Capítulo 23

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Ponto de vista da Maya.

Os professores decidiram que as turmas iriam jogar contra as outras, nosso rival foi o outro nono ano.

Estou completamente pronta porque se você ainda não percebeu, eu sou competitiva.

A primeira brincadeira foi guerra de tinta e ela funcionava da seguinte maneira: se você fosse acertado por um balão cheio de tinta, você era imediatamente eliminado.

Começou a partida e não consegui segurar a risada quando vi que alguns colegas meus estavam se escondendo atrás um do outro.

Logo que a graça passou deu lugar a minha raiva competitiva, não perdi tempo ao gritar ordens porque se continuássemos assim, iríamos perder e eu definitivamente odeio essa possibilidade.

- Parem de ser covardes, deem tudo de si, não aceito uma derrota! - gritei e para a minha felicidade, todos se assustaram o suficiente para obedecer.

Eu estava conseguindo um bom desempenho, era óbvio que eu e o Cris éramos os mais destacados naquele jogo.

Eu já tinha acertado cerca de 12 pessoas, até que fui pega de surpresa com um rival atrás de mim.

Congelei já me sentindo péssima por ser desclassificada por falta de atenção, até que a pessoa atrás de mim começa a falar.

- Você é muito gata para ficar suja de tinta, princesa.

Isso me irritou. Muito.
Me virei para a pessoa, um menino, óbvio.
Mas antes que eu pudesse falar, ele me cala com outra frase.

- Espero que não leve para o lado pessoa, linda.

Dou uma risada de desgosto, sério isso?

Quer saber? Não vale a pena me estressar com isso, ele não merece que meus níveis de cortisol aumentem drasticamente.

- Não vou, agora será que dá para fazer isso logo?

- Ixi, não precisa se estressar não, gata. Eu estou com dó de sujar essa sua roupa linda que está no seu corpo lindo. - ele respondeu me fazendo bufar de ódio.

Revirei os olhos mas logo me apressei em pegar o meu balão de tinta que estava escondido no meu bolso e o acertei.

Isso me fez sorrir, adorei a sensação de "o jogo virou".

- Além de linda, é inteligente e ágil, gostei. - ele disse me dando uma piscadela como se não estivesse nem um pouco abalado com a desclassificação.

- Pois é, meu namorado também gosta. - eu disse mostrando o anel e logo saindo de perto daquele idiota.

Assim que me virei consegui ter a honra de assistir a vitória do meu time, Cris acabara de acertar um balão de tinta no último adversário ainda em jogo.

Com um sorriso estampado no rosto, corri para os braços do meu namorado, que me recebeu rodeando a minha cintura em um abraço apertado e feliz.

- Você arrasou, amor - falei.

- Só não mais que você. - ele disse logo antes de depositar um selinho em meus lábios.

Sorrindo que nem uma boba, a nossa turma se amontoou em volta de nós e começamos a pular e comemorar.

- Vitória do 9°A - uma voz falou ao microfone, nos fazendo ficar ainda mais felizes.

- Agora se dirijam até o campinho de futebol, a próxima competição será de bater pênaltis. - outra voz autoritária falou.

Amor antes da famaOnde histórias criam vida. Descubra agora