada. Enquanto ela ia embora.

3 dias depois ...

Amanheci com uma puta dor de cabeça, acho que e culpa do cansaço físico e mental, garças a Deus que esse final de semana irei pra casa da minha tia, assim poderei descansar.

Bati na porta pela quinta vez e não tive resposta, então abri. Caminhei alguns passos e a porta do banheiro foi aberta revelando uma Marília Mendonça com uma toalha branca enrolada ao corpo.

-Se..nhora eu,eu,eu me... me desculpe - eu juro que tentei não gaguejar, eu juro.

-Feche a boca senhorita, onde estar sua educação? Aprenda a bater na porta, eu já tenho problemas demais pra ter que lidar com uma empregada tarada.

-Senhora eu bat...- não pude terminar, fui interrompida


-Chega! - gritou minha chefe


-Eu não aguento mais essa sua mania de tentar encontrar desculpas. O que você quer ? Você acha que eu iria pra cama com você ?


-Eu não...- fui cortada novamente.


-Saiba que só ocupam minha cama mulheres de  alta classe e não uma empregadinha como você. A única coisa que você conseguirá é tentar, mas não irá conseguir.


Eu sentia as lágrimas prestes a serem derramadas, eu sentia tanta humilhação que mal pude me mexer. Era como se eu estivesse em um transe.

-Você não ouviu ? Sai agora! -gritou com os olhos em chama.


Foi como soco, simplesmente sai e somente quando eu cheguei no meu quarto me permiti chorar.

Marília Mendonça, essa era a mulher mais fria e arrogante que eu pude conhecer.


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