Aib - Chishiya

Episodio 1

"Arisu e seus amigos correm até um banheiro público para se esconderem da polícia, mas quando saem de lá, as ruas de Tóquio estão desertas"
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Olá, me chamo Emily, sou advogada de Tóquio, mas como da para ver pelo o meu nome, não sou japonesa, sou brasileira, tive uma infância muito difícil e meus pais vieram ao Japão para fugir das dívidas , e logo depois meu pai morreu e eu tinha apenas 5 anos, a única coisa que ele nos deixou foram muitas dívidas, minha mãe morreu pagando essas dívidas, e com apenas 6 anos eu fui para o orfanato eu tinha um tio, só que ele literalmente SUMIU de todo o país, ninguém o encontrava, então fui para o orfanato e depois de batalhar muito, eu consegui me tornar uma grande advogada, venci todos os casos que já participei, mas teve um dia que eu percebi o que nojento é o ser humano.
- boa tarde chefe! Mandou me chamar?
- boa tarde senhorita Blair, bom queria que pegasse o caso das empresas V&V- disse me entregando um documento- vai achar toda a informação do caso aí dentro
- mas senhor, essa empresa - disse enquanto lia os documentos- é impossível defendê-la, não podemos pegar o caso, ela tem que pagar a indenização, é óbvio que eles estão errados
- veja a última página- vou até a última página e vejo 1 cheque com um preço altíssimo- eles nos pagaram bastante para isso
- chefe, não devemos fazer isso, somos advogados, a lei...
- EU NÃO LIGO PARA A LEI! VOCÊ IRÁ PEGAR O CASO, E VENCERÁ! E GANHAREMOS ESSE DINHEIRO
- mas chefe...
- VÁ! E NÃO SE DISCUTE MAIS ISSO!
E foi esse nosso diálogo, eu tive que fazer isso, e advinha? Eu ganhei o caso, eu sabia que isso era errado, mas não podia perder o emprego... entende?
Bom... depois disso minha vida virou um inferno, perdi amigos, ameaças de morte, todo mundo me queria morta, me queriam morta mais do que queriam que a empresa fechasse, e por um tempo eu quis estar morta
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- Aí, eu estou ficando maluca, 20 anos na cara, formada em direito, e escrevendo em um diário, vamos largar isso e ir dormir- solto uma risada baixa.
Eu tinha um bom apartamento, com uma grande sala, principalmente para quem morava sozinha.
22:06 - sexta feira
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10:44 - sábado
Despertador toca, e começa mais um dia.
Agora você se pergunta, por que eu acordo "cedo" em um fim-de-semana, bom, eu faço ginástica rítmica, sim não me julgue, sempre foi meu sonho, mas depois de um tempo eu achava que eu nao era " boa nisso " e tinha medo de me afundar em dívidas, então entrei para uma profissão onde ganha muito dinheiro, mas nunca larguei a ginástica.

Faço minhas higienes e coloco a roupa da ginástica
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11:20 - sábado

Cheguei no local, e logo chega kim-seong para me cumprimentar.
- bom dia emily~ - diz ela
- bom dia, como está sua filha?
- não muito bem na verdade, está internada de novo.
Kim seong era minha única amiga no orfanato, hoje ela é professora, e construiu uma linda família, e sou madrinha da sua filha, que tem sérios problemas de saúde.
- An entendi, sinto muito- digo abraçando ela
- obrigada, ah e se não for te pedir muito, hoje tenho que dar aula de reforço, e meu marido tem uma reunião, será que poderia ficar com ela no hospital, só por 1 hora?
- Ah, mas é claro, não tenho nada para fazer hoje mesmo.
- AA obrigada amiga, te amo- diz me dando um beijo na bochecha
- eu também te amo, mas depois você irá me retribuir
- Ok eu te prometo, vai lá treinar beijos

Eu gostava muito da kim-seong, e admirava muito ela, eu era uma pessoa que não conseguia parar de trabalhar, pois ficava com medo de dívidas, então eu me afundei na solidão, e desisti de encontrar alguém.
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13:03 - sexta feira
meu treino tinha acabado já a um tempo, eu passei em casa para me trocar, e estava indo para o hospital, cheguei lá com o marido de kim- seong, apressado olhando para o relógio, cheguei ao lado dele e falei
- apressado?
- Ah graças a Deus que você chegou, preciso ir, o médico dela vem daqui a pouco para os exames, e obrigada por ajudar
- a de- mal terminei de falar e ele já tinha metido o pé- mal educado
- oi tia - disse Ha-na
- cadê minha sobrinha preferida? A, nossa, você está com uma cara péssima
- como sempre você com seu grande senso de humor tia
- você sabe que eu sou maravilhosa - rimos juntas
- tia, você acha que eu vou morrer? - olhei para ela assustada, e me deitei do lado dela-
- do que está falando?
- não sou burra tia, ja é a 4 vez que venho ao hospital só esse mês, já fiz 16 cirurgias desde que nasci, e vejo como os médicos falam, e também vejo como me olham, você acha que eu vou morrer?
- sabe que eu nunca mentiria para ti, né?- ela concorda com a cabeça- seu caso é muito raro, e por isso tomamos muita conta de você, mas seus pais não me contam muito, hoje eu irei conversas com seu médico, e depois eu te falo
- ta bom tia, eu sei que vai me contar a verdade, ah e outra coisa, o médico, ele é muito bonitinho, se você quiser eu te arranjo para ele. - eu solto uma risadinha baixa
- aí, o que seria de mim sem você ein - e começo a abraçá-la e a enche- lá de beijos
*batem na porta*
- é ele tia, levanta e finge ser seria -olho para ela indignada- vai logo tia! Entra
Aparece o médico, e realmente, ele era muito lindo, seu cabelo era platinado, e seus olhos castanhos, ele era um dos homens mais lindo que já tinha visto, se depender o mais lindo.
- Boa tarde, sou o doutor da Ha-na , você deve ser Emily Blair, Ha-na me falou sobre você, um prazer conhecê-la - a voz dele, era grossa e meio rouca, era maravilhosa
- O prazer é meu, Ha-na também me falou sobre você, sou madrinha dela
- Entendi, os pais falaram que você estaria aqui, bom Ha-na, como está se sentindo?
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Depois de alguns exames, o doutor falou que queria falar comigo a sós, Ha-na lançou uma piscada para mim e apontou com a cabeça, o que me fez revirar os olhos.
- Tchau Tchau doutor- disse ela mandando beijos e fazendo tchauzinho com a mão
- tchau tchau ha-na- diz ele fazendo o mesmo
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