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- Você precisa relaxar. - Eram as palavras de Tzuyu Enquanto se aproximava de Sana, essa última que estava rindo agora.

- Ok desculpa, é que é estranho fazer isso com você. - Foi a resposta de Sana.

- Quer desistir? - Perguntou a Chou se afastando um pouco de Sana, essa que estava encostada na parede, na parte de trás do colégio.

- Não! - Puxou Tzuyu subitamente. - Eu quero que seja com você e que você me ensine.

Sana era a mais velha entre as duas, mas Tzuyu era a mais social. Por consequência disso Tzuyu perdeu seu bv primeiro que Sana, e agora a mais velha queria que Tzuyu ensinasse a ela o que sabia.

- Você não acha estranho beijar uma garota? - Tzuyu questionou, sentindo ser puxada.

- Você não é qualquer garota, é minha melhor amiga, e a única pessoa que eu confio pra fazer isso sem me sentir estranha. - Reafirmou Sana suas palavras de antes.

Tzuyu sorriu, colocando uma de suas mãos sobre o rosto de Sana. Essa que sentiu o toque da mão de Tzuyu e fechou os olhos no mesmo instante. Tzuyu se aproximou um pouco mais e aproveitou que a outra já estava de olhos fechados para começar de vez a aula que prometeu a amiga.

Seus lábios se tocaram e as duas aos poucos foram perdendo a vergonha pelo que estava acontecendo. Vendo que Sana estava mais a vontade, pois essa tinha aproximado mais de Tzuyu, a última achou que seria a melhor hora de introduzir a língua no beijo, que durou tempo suficiente até ambas se separarem pela falta de ar.

Nenhuma das duas disse aquele dia, mas queriam repetir a dose assim que recuperaram o ar, mas a vergonha falou mais alto.

Foi também a primeira vez que Sana sentiu borboletas em seu estômago por causa de Tzuyu. Estava envolvida demais com o momento para considerar que aquela sensação poderia ser algum tipo de sentimento sendo descoberto.

A única coisa que pensou naquele momento era: Será que comumente beijos eram bons assim?

Porque definitivamente, beijar Tzuyu era bom demais.

• • •

- Como é?

Voltando a atualidade, Sana estava em uma conversa com a senhora Minatozaki. O mercado não era lá o lugar propício para ter aquele tipo de conversa, mas..

- É verdade, eu a vi. - Sana parou e olhou sua mãe que havia feito aquele mesmo movimento segundos atrás.

- Sana, isso está fora de controle. Você está enlouquecendo. - A mulher obviamente não acreditava que Sana havia visto Tzuyu.

- Mãe, eu não tô alucinando. Eu a vi, conversei com ela, ela até me deu o número do celular. - Dizia enquanto procurava o tal telefone na lista de contatos.

- Sana nós fomos no enterro dela! - A mulher dizia como se aquilo fosse óbvio.

Sana virou para sua mãe a tela de seu celular mostrando um contrato salvo com o nome 'Tzuyu'.

- Eu vou marcar um psicólogo pra você, isso está interferindo demais na sua vida. - A mulher falou começando a andar com o carrinho.

- Mãe! Ela está em Ansan. Eu a vi, é ela mesmo. É a mesma Tzuyu que conhecemos. É ela mãe. Viva! - Falava sorridente, mas seu sorriso logo foi desfeito quando percebeu que sua mãe a olhava sem acreditar na sua história. - Não pode ficar feliz por mim?

A mulher olhou sua filha e se sentiu mal pela atitude que estava tomando. Sabia que a possibilidade de Tzuyu estar viva era mínima, mas também sabia que Sana não era o tipo de pessoa que se deixava levar pelas coisas assim tão fácil.

Before You Go | SatzuOnde histórias criam vida. Descubra agora