O jardineiro, ao ver aquela linda flor cheia de vida, resolve dar a ela um fertilizante novo, da mais alta qualidade, a água mais pura, e principalmente, a sua atenção.
Porém a flor percebeu que havia algo errado, pois mesmo com todos os cuidados, ela percebia que em alguns dias, suas pétalas estavam murchas.
Então ela resolve questionar o jardineiro sobre isso. Mas ele não responde. Até que os dias foram se passando e as pétalas foram caindo de uma em uma, até que não sobrasse mais nada. A linda flor havia morrido...
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Era uma segunda feira tão comum e sem graça como as outras.
Eu tava arrumando a minha cama até que Rosemary bateu na porta.
— Saffy? Senhor fumus quer falar contigo. — A voz de sono dela vinha do outro lado da porta. Ela parecia que estava ansiosa para ir logo para a cama e dormir.
— Ok, já vou indo. — Eu respondi.
Eu fiquei um pouco confusa e até com um pouco de medo. Fiquei pensando "Será que eu esqueci alguma cortina sem lavar?!"
Quando cheguei, o vi na sacada fumando seu cigarro. O cheiro já não incomodava mais.
— Boa noite. – Sua voz grave ecoava por toda sala.
— Boa noite, senhor. – Eu prontamente respondi, me curvando levemente.
— Você vem se esforçando muito recentemente, então resolvi te dar um prêmio pelo esforço. – Ele diz isso enquanto continua olhando para fora. Logo após terminar, ele dá uma nova tragada em seu cigarro.
— Oh, obrigada. – Ainda estava meio confusa, porque ele me chamaria pra falar isso... de noite? Não seria melhor de dia?
— Conversei com suas amigas e elas disseram que você adoraria ver filmes em um cinema. – dessa vez, ele se vira para mim.
— É verdade... eu sempre quis saber como é ver um filme em uma tela gigante. — Meus olhos brilham quando eu penso nisso.
— Muito bem, a última porta desse corredor da na sala de cinema que eu costumo usar. Ela é toda sua por essa noite. — Ele aponta seu cigarro para aquele corredor.
Nessa hora, eu paralisei por meio segundo. Ele realmente estava dizendo isso? Ele simplesmente cedeu uma sala que até mesmo seus subordinados do alto escalão não podiam usar.
— E... eu não sei como reagir a isso... o...obrigada!
— Pedi para o taffy preparar uma grande bacia de pipoca e uma garrafa do mais puro suco de uva para você. — Ele volta a se virar para observar a noite. — Não precisa agradecer.
Eu me despeço dele e vou direto para aquela sala. Ao abrir a porta, eu me deparo com um corredor escuro, mas no final dava pra notar uma pequena luz refletindo no carpete preto que cobria até as paredes.
Caminhando até a luz, eu me deparo com uma tela branca enorme, lá estava ela, imponente. Em sua frente, haviam várias cadeiras, mas uma se destacava, e lá era onde estava a pipoca e a bebida.
Ao chegar lá, eu notei que havia um controle com números de 0 a 9. E um caderno com vários filmes, e do lado deles havia seu código de 3 dígitos. Eu não demorei muito para saber que bastava apenas apertar os números com o código do filme para poder assistir.
E então assim foi... eu não lembro direito qual filme eu assisti, mas quando eu resolvi beber um pouco de suco, eu percebi que ele estava um pouco forte de mais, mas como eu não queria incomodar ele, eu apenas continuei bebendo.
Eu assisti vários filmes naquela noite, e a medida que os filmes iam passando, mais minha visão ficava bagunçada e o sono vinha. Até que eu cai de sono.
Eu lembro de acordar no dia seguinte na minha cama. Eu havia tido um sonho, onde tudo que eu podia ver era a escuridão, até que quando eu percebo. Dois olhos roxos me encaravam, e um sorriso assustador.
Naquele dia eu não consegui trabalhar, pois eu não conseguia nem mesmo sair da cama. Mesmo tendo dormido, eu me sentia exausta. E a medida que os dias foram passando, toda vez que eu tinha aquele sonho, eu acordava assim. E eu nunca lembrava de nada da noite anterior. A única coisa que eu lembrava era que a última pessoa que eu havia visto era... Ele.
