Taste / HYUNLIX [sendo reescrita]

É tão delicioso ouvir seu coração acelerado, Felix...

* capítulo reciclado.

Quando a noite foi chegando, infelizmente Jisung precisou ir embora. O garoto não queria ter que sair do lado do melhor amigo, mas seus pais o aguardavam preocupados em casa. Changbin havia decidido retornar para o céu e relatar que estava tudo bem por ali, só que retornaria quando Hyunjin acordasse.

O velho Kim cozinhava o jantar para Seungmin, Chan e Felix. O último citado se recusava a sair do lado do corpo de Hwang. Sem hesitar em dar seu sangue para o garoto há cada meia hora.

O Kim mais novo terminava seus deveres de casa e continuava estudando magia com os livros velhos do avô. Enquanto Christopher se comunicava com Lúcifer sobre o ocorrido naquele dia. Todos pareciam ocupados com alguma coisa e o jovem Lee preferia assim.

Não se importava mais com sua aparência pálida ou como se sentia zonzo há cada corte que fazia em si mesmo para alimentar o maior. Seus pensamentos estavam tão distantes quanto seu olhar vazio. Tentando ao máximo processar as coisas que o médium havia dito.

A ideia de achar o amor e se apaixonar era algo distante da realidade do incubus, sabia que era loucura pensar assim. Principalmente levando em conta como seu pai poderia se prontificar em fazer da sua vida um inferno.

Mas por que estava tão transtornado com o estado atual do humano? Era culpa, certo? Nada além disso, com certeza. As mãos suando frio ou o coração apertado com a possibilidade de aquilo dar certo, claramente era só culpa.

Não existiam vidas no multiverso que pudessem tornar aquilo real e muito menos fazer algum sentido. Estaria ficando louco com tamanha mentira.

Felix estava ali sentado há horas observando o corpo do Hwang na esperança de que ele fosse se levantar. A noite já havia chegado e com ela a madrugada fria tomava conta daquele porão velho e insalubre.

— Olhar o corpo dele com intensidade não o fará voltar a vida. — deu um pulo ao ouvir uma voz bem ao lado de seu ouvido, despertando de seus devaneios e olhando ao redor em busca de quem falava. — Eu estou aqui, bobinho! — Olhou para os lados até que conseguiu ver da onde a voz vinha, tendo dificuldade de identificar quem era. — Qual é, Felix. Não consegue reconhecer a própria voz?

O médium andou até sua frente para observá-lo melhor com um sorriso no rosto. Parecendo animado ao falar com o incubus, estando translúcido diante aos olhos do demônio, porém dava pra notar que usava um pijama qualquer.

— Como está aqui?! Eu não o invoquei.

— Ser um médium tem suas vantagens. Assim como os demônios e anjos, nós conseguimos viajar pelo plano astral. — explicou com um sorriso no rosto, rindo ao ver a careta confusa do menor. — Basicamente minha alma consegue deixar meu corpo e viajar pelo multiverso como todos os outros espíritos.