Wheels on the bus - 006

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É terça-feira e as coisas estão relativamente bem. Podemos dizer que eu e Mason estamos mantendo uma amizade.

O clima com Jaden continua um pouco tenso, mas estamos conseguindo resolver na medida do possível. Voltei a conversar com ele e tudo.

 E os pensamentos sobre Mason não passaram, muito pelo contrário. Momona me ajudou a perceber que me afastar seria a pior coisa a se fazer.

Hoje seria um dos dias de excursão que temos de vez em quando. As excursões normalmente acontecem ás 15:00 da tarde, então ficamos mais da metade do dia sem aulas.

A turma se reuniu em frente aos portões da escola, onde havia o ônibus que nos levaria até o museu.

Me sentei no fundo do ônibus ao lado de Momona. Jaden foi com um garoto aleatório do qual ele é amigo e Mason se sentou ao lado do Javon.

Dividi meu fone com a garota ao meu lado. "Is there someone else? - The Weeknd" era a música que tocava no momento, seguida por outras do mesmo álbum.

(...)

Chegamos ao museu, que era extremamente grande e bonito. Era um museu de ciências naturais, com diversos tipos de fósseis de animais primitivos.

O lugar era afastado da cidade, o que eu não entendi bem.

Havia esquecido de tirar os fones, então não prestei atenção em nenhuma das explicações da professora, a única coisa que escutei foi ela dizendo que não deveríamos tocar nos fósseis e em mais nada.

Todos se separaram por diferentes partes do local. Eu estava sozinha, e caminhei até um grande fóssil de dinossauro. Admito que fiquei com um leve medo dos grandes dentes presentes nele.

Encarei ele com muita atenção, analisando os detalhes mesmo com o medinho que senti.

De repente, senti duas mãos em meus ombros, e um barulho alto como um grito atrás de mim. Era Mason, que vinha com o propósito de me assustar.

—Porra, Mason! —Tentava me recuperar do grande susto enquanto o cacheado ria desesperadamente de mim.

—Devia ter visto sua cara. —Ele disse enquanto ainda ria.

O garoto também encarou o grande fóssil de dinossauro com uma cara estranha.

—Que negócio esquisito. Nunca vi um dinossauro tão horripilante. —Mason comentou com seus braços cruzados.

—Parece você. —Respondi o zoando, mas recebi apenas uma cara de desgosto em troca.

—Como assim parece comigo? Eu sou lindo, majestoso e gracioso, diferente dessa coisa aí. —Ele rebateu em um tom indignado.

—Claro que é. 

Continuamos andando por esse andar durante uma hora, vendo todas as exposições de fósseis que haviam lá. Mason parecia entediado, mas para mim aquilo era bem interessante.

—Eu senti sua falta como minha dupla lá na escola antiga. Sabe por que? Por que eu tive que ficar do lado de uma garota maluca que achava que pinguins eram peixes. —O garoto comentou enquanto caminhávamos.

—O que?? E ela passou de ano? —Questionei.

—Graças a deus não. —Ele disse em um tom de alivio. 

—Mason! Coitada da menina. —Exclamei com pena da garota que ele mencionou.

—Tanto faz, não é mais problema meu. E sabe a Layla?

—A amiga da Charyl? Sei.

—Depois que a Charyl foi pro reformatório, ela simplesmente surtou. Começou a ser pior do que já era e xingar todo mundo, incluindo os professores.

—Caramba, parece que muita coisa aconteceu nesse tempo. —Respondi surpresa.

Mason ficou um tempão contando sobre fofocas que aconteceram na escola enquanto eu estive longe, e foram muitas.

—Sabia que esse museu tem cinco andares? —Comentei enquanto nos afastávamos do último fóssil que vimos no segundo andar.

—Caramba, o que tem no último? 

—Tem um terraço, vi pelo lado de fora quando chegamos. —Respondi enquanto olhava a grande escadaria para os andares de cima.

—Vamos lá, fiquei curioso. —O garoto segurou minha mão sem nem esperar minha resposta. Fomos até o terraço.

Lá haviam aquelas estátuas estranhas de gárgulas e alguns bancos. A cerca que cercava a ponta do terraço era toda detalhada, assim como o resto do local, que aparentemente era antigo.

—Esse lugar é tão bonito. —Ele disse enquanto se aproximando da cerca e direcionando seu olhar para o céu.

—É muito bonito, mas também é frio. —Coloquei as mãos no bolso do casaco e me sentei em um dos bancos. Mason se sentou ao meu lado e continuou olhando para o céu sem dizer uma palavra sequer.

Continuamos por lá até umas 17:30 da tarde. O tempo passou tão rápido que nem percebemos.

—Merda! —Disse depois de olhar pela cerca do terraço e ver que o ônibus não estava mais lá, nem os carros que estavam por perto.

—O que houve?

—Esqueceram a gente, Mason! —Segurei a mão do garoto. Fomos correndo até o andar de baixo.

Por pura sorte, as portas estavam abertas e conseguimos sair.

—Que sorte... Espera, não tenho bateria. Você tem, não tem? —Perguntei preocupada.

—Eu... Eu não tenho bateria. —O garoto respondeu em tom de culpa.

Que maravilha, agora eu estava no meio do nada sem bateria, sem nenhum contato com as redes sociais e definitivamente sem paciência alguma.

Que maravilha, agora eu estava no meio do nada sem bateria, sem nenhum contato com as redes sociais e definitivamente sem paciência alguma

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(Voltei galera, vou tentar voltar a postar com frequência)

𝐖𝐇𝐎 𝐈𝐒 𝐒𝐇𝐄? 𝟐 | 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora