pt. 2 Magnets

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Rant jisung
"A partir de hoje roxo é minha cor favorita"

*Narração Lee Know*

12 andares, triplex 121
Elevador gigante
Espelhos
Música entediante
Senhas

O coração acelerava mais a cada andar, suas mãos soavam e só conseguia pensar que precisaria de no mínimo uma garrafa de champanhe para atravessar a noite, mas não deveria.
Quando as portas se abriram os deixando diretamente no hall do apartamento sentiu seus pés vacilarem e precisou que Felix lê desce um pequeno empurrão. Colocou o sorriso mais verdadeiro que conseguia no rosto e entrou como deveria se sentir, dono do lugar. Tecnicamente ainda era.
Logo na entrada da sala se serviu de uma taça de espumante e saiu cumprimentando os colegas, com sorrisos e abraços até ouvir a voz de Chan.

- Finalmente! - seu sorriso vacilou ao ver o amado caminhando em sua direção. Tentou evitar seu olhar e esse foi seu maior erro.

Lhe faltou o ar e parou de andar imediatamente, não sabia que ele estaria ali, já faziam o que? 2 anos desde a última vez que se viram. O cabelo estava mais comprido, cobrindo levemente seus olhos, com um terno simples, uma taça de vinho e a boca levemente aberta, como se tivesse sido pego de surpresa.
Ele estava lindo.
Foi arrancado de seus pensamentos pelo abraço desajeitado do namorado, murmurou um "desculpa" que Chan achou ter sido pelo leve atraso e seguiu o parceiro até o grupo de onde havia vindo.

- Olha quem nós sequestramos de volta! - Changbin segurou os ombros do amigo nitidamente feliz, o exibindo para todos com orgulho.

- Han! - Hyunjin foi o primeiro a se jogar contra o músico - então era verdade!

- Jisung, não sabia que viria. Bom te ver. - Lee Know lhe deu um leve abraço. Tentando entender o que estava sentindo.

- Nós postamos no twitter vida! Você não viu? - Chan disse abraçando a cintura de Minho.

- Acho que deixei essa escapar. - Riu sem jeito e focou em sua taça.

Todos se cumprimentaram e engajaram em conversas aleatórias sobre o que seriam as surpresas, quais as novidades em Los Angeles, quando alguém do grupo casaria, etc. Coisas rotineiras e talvez caseiras demais, mas era assim com eles, confortável.
Tirando o desconforto dos dois conhecidos, toda vez que trocavam olhares ambos permaneciam tempo demais no olhar do outro. Jisung engolia em seco a cada movimento que o outro fazia, arrepios e vertigem.
Pareciam imãs, sem pensar estavam se esbarrando e quando se tocavam se repeliam, cada um fugindo para um canto diferente tentando entender o que acontecia. Por que toda vez era assim?

TW - Insinuação/Conteúdo sexual

Lino foi o primeiro a fugir de verdade, pediu licença puxando Chan consigo até o segundo andar do apartamento.
Entraram no quarto de hóspedes, bem na entrada do corredor, com Lino fechando a porta logo atrás de si.

- não sabia que certas pessoas estariam aqui, gostaria muito de ter recebido a lista da festa. - disse com a cara fechada, sua mandíbula travada denunciava sua falta de felicidade.

- Meu amor, não sou só eu que escolho quem está aqui lembra. Somos em quatro donos e o Junho que manda de verdade. Por enquanto. - disse com uma piscadinha, enquanto se aproximava cada vez mais, pressionando o namorado contra a porta. - Senti sua falta, desculpa a correria e o sumiço, mas hoje você fica aqui né?

Falou tão próximo de seu rosto ao ponto de Lino não conseguir enxergar mais nada além da boca do namorado, que não permitiu uma resposta, o beijou com vontade e força. Nesses momentos que Lino esquecia tudo e apenas permitia se perder em todo o amor que um dia já sentiu por Chan.

- Você sabe como eu fico quando você usa essa calça, poderia ter avisado antes. Quase te arrastei pra cá na hora que você chegou. - Falava entre os beijos, descendo a mão pelo corpo do outro.

Não sabiam mais onde o corpo de um começava e o do outro terminava, todos os lugares que se era possível alcançar estavam sendo explorados por cima das roupas, apenas pequenas camadas os separando. Eles sempre foram puro tesão, um ardor insuportável, precisavam apagar as chamas um do outro como se suas vidas dependessem disso e talvez dependesse, durante um tempo.
Minho se permitiu sentir isso de novo, deixando que Chan fizesse o que quisesse, puxava seu cabelo enquanto o outro o apertava com força, puxava sua perna com vontade e gemia contra o seu pescoço. Ficaram assim por alguns minutos até quase não aguentarem mais e por ironia do destino quando Minho se deu por vencido começando a puxar Chan para a cama uma batida na porta.

- Gente? Vamos começar os anúncios. - A voz de Changbin os arrastou de volta a realidade.

Haviam esquecido completamente onde estavam e o que deveriam estar fazendo, com suspiros de raiva e frustração os dois tentaram se ajeitar da melhor forma antes de sair, mas não adiantava, Lino estava uma bagunça. Rosto vermelho, lábios inchados, marcas no pescoço que com certeza não deveriam estar ali, suas roupas amassadas e o cabelo pior ainda. Chan amava essa visão e queria mais, queria jogar ele na cama, terminar de bagunçar suas roupas, deixar o homem que amava rendido e pedindo por mais, e foder, foder a noite toda do jeito que sabia de cor como fazer. Um roteiro que eles escreveram no passar dos anos, se conheciam tão bem e agora a imagem de um Minho vulnerável e amassado era tudo que tinha na cabeça. Não via a hora da festa acabar.

Moth To A Flame - Stray KidsOnde histórias criam vida. Descubra agora