Hospital central de Eastwheat 17:22,
Um jovem médico finalmente terminava seu plantão de trabalho e atravessava os corredores aglomerados de pessoas. médicos, enfermeiras, técnicos pacientes, todos ocupavam aquele lugar aos montes o suficiente para deixar difícil a locomoção de um lado a outro, mas eventualmente conseguiu achar a saída, seus ombros doloridos e as juntas
travadas. o hospital recebia tantos pacientes que os médicos saiam de lá parecendo idosos reclamando de dores nas costas e de suas juntas, o jovem citado anteriormente não é excessão.- tanto trabalho vai me matar antes de conseguir o dinheiro que preciso - aproveitou o seu momento de reclamação diária pra estralar as costas e soltar as juntas dos braços e pernas.
Após sair do hospital, tinha uma pequena rotina diária, primeiro reclamava e esticava o corpo rígido, então procura qualquer loja que consiga descolar um lanche pra recuperar suas energias, o que até que era difícil, já que a essa hora, boa parte dos comércios já haviam fechado e as ruas se encontravam apenas com aqueles necessitadas, seja de abrigo ou de atendimento médico. e como parte de sua rotina instável, comprava um sanduíche de mortadela e muçarela, que quando não vinha com um pouco de mofo, era sinal para jogar na loteria. Essa saudável refeição era comumente acompanhada por uma pequena garrafa de refrigerante quente. Após isso, seguia até a estação de viagem.
Ah... a estação de viagem, onde sonhos nasciam e morriam, mas isso não importava muito naquele momento, ele estava ali por um motivo muito mais importante, obviamente falamos de um filhote, um gato muito pequeno e esguio com seus pelos quase dourados como os fios de cabelo do doutor que sempre vinha no exato mesmo horário lhe entregar ração e água. Outra coisa que compartilhava com seu quase dono, era o tom arroxeado das íris de seus olhos, se restasse alguem a essas horas, diriam que o médico estava frente a frente com sua forma animal, o que não seria incomum para esse mundo.
- eai amigão, espero que a chuva dessa manhã n tenha te atrapalhado você sabe que se eu pudesse te levava pra casa mas não permitem gatos no apartamento- o impaciente gato tentava puxar o pequeno pacote de ração na mão do homem mas apenas consegui alguns arranhões na embalagem.
O filhote de gato era muito sociável ao contrário da personalidade comum dos felinos. Sempre que via o doutor ia correndo cumprimentar ele passando por suas pernas e ronronando de felicidade. Após esbanjar da ração e da água subia no colo do doutor e aproveitava o limitado tempo juntos geralmente ouvindo as reclamações do jovem que mais se assemelhava a um idoso nesses momentos.
- Devo ser muito patético para desabafar com um gato, mas sabe, não há mais ninguém a quem eu possa conversar, porém, o tempo corre a passos largos, há uma promessa para cumprir assim que eu sair daqui.
Olhava com ansiedade para sua conta bancária, desejando que o numero de 2 milhões a qual possui subisse em 3 em um passe de mágica, não que fosse pouca coisa, pelo contrário, era muito. Para o jovem, essa grana não passava de uma marca a se lembrar, que faltava tão pouco, mas ao mesmo tempo faltava tanto, que seu coração acelerava e um suor frio descia pela sua pele só de ousar em questionar se ainda havia tempo ou não.
Infelizmente não podia degustar da ousadia de gastar tempo, mesmo que fosse com seu precioso amigo felino, então guardou o pote de ração e a garrafa de água, terminou o sanduiche e o refrigerante e agarrou sua mochila para retornar ao seu lar, já que o toque de recolher começaria logo. Aquele sentimento de inquietação de quando olhou para o dinheiro que lhe restava não desapareceu como das outras vezes. A cada passo, mais sentia que algo estava errado, o suor frio ainda corria pela sua testa e seu coração acelerava mais e mais. As ruas estavam vazias, nem os criminosos e delinquentes que eram ousados o suficiente para desafiar o toque de recolher estavam presentes, sentia que os prédios se aproximavam e retorciam em sua direção, que o ar fugia de seus pulmões e um mal presságio de que algo ruim estava prestes a acontecer.
Mas todo aquele sentimento de ansiedade e mal pressentimento sumiram quando a vistou sua casa a só uma rua de distância, uma auto estrada na verdade, mas vazia por conta do horário. Então, sem nem olhar para os dois lados, acelerou o passo a ponto de sequer perceber que já estava correndo até sua casa, até que BAAM. Desesperado, tenta procurar o que lhe atingiu, se deparando com uma espada apontada para sua garganta. O portador da lâmina tinha seu rosto coberto pela sombra, já que a luz da lua apenas iluminava suas costas e os postes falhavam, como sempre. Mas, antes de seu desmaio, foi capaz de reparar em três coisas, os olhos neons que brilhavam em rosa acompanhados de um sorriso desdenhoso.
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The Thousand Stars book 1
Aksi50 60 70? Quantos anos se passaram pro mundo se transformar nisso? apenas 4 cidades sobraram nos estados unidos, tantos países, cidades, já que tantas pessoas, e impérios caíram desde que a magia e as habilidades foram descobertas. o mundo mudou, nã...