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Os fracos raios de sol invadiam o quarto, acordando aos poucos Craig. O moreno se remexeu na cama, olhando diretamente para a janela e automaticamente para o chão, onde o colchão com as cobertas bem dobradas estavam. Por um momento, ele achou que tinha sido um sonho a hospedagem de Kyle em sua casa, especialmente porque na sua cabeça tinha até a imagem do rapaz despindo suas roupas antes de adentrar para um banho.
Um sonho muito ruim.
No entanto, sentia seu coração acelerar aos poucos quando a cena se formou na sua cabeça novamente, o que o obrigou a levantar da cama às pressas.
Tucker arrumou sua cama bruscamente, como que ajudasse a tentar parar os pensamentos idiotas em sua cabeça e logo se dirigiu ao banheiro, aproveitando a ausência do ruivo no quarto.
Enquanto fazia suas necessidades e sua higiene matinal, o moreno pode sentir o cheiro de café no ar, fazendo sua barriga roncar com a fome. Ele tinha comido qualquer coisa com a preguiça de cozinhar — principalmente para Kyle — que aquela refeição não fora suficiente, em outros dias e dentro de outras circunstâncias, talvez tivesse sido.
Logo o rapaz desceu até o andar inferior, se deparando com o ruivo se servindo de um copo de café, enquanto lia alguma coisa em seus papéis, sentado no banco da ilha. Tucker se aproximou, indagando a si mesmo o quanto a cena era esquisita demais.
Nunca teria imaginado Broflovski na sua cozinha, tão à vontade como se fosse um bom amigo dele desde a infância.
Com passos um pouco mais duros, o mais alto se aproximou cruzando os braços, as sobrancelhas arqueadas. O sardento percebeu a chegada do outro e ergueu a cabeça, virando seu corpo em sua direção, encarando Craig com um sorriso.
— Bom dia, Craig. — Saudou o ruivo — Eu comprei algo para comermos. — Apontou para sua frente.
O moreno se aproximou e notou que sobre o balcão de quartzo havia café em copos descartáveis e pães doces. Kyle parecia estar terminando sua refeição.
— E quem disse que gosto disso? Além do mais, eu tenho comida em casa. — Tucker pegou seu copo e deu uma bebericada no café que ainda estava muito quente.
— Bem, eu não podia sair mexendo nas suas coisas, não é? E eu tinha coisas para fazer agora de manhã, então aproveitei e comprei algo. — O ruivo disse dando um último gole em seu café, jogando o copo no lixo e se dirigindo até a sala, onde já tinha uma bolsa preparada.
Tucker, que nem prestara atenção antes, percebeu que o sardento estava arrumado, com as calças jeans escura modelando suas pernas, especialmente as nádegas bem definidas, uma blusa social branca e um casaco pesado que vestia no exato momento em um ato fluído.
— Cara, estou saindo de novo. Tenho algumas coisas pra resolver. Acredita que terei que preparar um discurso sobre os benefícios da vacina? Isso para quando eu voltar pro país. — Broflovski terminou de arrumar o casaco e pegou sua bolsa, arrumando os papéis que lia instantes atrás.
— E que merda isso tem a ver comigo ou com o teu curso? — Tucker lançou um olhar questionador para o menor que o mirava com atenção e divertimento.
— Nada, mas tudo isso veio à tona quando debatemos sobre o feudalismo e o que causou mais mortes nos cidadãos na época, e claro, como isso tudo atingiu a Europa. Então, o assunto sobre a Peste Negra surgiu e que, atualmente, está surgindo casos novamente de pessoas infectadas. E bem, entramos numa polêmica que metade da sala acredita que se fossem vacinados isso não aconteceria, enquanto a outra acredita fielmente que vacinas não resolvem nada e matam pessoas e tudo mais...
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O Hóspede
Fiksi PenggemarDe férias em seu loft, localizado em Londres, Craig recebe a ligação de seu amigo Tweek, pedindo que Tucker deixasse Kyle Broflovski passar alguns dias com ele. No entanto, algumas coisas esquisitas começam a acontecer e Craig passa a desconfiar do...