CAPÍTULO 3

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Camila Cabello Point Of View

Depois do grupo de estudos, entro na sala de estar e encontro minhas colegas de república caindo de bêbadas. A mesinha de centro está lotada de latas de cerveja, além de uma garrafa de Jack Daniel's quase vazia que com certeza é da Dinah, porque ela é do tipo que acha que "cerveja é para os fracos". Palavras dela, não minhas.

Dinah e Veronica estão jogando uma partida disputada de Ice Pro, os olhos fixos na tela plana enquanto apertam furiosamente os controles. Ao notar minha presença na porta, Dinah se volta por um instante na minha direção, e essa distração por uma fração de segundo lhe cobra o preço.

"Mandou bem, garota!", comemora Vero, à medida que seu jogador de defesa acerta um passe contra o goleiro de Dinah, fazendo o placar acender.

"Ah, que merda!" Dinah pausa o jogo e me lança um olhar furioso. "Porra, C.! Acabei de levar um drible por sua causa. "

Não respondo, porque eu estou distraída — pelo amasso seminu acontecendo no canto da sala. Halsey se deu bem de novo. Descalça e sem blusa, está esparramada na poltrona com uma loura só de sutiã preto de renda e shortinho, montada em cima dela e se esfregando contra sua virilha.

Seus olhos avelã me fitam por cima do ombro da menina, e Halsey sorri em minha direção. "Cabello! Onde você estava, mana? ", pergunta, com a voz arrastada.

E, antes que eu possa responder ao seu questionamento embriagado, volta a beijar a loura.

Por alguma razão, Halsey gosta de dar amassos em todos os lugares, menos no próprio quarto. É sério. É só dar as costas, e ela está se atracando com alguém. No balcão da cozinha, no sofá da sala, na mesa de jantar — a garota já se deu bem em todos os cantos da república que nós quatro dividimos. Ela pega todas e não está nem aí.

Até aí, eu também não tenho do que reclamar. Não sou nenhuma monja; Dinah e Vero muito menos. O que posso fazer? Jogadoras de hóquei têm um apetite voraz. Quando não estamos no gelo, em geral estamos com uma gata ou duas. Ou três, se seu nome for Veronica e estiver na festa de Réveillon do ano passado.

"Faz uma hora que estou te mandando mensagem, mana", me avisa Dinah.

Ela curva os enormes ombros para a frente e pega a garrafa de uísque da mesa de centro. Dinah é uma brutamontes da linha de defesa, uma das melhores com quem já joguei, e a melhor amiga que já tive.

"Sério, onde você se meteu? ", resmunga Dinah.

"Grupo de estudos. " Pego uma Bud Light da mesa e abro a latinha. "Que história é essa de surpresa? "

Sei o quão bêbada Dinah está pela ortografia das suas mensagens. E, esta noite, ela deve estar muito louca, porque tive que dar uma de Sherlock para decodificar o que queria dizer. Suprz era "surpresa". E cdvcp eu demorei um pouco mais para entender, mas acho que era "cadê você, porra". Em se tratando de Dinah, quem pode adivinhar?

De seu canto no sofá, ela abre um sorriso tão grande que me espanto de sua mandíbula não se romper. Em seguida, aponta para o teto e diz: "Vai lá em cima dar uma olhada".

Aperto os olhos. "Por quê? Quem está lá? "

Dinah prende o riso. "Se eu contar, não vai ser surpresa. "

"Por que estou com a sensação de que você está aprontando alguma coisa? "

"Nossa", dispara Vero. "Você tem sérios problemas de confiança, C."

"Diz a idiota que colocou um guaxinim vivo no meu quarto no primeiro dia de aula. "

Vero sorri. "Ah, qual é, o Bandit era fofo pra caralho. Foi um presente de volta às aulas. "

O ACORDO - CAMREN (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora