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O DIA PASSAVA LENTAMENTE para Sophia, a ressaca batia forte deixando dores a cada ponto nervoso de sua cabeça. Abby apareceu ao lado da morena, que estava sentada na calçada de sua casa, trazendo um chá em sua mão.
— O que é isso? — Questiona a mais nova, curiosa, olhando para sua irmã que estava com os olhos vidrados na rua.
— Eu costumo fazer esse chá para ressaca, Max que me ensinou. — Abby explica, estendendo a xícara nas mãos de Sophia.
— Max? É capaz de maconha ser o ingrediente principal. — A ruiva sorri com a fala de sua irmã, negando com a cabeça e explicando que tem apenas gengibre e algumas folhas saudáveis.
Um breve silêncio, de conforto, inicia no local. Abby e Sophia nunca tiveram tão juntas e em uma ótima e clara parceria. Ambas costumavam se ver apenas, por dia, nas refeições rotinas, porque são obrigadas a sentar em família...
O sol sumiu, abrindo espaço para as estrelas e a bela lua. Sophia continuava na calçada de sua casa, só que agora com uma preocupação que tem nome e sobrenome; Ighor Soverall. Ele não dava notícia de vida desde a noite passada, e o casal tinha combinado de se encontrarem na manhã.
Mas, logo ela sente uma presença sentando ao seu lado. Esperando que fosse Abby, ela se vira rapidamente com um sorrisinho. Mas era uma figura masculina ao seu lado, seu namorado, Ighor.
— Desculpa a demora, Babe, tive que ajudar minha mãe nessa tarde e só fui liberado agora. — Se explica o loiro, aparentemente nervoso, pronunciando cada palavra com um certo receio em sua voz.
Sophia não pode deixar de visualizar o cabelo levemente bagunçado, seus lábios com restos de gloss rosados e o perfume masculino misturado com o aroma feminino. A garota já sabia o que tinha acontecido, e com um sorriso simples ela mostra para seu namorado a descoberta.
— Ao menos não passou em casa para arrumar sua aparência? — Questiona a morena, incrédula, levantando da calçada. Ighor faz o mesmo e segura nos braços de Sophia, tentando impedi-la de ir, mas ela é mais rápida puxando seu braço novamente em um movimento abrupto.
Talvez ali está indo embora vários anos de amizade, e dois anos de namoro. Ighor soverall sempre se demonstrou um garoto bom, por isso que Sophia quer uma explicação para algo totalmente inesperado.
— Não aconteceu nada de mais, Babe, ela apenas me beijou. — O maior diz, tentando se justificar, mas só recebe risadas irônicas da namorada.
— Ainda chama isso de "nada de mais"? Quem é ela, Ighor? — Questiona a morena, já esperando a resposta.
Margot é a maior causadora de encrenca, e sempre foi apaixonada por Ighor. Odiando Sophia até aos nervos, e visse versa. Não foi a primeira vez que o garoto trai a Littman, mas ele foi perdoado porque Sophia o amava e estava esperando a redenção dele.
— Margot. — Responde o loiro, cabisbaixo, desviando o olhar.
— Que surpresa! — A morena exclama, debochada. Lágrimas já implorava para descer de seu delicado rosto.
— E não foi a segunda vez. — Explica ele, sendo sincero. — Eu não queria te magoar, Babe. Eu te amo, Soph.
— Você chama isso de amor, Ighor? Isso está me dando nojo, você está me dando nojo! Apenas me deixa em paz. Eu perdoei na primeira vez porque você me convenceu que nunca mais aconteceria isso de baixo do meu nariz, mas agora acabou! Estamos acabados, Ighor! — Sophia engole o nó que havia em sua garganta, cuspindo as palavras como se precisasse dizer isso a séculos.
A garota já esperava que um dia isso ainda voltaria para assombrar sua vida. E esse é o verdadeiro casal por baixo da máscara, todos viam como dois apaixonados um pelo outro mas as coisas não são tão perfeitas assim. Eles não são perfeitos.
Deixando-o ali, Sophia se afastou indo para o outro lado da calçada, enquanto se permitia a chorar, mas as lágrimas saiam de raiva, ela não estava só triste, estava com raiva.
Ighor Soverall não é perfeito, longe disso. Ele é um traidor!
(...)
Desnorteada, Sophia tropeçou logo por um pé que estava na calçada, ela abaixou seus olhos vendo Marcus Baker sentado na calçada de sua casa. Ela nem percebeu que estava indo em direção à casa dos Baker.
O moreno se levantou rapidamente, percebendo o nervosismo da garota. Ele não se importa com ela, mas como não está mercê à substância ilícita, ele tem um pingo de consciência da vida.
— Está tudo bem? — Questiona ele, segurando no pulso da Littman, sem fazer força.
— Estou ótima, não está vendo? — A garota diz com o tom alto, tentando esconder o choro com um pequeno sorriso.
— Está bêbada? Ou drogada? — Questiona ele, com um sorriso cínico revelando seus lábios. Sophia o olha com desprezo, suspirando fundo e trazendo seu pulso de volta. — Aí merda, desculpa.
— Marcus, a mãe está te chamando!
A voz que exclama é de Max, que acabou de abrir a porta da casa deparando com o irmão e a sua frente Sophia.
— Sophia, você está bem? — Max questiona, com a feição preocupada.
— Sim, eu estou bem. Sério.
Nessas horas o choro já havia sumido, deixando apenas os olhos inchado e sua pele branca avermelhada.
— Vem, vamos entrar. — A Baker diz, quase que puxando a amiga para dentro de sua casa. Max ficou realmente preocupada, assim como Marcus.
E nesse momento, Sophia percebeu que apesar de tudo não está sozinha nesse mundo tão cruel. Forças, Soph, a sua hora ainda vai chegar!
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No próximo capítulo:
— Aquele loirinho feioso que trouxe ontem? Por Deus, Soph, você é uma deusa perto dele. — Max diz, com um sorriso maroto. — Torce para aquele cara passar distâncias de mim, porque se não eu vou mata-lo!
|Oficialmente o capítulo que se encaixa na minha nova Fanfic, sobre o acordo que mencionei no capítulo anterior.
