Alfonso
Ai, droga. A combinação das palavras que Anahí tinha acabado de dizer e o fogo ardente em seus olhos fizeram muitos pensamentos safados tomarem minha mente.
Depois da rapidez com que ela tinha fugido naquela noite, no meio dos nossos amassos, eu imaginei que a porta estivesse fechada para qualquer coisa física entre nós. Eu tinha adorado tê-la aqui, adorei vê-la cozinhar, e passei a noite dizendo a mim mesmo que não haveria problema se as coisas fossem estritamente platônicas.
Mas depois de ela me dizer claramente que queria começar a fazer sexo casual, claramente eu estava errado. E também claramente, eu estava total e completamente dentro da ideia de fazer sexo de qualquer tipo com aquela mulher. Casual, comprometido, tântrico, eu não me importava. A ereção que se mantinha praticamente o tempo todo perto dela estava pronta para mergulhar, literalmente.
Eu gemo e passo as mãos pelos cabelos.
— Você está me matando aqui. Sabe disso, certo?
— Você vai me contar o que está pensando? — Anahí apoia os cotovelos no balcão à minha frente, inclinando-se para a frente o suficiente para me dar a visão perfeita de seu decote, causando uma agitação dentro da minha calça.
— Eu estou pensando que a última coisa que gostaria de fazer agora seria dar uma de pai e levar minha filha para a cama dela — respondo, com a voz baixa e grave.
— Que bom que você está a fim também — ela murmura, com seu olhar percorrendo meu corpo lentamente.
— Você pode vir depois das nove da noite? — Eu a convido. Se eu pudesse, teria pressionado ela contra a parede ali mesmo, mas a última coisa de que eu precisava era que Claire nos pegasse uma segunda vez.
— Por que você não vai à minha casa, onde sabemos que não teremos nenhum... visitante inesperado? — ela responde, aproximando-se de mim no balcão, para que eu pudesse sentir o calor da sua pele perto da minha.
Gemo novamente e esfrego a nuca.
— Eu gosto de estar em casa quando Claire está dormindo. Mas a porta do meu quarto tem tranca, então não seremos interrompidos novamente. Eu prometo. — adiciono, virando-me e olhando profundamente em seus olhos.
Anahí suspira e muda de posição. Eu praticamente conseguia ver as engrenagens em funcionamento em sua mente. Por favor, não deixe minha filha ser a única coisa que te impeça.
— Tudo bem — ela diz, sorrindo suavemente. — Vejo você às nove.
Logo depois que Anahí saiu, chamei Claire para começar sua rotina noturna. Felizmente, o fato de Anahí ter feito o jantar e mais meia hora extra de brincadeira no quintal tinham sido o suficiente para cansar Claire, então ela ficou boazinha e obediente enquanto tomava banho e escovava os dentes.
Colocando ela na cama, afasto seus cabelos ainda úmidos para longe da testa e lhe dou um beijo.
— Boa noite, Claire Bear. Tenha lindos sonhos.
— Obrigada, papai. — Ela responde bocejando e rolando para o lado. — Boa noite.
Lentamente saio do seu quarto, deixando a porta entreaberta. Ela gostava de dormir com a porta entreaberta e a luz do corredor acesa.
Andando rapidamente até o banheiro para me refrescar, verifico o relógio. Oito e cinquenta. Eu ainda tinha algum tempo para limpar a cozinha... e talvez escovar os dentes.
Depois de colocar os pratos na lava-louças, limpei o balcão o mais rápido que consegui antes de voltar ao banheiro. Também escovei os dentes e verifiquei meu reflexo mais uma vez. Na minha opinião, parecia o mesmo de sempre, mas passei os dedos pelos cabelos várias vezes para garantir.
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Meu Eu em Você - AyA Adapt [Finalizada]
RomanceAnahí está completando 30 anos, e decide que, naquela noite, merece comemorar a chegada da sua nova primavera da única maneira que ela sabe lidar com os homens com quem sai: com um sexo casual gostoso. Seguindo sua convicção, ela encontra o cara pe...