CAPÍTULO 8

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Lauren Jauregui Point Of View


Em geral, orgulho-me de ter a cabeça no lugar e de tomar decisões sensatas, mas concordar em dar aulas para Camila? Mais idiota impossível.

Na noite seguinte, no caminho até a casa dela, ainda me crucifico por isso. Quando me encurralou na festa da Sigma, tinha total intenção de lhe dar um fora para ela parar de encher o meu saco, mas aí ela ficou exibindo Liam bem diante do meu nariz como se fosse uma cenoura, e caí feito um patinho.

Perfeito. Agora estou misturando as metáforas.

Acho que está na hora de admitir a triste verdade: meu bom senso é zero quando se trata de Liam Payne. Na noite passada, saí da festa com o propósito único de esquecê-lo, e, em vez disso, deixei Camila Cabello me alimentar da emoção mais destrutiva para a humanidade — a esperança.

Esperança de que Liam possa prestar atenção em mim. Esperança de que possa me querer. Esperança de que talvez tenha finalmente encontrado alguém capaz de me fazer sentir alguma coisa.

É vergonhoso como estou caidinha pelo cara.

Paro o carro na entrada da casa, atrás do Jeep de Camila, ao lado de uma picape preta reluzente, mas deixo o motor ligado. Fico me perguntando o que minha antiga psicóloga acharia se soubesse do acordo que acabei de fechar com a capitã do time de hóquei. Acho que seria contra, mas Carole vive batendo na tecla do empoderamento. Sempre me encorajou a tomar as rédeas da minha vida e agarrar qualquer oportunidade que me permitisse deixar a agressão no passado.

E de uma coisa sei: saí com dois caras desde o estupro. Dormi com os dois. E nenhum deles me fez sentir tão excitada quanto Liam Payne conseguiu com um único olhar.

Carole me diria que vale a pena explorar a oportunidade.

Camila mora numa casa geminada de dois andares, revestimento de estuque, uma varanda na entrada e um gramado supreendentemente bem cuidado. Apesar da relutância, forço-me a sair do carro e caminhar até a porta. As paredes reverberam um rock alto. Uma parte de mim torce para que ninguém escute a campainha, mas ouço o som abafado de passos atrás da porta, ela se abre, e me vejo diante de uma garota alta, com cabelos escuros e um rosto esculpido que parece saído de uma capa da Vogue.

"Ah, oi", ela cumprimenta com a voz arrastada, me olhando de cima a baixo. "Meu aniversário é só semana que vem. Mas, se isso for um presente adiantado, quem sou eu para reclamar, gata. "

Claro. Eu deveria ter imaginado que as companheiras de república de Camila são tão detestáveis quanto ela.

Aperto os dedos ao redor do elástico da minha pasta enorme, me perguntando se sou capaz de voltar para o carro antes que Camila saiba que estou aqui, mas meu plano maligno vai por água abaixo quando ela aparece na porta. Está descalça, usando uma calça jeans desbotada e uma camiseta cinza surrada, e o cabelo está molhado como se tivesse acabado de sair do banho.

"Oi, Jergi", cumprimenta, descontraída. "Está atrasada. "

"Eu disse oito e quinze. São oito e quinze. " Encaro friamente a sra. VOGUE. "E se você estava sugerindo que pareço com uma prostituta, considere-me ofendida. "

"Você achou que ela fosse uma prostituta? " Camila arregala os olhos para a amiga. "É a minha professora, mana. Mais respeito. "

"Não achei que fosse uma prostituta... Achei que fosse uma stripper", retruca a morena, como se isso melhorasse as coisas. "Tá até fantasiada, caramba. "

Ela não deixa de estar certa. Meu uniforme de garçonete não é exatamente muito discreto.

"Aliás, quero uma stripper de presente de aniversário", anuncia a VOGUE. "Acabei de decidir. Se vira. "

O ACORDO - CAMREN (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora