capítulo 4

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                                "Filipe ret"

Acabei de sair do banho e desci as escadas indo pra sala, ne joguei no sofá e coloquei na Netflix

De repente chega cabelinho

Ret- eae?- falo me referindo ao gás

Cabelinho- a anna é doidona cê não tá ligado patrão, ela negou o gás- ele fala me fazendo bufar e revirar o olho

Ret- aquela porra é cheia de marra, onde é a casa dela?- cabelinho explica que fica em frente a praça, praticamente perto do Paulo

Saio de casa e passo pelos valores, sai até sem camisa mermo, subi na moto e fui na casa daquela desgraça

Cheguei lá e bati na porta, ninguém abriu

Bati mais forte e ninguém falou nada

Ret- ABRE LOGO CARALHO- bati mais forte e vi que algumas pessoas que estavam passando tavam olhando assustadas

Logo a porta abre e vejo o lorão com a cara amassada, ela passa a mão no rosto e tenta me enxergar pousando a mão na testa por conta do sol

Anna- o que porra é isso na minha porta?- fala como se não tivesse vendo que o dono do morro tava na frente dela

Ret- vim trazer a desgraça desse gás- falo pegando o gás na moto e já vou invadindo a casa dela,  ela me olha puta, nem ligo

Anna- cara, eu tava dormindo você me acordou pra me atormenta sobre um gás?- ela fala incrédula fechando a porta e me seguindo até sua cozinha

Ret- vim trazer, deixa de marra caralho, tu quer ficar com fome durante uma noite inteira?- pergunto olhando nos olhos dela, me arrepiei quando vi aqueles olhos castanhos escuro, parece que já vi ela antes, ela desvia o olhar

Anna- eu já passei por coisa pior e tô aqui pra contar história- fala brava- se for pra tu me deixar em paz coloca logo isso

Ret- esse tá vazio mermo né?- falo e ela assente

Anna- quando instalar faz o favor de passar e fechar a porta- fala saindo da cozinha e me deixando sozinho sem intender nada

Essa porra é louca, o máximo que eu faço é chamar ela de lorão e da umas olhadas nela, era o sonho de qualquer uma aqui eu tá trocando o gás da casa delas, mais essa maluca não faz bem questão de respirar o mesmo ar que eu tô

Escuto um barulho de água, deduzi que vinha do banheiro

Depois de uns trinta minutos consegui instalar

Sai da cozinha e dei de cara com ela só de toalha, não sei se foi na intenção mais mexeu comigo

Anna- credo que susto, pensei que você já tinha ido embora- ela fala segurando firme a toalha, vejo que ela tá desconfortável e me viro de costas

Ret- demorou um pouco por que eu tinha esquecido como que troca- escuto passos indo pra longe e ela bufar

Anna- então você foi na fé e coloco isso aí? Quem me garante que eu não vou explodir junto com essa casa quando eu ligar o fogo?- escuto ela falar isso em um som abafado me viro e vejo que ela tá trancada no quarto, provavelmente trocando de roupa

Ret- eu garanto, vou acender pra você ver- falo e vejo a porta abrir, ela tava com um blusão branco, não dava pra ver se tinha alguma coisa embaixo

Ela fica me olhando com a sombrancelha arqueada e com os braços cruzados no batente da porta de seu quarto

Anna- tá esperando o que meu filho? Vai acender eu sou jovem pra morrer, você tem o que trinta? Quarenta?- fecho a cara quando ela fala isso e vou pra cozinha

Acendo o fogo e não explode, amém

Ret- vem porra, já tá aceso- ela vem até a cozinha e olha o fogão, fico paralisado vendo os olhos dela, ela me lembra alguém

Anna- já pode ir, amanhã quando eu receber eu pago- fala e sai andando na frente

Ret- não é pra pagar nada, você mora aqui no morro, eu ajudo quem mora aqui- falo e ela para de andar e de vira pra mim

Anna- valeu, mais eu não vou me sentir bem se eu não pagar- ela falou e eu assenti com a cabeça

Ret- eu não vou querer, não preciso não- falo e ela bufa revirando o olho

Anna- eu também não precisa desse gás mais tu trouxe, então vai aceitar sim- ela fala e em na minha direção, fico sem entender nada mais logo ela vai pra trás de mim e começa a me empurrar pra fora

Ret- pra que isso? Era só pedi pra eu sair- falo

Anna- e adianta? Já pedi mais parece que tu finge de surdo- ela para de me empurrar e vai pra minha frente- já pode ir

Ret- porra, o que eu te fiz que tu me odeia?-falo e ela bufa

Anna- olha você quer motivos?- ela fala cruzando os braços e me encarando

Ret- quero sim!- falo cruzando os braços também

Anna- primeiro, você namora com a Mayara e eu não sou talarica, mesmo que eu odeie ela não faria isso, segundo, você pega qualquer uma que te de corda, ter...- corto ela

Ret- primeiro, eu não namoro a Mayara, eu só fico com ela as vezes- ela me olha

Anna- então conta isso pra ela, ela fala pra todo mundo que vocês namoram-  sou obrigado a rir

Ret- sério? Ela é muito emocionada, do pego ela quando não tem ninguém e ela já tá "namorando comigo"?- falo rindo e a matrenta continua seria

Anna- enfim, não me interessa, só acho você meio rodado, nada contra- nunca pensei que eu fosse rodado, fiquei até sério quando ela falou isso

Ret- eu sou rodado?- pergunto e ela assenti

Anna- me diz uma mulher desse morro que você não pegou?- ela fala gesticulando

Ret- você?- ela bufa

Anna- enfim, já trocou o gás agora vaza- fala e anda até a porta, sigo ela, já entendi que ela não me quer aqui

Chegamos na porta e fiquei encarando ela, o que tem de marrenta tem de linda, ela tem um jeito de menina mais sua personalidade do z outra coisa

Ret- tchau lorão- falo saindo

Ela me olha e fecha a porta na minha cara, que mulher maluca



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Nᴏ ᴍᴏʀʀᴏ ᴇᴜ ᴛᴇ ᴄᴏɴϙᴜɪꜱᴛᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora