VIII CAPÍTULO: - O FEITIÇO VOLTA COMTRA O SEU PRÓPRIO FEITICEIRO

5 2 0
                                    

O FEITIÇO VOLTA COMTRA O SEU PRÓPRIO FEITICEIRO

Eu não sabia o que fazer, eu tive medo do que podia acontecer se caso o deixasse entrar.

Eu não sei se sou fraca ou forte o suficiente para achar que ele não conseguia ficar longe de mim por muito tempo.

Eu queria por um lado ter lhe esquecido, mas por outro estar bem juntinho dele. Eu não sabia se queria ou não ter lhe conhecido ou o ter sido a sua namorada. Apenas presenciava momentos em que eu mesma me encontrava arrempedida de tudo, mas mesmo assim o querendo de volta.

Por vezes achamos que ficar separado de alguém por muito tempo nos ajuda a superar, mas caso nos deparamos com a mesma tudo volta como se nunca tivesse ido.

As saudades, as memórias e até aos mínimos detalhes ignorados na altura tomam conta do nosso psicológico, gerando desse modo a sede e o querer de volta, mostrando para nós mesmos que estávamos totalmente enganados quando achamos que o superamos.

É doloroso achar que finalmente encontrara-se o fim, mas do nada perceber que aquela era apenas a parte inicial de um livro cujo nem o primeiro capítulo tivesse sido cruzado.

É doloroso achar que tivera interado, enquanto que na verdade só abriu uma cova para tampar a outra.

E comigo foi assim, eu acabava de abrir uma cova, só não contava que a cova tampada anteriormente se demoliria.

Delma: - Eu não posso lhe deixar você entrar...

Amirson: - E porquê não?

Delma: - Porque você entra e quando sai não avisa, faz e desfaz como se fosse o prioritário, mas isso não é o pior, o pior é que eu como uma tola acredito em suas mentiras e me deuxo levar, mesmo sabendo que no final de tudo você irá me abandonar como da primeira vez...

Amirson: - E eu minto para você?

Delma: - Por favor sai Amirson...

Amirson: - Essa conversa não tem nada haver com entrar em sua casa né?

Delma: - Eu não posso mais!

Com uma voz triste e um semblante dolorido fechei a porta, mas por alguns segundos eu fiquei por detrás dela.

Foi como se eu pudesse sentir as suas mãos me tocar atrás da porta e o pudesse ver de resto encurvado e olhos arrependidos clamando por uma chance.

A mente acusara, o coração desejara.

A vontade se disfarça em bonança e sem pensar mais de duas vezes, me virei contra a porta e a abri.

O coração bateu muito mais forte ainda, por um lado o queria ver parado em minha porta, implorando feito louco, se humilhando e me desejando.

Mas ao abrir a porta o tal ditado se voltou contra mim, "O feitiço volta contra o próprio feiticeiro" eu me vi implorando que ele entrasse, me humilhei mais uma vez.

Não porque assim o quisera, mas porque achara que tudo fosse maior que mim. Um ex que ainda dava conta de mim.

E a pergunta surgia, de quem era a culpa? - De mim que não conseguira dar um basta em um relacionamento que já havia acabado ou dele por saber que tinha a capacidade de me dominar feito uma máquina que só funcionasse cuja houvesse a sua intervenção.

O feitiço voltou, o abracei e as lágrimas caíam, eu sabia que me condenava mais a ele com as minhas atitudes, mas mesmo assim não soubera como me livrar desta drástica condenação.

"Eu corria para os seus braços, queria os seus abraços, quebrava todos os laços e como não sabia dançar, eu seguia os seus passos."

ENTRE IDAS E VOLTASOnde histórias criam vida. Descubra agora