Erik Lehnsherr X-Men - Parte 2

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Estávamos em um lugar abandonado que o Warren, o anjo, nos levou.

En Sabah Nur, o homem que despertou meus poderes que nunca imaginei que tivesse, estava dando os últimos retoques na roupa do loiro, enquanto Tempestade e Psylocke observava maravilhadas.

Eu, por outro lado, estava um pouco afastada deles, de costas, pensando nos meus pais.

Como podemos perder pessoas desse jeito? Pessoas especiais que estão ao nosso lado? Eu sei que um dia todos nós vamos morrer, e esperamos por isso, temendo que esse dia chegue, mas quando ele chega, não conseguimos acreditar.

Mesmo com pouco, nós éramos felizes. Eu não tinha roupas caras que nem os outros jovens, não tinha uma casa fixa, não tinha quase nada em material para falar a verdade, mas eu tinha algo muito maior que essas coisas, eu os tinha.

Lembro de uma vez meu pai achar uma circlet rosa na rua. Ela era linda, sua base era formada por finas e pequenas folhas de tulipa. Ela pegava ao redor da minha cabeça, e na testa entre minhas sobrancelhas, era duas folhas de tulipa partidas ao meio, com suas pontas finas, formando uma seta para cima e para baixo, e no meio delas tinha duas pérolas. A circlet estava um pouco encardida e velha, mas eu tinha adorado ela, tanto que ainda criança, eu vivia com ela na cabeça.

Eles eram tão carinhosos comigo, sempre escondendo as necessidades com alguma brincadeira. Lembro também de quando faltava comida, eles tiravam do prato deles para me dar, falando que não estavam com fome. Ainda criança eu acreditava, mas depois que fui crescendo, eu fui vendo as coisas que eles passavam por mim.

Sempre que chegava em casa depois da escola, eu mentia dizendo que algum colega, tinha dividido o lanche comigo, para não precisar comer em casa e deixar comida pra eles. Às vezes eu dormia morrendo de fome, e enganava meu estômago com água, mas em nenhum momento eu deixava isso me abalar, até porque tinha pessoas em condições piores que eu.

Depois de tanto tempo a procura de um emprego, meu pai conseguiu uma vaga de motorista particular, e minha mãe virou atendente de uma farmácia. Enquanto eu estava na escola, eles estavam ralando duro para me dá uma vida melhor. Eu também ajudava em um mercado, o dinheiro não era muito, mas era o bastante.

Quando acabei o ensino médio, minha mãe falou que eu precisava de um vestido para o baile de formatura, eu tentei convencê-la que não precisava, e que uma das minhas blusas e uma calça jeans estava perfeito, mas foi em vão. Ela falou que tinha sobrado um dinheiro e que dava para comprar o vestido, então no dia de folga deles, meu pai pegou o carro da firma e disse que ia nos levar, já que não tinha nenhuma loja de roupas na cidade, e o centro onde tinha ficava um pouco longe.

Eu estava tão animada que nem tinha conseguido dormir na noite anterior. Assim que amanheceu, tomei um longo banho usando os produtos que minha mãe tinha ganhado na farmácia, ficando linda e cheirosa. Tomamos nosso café da manhã e partimos.

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