Capítulo 2

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Kamol: Até que enfim você chegou. Achei que não viesse mais. — Os convidados já estavam chegando, e quase uma hora depois que Luke disse que viria, ele finalmente apareceu.

Luke: Calma, cara. Você está muito estressado, não acha? — Por mais que ele odiasse admitir, Kamol tinha que concordar com o amigo. Realmente estava um pouco estressado.

Pond: Ele está assim desde que cheguei. Parece que as coisas não estão saindo como o planejado. — Kamol apenas queria matar o irmão naquele momento.

Kamol: Cala a boca, Pond, ou você vai se arrepender. Tá me entendendo?

Pond: Não tá mais aqui quem falou. Vejo vocês mais tarde. — Ele saiu para cumprimentar os convidados, como fazia todos os anos.

Luke: Não precisa ser tão duro com seu irmão.

Kamol: Não me diga como devo educá-lo. Eu sei o que estou fazendo. — Tudo que ele menos precisava naquele momento era alguém lhe ensinando como cuidar de Pond. — Espero que aproveite a festa. — Kamol disse, abrindo caminho entre os convidados.

Luke: Espera, aonde você vai?

Kamol: Não interessa. Me faz um favor e toma conta de tudo, ok? Até mais. — Ele só queria sair dali o mais rápido possível. A noite não estava saindo como o planejado, e Kamol estava cada vez mais estressado; precisava urgente esfriar a cabeça.

Luke continuou atrás dele. — Aonde você vai? Me responde!

Kamol: Vou dar uma volta. Não tem ninguém interessante aqui mesmo.

Luke: Quer que eu vá com você?

Kamol: Não precisa, eu quero ficar um tempo sozinho.

Luke: Tudo bem. Vê se não demora.

☆☆☆

Talvez ele tivesse se arrependido um pouco de não ter ido com Phuwin. O tédio chegou mais rápido do que o previsto, e a noite que Kim tinha planejado não saiu como esperava. Ele resolveu dar uma volta na praia, admirar o luar e aproveitar o momento. O único problema era que o lugar estava deserto; pelo visto, todos tinham ido para a festa, e ele estava sozinho. Não se incomodou tanto, pois sempre gostou da própria companhia.

Sentou em algumas cadeiras perto de uma barraca um pouco afastada do hotel e começou a refletir sobre como tudo na sua vida parecia complicado, como se nada desse certo. Esse era um dos motivos pelos quais ele não se envolvia com ninguém. Já tinha aprendido sua lição no passado. Apostara todas as fichas naquela relação e acabou com o coração partido. Agora, preferia algo casual, uma aventura de uma noite. Mas, por mais que dissesse isso a si mesmo, ainda sonhava com uma relação onde alguém realmente o amasse.

Estava tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu quando alguém se aproximou.

Kamol: Você não tem medo de andar por aqui essa hora da noite? — A voz rouca o assustou, e Kim se virou na direção dela.

Kamol: Me desculpe se te assustei.

Kim: Sem problemas. Mas eu deveria? Quer dizer, ter medo de estar aqui? Me parece ser um lugar seguro, pelo menos é isso que dizem.

Kamol: Não deveria confiar tanto no que os outros dizem. O mundo não é um jardim de flores. E não sei se você deveria estar aqui.

Kim: O que quer dizer com isso? E quem é você? — Só então percebeu que estava falando com um completo estranho, que talvez estivesse o alertando sobre ele mesmo.

Kamol: Meu nome é Kamol. Estou hospedado aqui.

Kim: Hum. E por que eu não deveria estar aqui?

Kamol: Ah, esse é um local privado. — Kamol se sentou ao lado de Kim nas cadeiras.

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