Trois

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Milagra postar mais de um cap no dia, mas é que o outro já tava pronto faz um tempão mas esqueci de tirar dos rascunhos KAKKAKAKA
Enfim, este capítulo será tipo uma versão do Rimbaud do primeiro capítulo, não está tão grande ou tão poético mas eu estava com saudade de escrever sobre eles, então cá está, boa leituea💗💗

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Quando eu tinha 12 anos, eu conheci um garoto rico. Seu cabelo era loiro, muito bonito, e seus olhos, castanhos avermelhados. Éramos colegas de classe, ficamos próximos aos poucos.

Esse garoto era muito reservado, mas, assim como eu, era um dos melhores da turma. Suas notas sempre foram altas, e eu gostava de pessoas do meu patamar. Meu pensamento era meio fútil na época, mas foi como cheguei nele, então não me arrependo.

Fazíamos tarefas juntos e começamos a nos conhecer além da parte acadêmica. Ele gostava de poemas, fazer e ler eles. Fiquei contente, pois também me atraía por isso. Tinha muitos livros na sua estante, muitos sobre pedras e joias, me perguntava se ele interessado por geologia.

 Na época, eu me lembro, gostava de uma garota. Depois que descobrimos mais sobre um ao outro, viramos melhores amigos. Ele me ajudou a escrever cartas de declaração para a nossa colega, mas nesses meses de apoio emocional e colaboração eu percebi que não me atraia mais pela garota, e sim pelo meu amigo.

Passei quase um ano escondendo esse sentimento, mas finalmente consegui me confessar.

_ Paul, eu gosto de você.- Disse, encarando seu rosto surpreso.

Eu comecei a ficar vermelho, faziam semanas que pensava nesse momento e soltei assim, sem mais nem menos. Estávamos no seu quarto, eu já tinha até dormido lá naquele ponto, mas com aquelas palavras esse poderia ter sido o último momento que pisava no lugar, grande erro o meu.

Paul segurou minhas mãos e as beijou, uma ação inesperada.- Eu sinto o mesmo, Arthur.

Sorri bobo com essa atitude. Eu era jovem naquela época, ele poderia só ter encostado a ponta do mindinho no meu dedo, eu já estaria surtando.

Um dia, estávamos indo para casa quando uma chuva forte começou a cair. Tentamos correr até uma árvore, o que não adiantou muita coisa porque ficamos encharcados da mesma forma, mas foi engraçado. Eu estava morrendo de frio, tremendo para caramba até ouvir a risada de Paul. Fiz uma careta para ele.

_ Você realmente gosta de mim? Como pode rir ao me ver nesse estado?!- Questionei um tanto descontente.

Sua ação em resposta foi brega, mas eu não contestei. Ele riu mais ainda com minha pergunta e se aproximou de mim, segurando meu rosto.

_ Eu posso?- Perguntou, como se eu tivesse uma resposta além de sim para ele.

Foi o nosso primeiro beijo.

Meses depois ele finalmente me pediu em namoro oficialmente. Na minha mente eu pensava que já namoravamos desde que me declarei, mas não tivemos nenhum pedido, motivo pelo qual, em teoria, não estavamos namorando desde então.

Ter um relacionamento em segredo era cansativo, não poder segurar sua mão em público, não poder beijar ele, dizer coisas melosas e bregas as quais pessoas do mesmo gênero não dizem uma para outra. Estávamos no ensino médio, praticamente todos namoravam ou gostavam de alguém, haviam até aqueles noivos, e estávamos no meio desses apaixonados, mas era algo mantido em sigilo. Eu nunca tive ciúmes de Paul, mas toda vez que chegava a data do dia dos namorados e eu não podia botar nada no armário dele quando diversas garotas as quais às vezes nunca nem falaram direito com ele colocavam, eu me enfurecida. Entretanto, todo fim de dia eu sabia qual era a escolha dele, quem ele ficaria no final da tarde não seria nenhuma das nossas colegas de classe.

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⏰ Última atualização: Jan 19, 2023 ⏰

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