01 | onde joel quebra copo

9.7K 1K 244
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Boston —Atualmente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Boston —
Atualmente

❜ ⌗ . . . . . . . . . ⌗ ❜

Havia meses em que os sonhos tinham se dissipado. Na verdade, Joel estava tão cansado que nós últimos dias (lê se meses) ele não vivia. Era como estar no automático, hora pós hora, até precisar estar novamente na cama para repor suas energias. Ele quase não dormia, e quando dormia era chapado de comprimidos. Tudo no intuito de não sonhar, apenas adormecer. Mas aquilo parecia ter saído do controle.

Depois de muito tempo lá estava ela, com seu sorriso de sempre nos lábios e seus olhos escuros o fitado.

Às vezes durava poucos segundos, outras, pareciam minutos infinitos. Não importa. De todas as maneiras ele acordava grogue, tonto e com aquele gosto ruim na boca.

Depois de ter perdido tudo que um dia teve na vida, ainda não sabia lidar com aquele vazio dentro de si. Quando sonhava com Sarah, quando sonhava com ela... O dia a seguir era sempre complicado.

— Merda.

Praguejou, apertando as palmas das mãos contra seus olhos ao mesmo tempo em que se sentava na cama. Mais de uma década e ele ainda não sabia lidar com aquilo, talvez de fato, jamais saberia.

Se forçou a levantar da cama com bastante preguiça e desmazelo, foi até a garrafa de whisky que estava quase no fim e virou o resto dentro do copo que estava em cima da pia. Joel pegou o objeto em mãos e se dirigiu até a mesa, se sentou com o lápis em mãos.

Eles dizem que depois de um tempo você se acostuma com a dor, Joel mesmo tentou se convencer disso inúmeras vezes. Mas, todas as vezes que sonhava com uma parte do seu passado —, a dor voltava com tudo de uma vez. Como se nunca tivesse ido embora. Então, era como se fosse um limbo, o qual você cava, cava, cava e nunca consegue escapar. Era assim que ele se sentia.

— Que milagre, tá acordado. — a voz conhecida de Tessa soou no ambiente.

Se deu conta que nem ouviu o destrancar da porta. Tessa entrou no ambiente com os cabelos presos ao alto, as bochechas suja de graxa e um olhar cansado.

FIRST CHILDREN, joel miller (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora