25. ADULTA

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Eu nunca desejei a vida adulta desta forma.
Eu sempre quis escapar, escapar, escapar.
Tentei ao máximo me esquivar daqui,
Justamente aqui onde me encontro agora.
Ocultei, ocultei, ocultei.
Mas eu sinto
Tantas, tantas, tantas saudades
Dos tempos em que tinha tempo para desenhar, me expressar e ter a liberdade de errar.
O tempo que possuía, hoje não tenho mais e estou
Esgotada, esgotada, esgotada
Dessa vida adulta e de tudo que ela me tirou.
Meu corpo não
Descansa, descansa, descansa
como antes e não é cuidado como deveria. E a mente, seria melhor se a deixássemos em paz agora, agora, agora
Porque um momento atrás ela estava
gritando, gritando, gritando
E quando começa, não para por um bom tempo.
Percebi que a verdadeira arte não flui de mim há um
tempo, tempo, tempo
E eu, que estudo para poder respirá-la a todo momento, momento, momento
Estou cansada disso aqui, onde assino para poder
retornar, retornar, retornar
tudo novamente, ou
correr, correr, correr
Para onde já ultrapassei a fase de não ter nada e fazer tudo?

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