Princesses Don't Cry (ABO)

#4 Loser

"— Não! você não pode me obrigar a fazer isso!"

"— Eu posso e devo, A-Su. Não adianta mais negar, não adianta mais fingir. Apartir de amanhã eu serei o rei. Se você não fizer, vai ser pior!"

"— Você está ficando louco! pra que me fazer pedir perdão pra uma pessoa que está morta!? você é louco, está o mantendo aqui pensando que ele está dormindo, mas na verdade está morto! todos os médicos disseram pra mim. Enterre esse ômega de uma vez e continue o decreto de seu pai e se case comigo."

"— Cala a boca! você não sabe de nada! ele não está morto!"

Jongho balançou a cabeça de olhos bem fechados ouvindo eco de vozes bem ao longe. Era como se estivesse aumentando o volume a cada vez que sua respiração ficava mais ofegante. Apertou com força o lençol da cama, e abriu os olhos.

Um choro de bebê chegou ao seus ouvidos e logo depois um zumbido muito forte. O que fez ele fechar os olhos e colocar as mãos nos ouvidos.

Tudo ficou silencioso a não ser uma voz baixa e desesperada o chamando. Ele não queria abrir os olhos, não queria ouvir, não queria estar ali. Sentiu uma pontada forte próximo ao seu ombro esquerdo, e isso o fez sentir o quanto aquele alfa que o chamava desesperadamente, estava preocupado consigo. Ao abrir os olhos, tudo estava embaçado, piscou algumas vezes até ver Yeosang ao seu lado.

— Jongho... Gho.. você acordou. – Ouviu o príncipe dizer enquanto lágrimas desciam por suas bochechas. O ômega olhou para suas próprias mãos, depois olhou para os lados e viu seu irmão com a bebê nos braços tentando a fazer dormir. Ele olhava pra Jongho emocionado também. A única pessoa que não estava feliz com isso, era a outra alfa presente no quarto. — consegue me ouvir? me reconhece?..

— eu..acordei?.. – perguntou baixo, sua respiração foi ficando cada vez mais ofegante e ruidosa. Yeosang se preocupou ainda mais ao sentir o desespero que o ômega estava se encontrando. Segurou nas mãos do ruivo, estavam geladas, estavam suadas. Um raio atingiu uma árvore próxima do palácio, dando início a uma tempestade. Isso assustou ainda mais a bebê, Wooyoung e Yeosang. — eu não... eu não devia...

— Jongho, olha pra mim.. por favor respire fundo! – Yeosang disse começando a ficar aflito. Se sentiu ameaçado, então se virou para a alfa que ria da situação. A pegou forte pelo braço e foi a arrastando até a porta, ignorando totalmente o respeito que ainda tentava manter com a alfa.

— Yeosang você não pode! – Tentou protestar reclamando de dor quando seu braço foi apertado ainda mais forte pelo outro. Sentia raiva e preocupação em seu cheiro, Yeosang estava furioso, estava com medo de perder a única razão pela qual ele aguentou tudo até agora. — Ele vai morrer. E você não vai poder fazer nada a respeito.

— Fique longe dele, eu não quero ver você nem perto desse quarto, está me ouvindo? – Ameaçou soltando a garota alfa com violência pra fora do quarto. Essa que o olhou com raiva e sorriu maliciosamente quando o médico real passou correndo pela porta, após Yeosang ter mandado o chamar.

— Você está sentindo não está? ele está marcado, você sente que ele está indo. Ele não vai ficar com você Yeosang. Ele vai pra onde merece, pro inferno. – A-Su disse antes de seu rosto virar para o lado depois de receber um tapa forte em sua bochecha esquerda. Colocou a mão no local atingido que agora ardia como nunca, e seus olhos se encontraram com os olhos vermelhos do lobo alfa de Yeosang. Pela primeira vez, A-Su se sentiu indefesa, seu lobo se encolheu entendendo seu lugar, entendendo que era inferior ao Lúpus. — você...

— Se algo acontecer com o meu ômega, você será decapitada publicamente para todo reino de Aurora ver o que acontece com quem se atreve a matar ou ferir o príncipe desse reino. – A voz grossa e pesada de Yeosang se fez presente, fazendo a alfa dar um passo pra trás. Não estava acreditando no que o príncipe estava fazendo, a ficha não caía que ela nunca seria rainha daquele reino. Fora treinada pra isso desde que nasceu, mas seu lugar foi tomado por um ômega simples.