Um amor de vizinho

Conversa de homem para homem

🌙Avisos🌙

•Elliot e Sirius é uma relação entre ódio e amor. Eles se adoram, mas não vão admitir tão cedo. As provações vão ajudar eles a criarem uma boa relação, e entenderam o comportamento um do outro.
• Eric Smith é um personagem perturbador e difícil.
• Esse capítulo é importante para que vocês possam entender o que vai acontecer nos próximos capítulos, principalmente em relação o relacionamento entre o Remus e o Sirius.

 Casa Lupin

– Papai, você ofereceu café para o Sirius. Mas você nem gosta de café – resmungou o garoto enquanto sentava ao lado do pai – E ele já havia tomado o chá que você ofereceu quando ele veio comigo até a porta.

– Hum. Tinha me esquecido do chá. Eu pensei que talvez ele gostasse mais de um café. Ele parece ser um homem que prefere coisas fortes.

– Você sabe que eu já sou um adolescente e que já consigo ter uma mente um tanto maliciosa, certo? E você não deveria reparar tanto assim no vizinho. Ele pode ser um traficante.

– Oh, ciúmes? Não se preocupe, tenho certeza que Sirius não é um traficante. 

– Ele é padeiro! – riu Elliot – Dá para acreditar? Aquele cara com pinta de playboy é um padeiro. Aposto que ele coleciona bonequinhos de ação.

– Você não tem direito de falar. Você coleciona Barbies.

– Não são Barbies, são Monsters Highs. Você sabe! Tem uma grande diferença. Eu gosto de cuidar das roupas e penteados.

– Eu sei. Estava te enchendo. Vem aqui, deixa eu aproveitar um pouco você, logo vai crescer e se tornar mais chato ainda.

– Papai, eu amo você. Amo mesmo. Eu sei que sou um saco, quase sempre, mas fico feliz de ter você comigo.

– O que deu em você? Bateu a cabeça muito forte? Estou brincando, não precisa me olhar assim. Também amo você. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

– Eu sei! – riu o pequeno Lupin abraçando o pai, os dois compartilhavam um cobertor na grande cama do mais velho – Você pensa em ter mais filhos? Ou eu sou perfeito demais para nem ter entrado em questão? Ou pretende, sei lá, ter um namorado em um futuro próximo?

– Sim, você é perfeito. Não sei. Eu queria muito um bebê, sabe, eu sempre quis ser pai. Um bom pai. Você sabe como seu avô é. Eu agradeço pelos esforços dele, mas não havia carinho. Então, quando eu me casei com seu pai, eu tinha esse sonho de ser o pai mais incrível do mundo. E namorados não estão em questão.

– Você é. O melhor pai do universo. Sério, sem dúvidas.

– Eu fico muito feliz em ouvir isso. E respondendo sua pergunta, eu não sei se quero mais filhos. É muita responsabilidade para se ter sozinho. Fico me perguntando como as mães solos conseguem. Elas são incríveis, guerreiras e merecem nosso reconhecimento e apoio e não o julgamento da sociedade.

– Sociedade é uma merda – suspirou cansado – Fico feliz que você não tenha planos com outras crianças. Gosto de ter você só para mim.

– Eu sei que gosta. Agora vamos dormir. Amanhã será um dia cansativo. Vamos procurar uma outra escola para você.  Boa noite, querido!

– Boa noite, papai!

Remus demorou a dormir. Sua mente não deixa de funcionar, olhando para o pequeno corpo deitado ao seu lado, Lupin pensava como muitas vezes havia sido um péssimo pai. Não houve um minuto de sua vida que não tenha sido dedicado a seu filho desde do momento que a criança nasceu. Tinha amado aquela bolinha de sentimentalismo assim que viu seus olhos, tão pequeno e adorável, uma criança maravilhosa. Remus Lupin naquele momento finalmente havia entendido o que era o amor incondicional. Ali parado ao lado do berço, prometeu jamais ser o que Lyall tinha sido. Mas havia quebrado a promessa.