🧁 A vida curta🧁

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Mike Point Of View

Halloween, o dia das bruxas que as crianças amam para sair correndo e pedir doces. E por incrível que pareça, os adolescentes também, onde podem transar, beber, se drogar, fumar e fazer o que quiser porque ninguém vai te reconhecer com marcara e fantasia. Tenho que confessar que amo esse dia, e hoje eu fiz uma maquiagem de caveira que faço desde quando eu era criança, usando um terno preto para combinar com o estilo.

- Você só precisa dar o cacete nele - digo batendo em suas costas, apontando para a calçada - Chame o grandão aqui e invente algo.

- Quer que eu apanhe de graça? - pergunta indignado, que me fez dar de ombros.

- Não estou pedindo para você apanhar, apenas chamar atenção do delegado - digo, apontando para o Luke logo após - Depois você liga na delegacia.

Os garotos assentiram e correram para dentro de casa, me fazendo ir até o meu carro. Eu dirigi até o bairro simples onde os Hopper's moravam, parando o meu carro numa sombra de árvore para o corno não me ver perto de sua casa. A ruas estavam vazias, e não havia nem uma criança enchendo o saco de ninguém.

- Bando de pestinhas, vão tudo na minha casa para pertubar - digo já sacando a deles.

Passei pelo quintal sujo e com entulhos até conseguir chegar na janela. Assim que me aproximei, eu vi que a lona preta que cobria a janela não estava mais lá. Agora eu tinha a perfeita visão do seu quarto, e da garota...

- Puta merda...

Jane estava bem à minha frente, se despindo lentamente de costas para mim. Eu queria parar de olhar, já que eu estava parecendo um tarado, mas era impossível. Sua bunda estava exposta, e ao se virar para a minha direção, eu vejo seus lindos peitos, no instante em que a morena colocou sua calcinha. No entanto, quando a Hopper me viu em sua janela, um grito extremamente agudo me faz dar um pulo de susto.

- Ah, meu Deus!

- Sou eu! Sou eu! - digo, mas já era tarde, ganhei uma bela bofetada na cabeça com um cabide de madeira - Aí!

- Mike? - a garota pergunta chocada, me fazendo sorrir congelado - Que maquiagem é essa?

- Caveira, era para parecer pelo menos - não demorou muito até que a garota abrisse sua janela, me fazendo pular para dentro - Eu pensei que seu pai tinha te matado e escondido seu corpo.

- Ele não é tão louco - riu baixinho, me fazendo encarar seus olhos vermelhos e inchados.

Lentamente eu levei as minhas mãos para o seu rosto, limpando as lágrimas que estavam em seus olhos. A Eleven parecia estar cansada, e não pensou por um segundo antes de se derreter em meus braços. Eu a abracei, retribuindo um pouco mais forte para dize-la que estava tudo bem. Como eu sou a pior pessoa para consolar alguém, eu apenas faço um carinho em seus cabelos.

- Eu pensei que você desistiu de mim, depois daquilo - sussurra, se referindo da noite que tivemos dias atrás.

- Não, nunca. Eu vinha aqui todas as noites, mas tinha uma lona por dentro impedindo que eu te visse - digo olhando para a janela.

- Meu pai ficou muito furioso comigo, não me deixava vender os bolinhos e colocou essa lona preta com forma de segurança. Trancava as janelas e me deixava aqui sozinha de castigo... - explica, me fazendo arregalar os olhos - Ele conversou com a diretora mentindo de que eu estava doente, por isso eu não ia à escola.

- Ele te bateu? - pergunto, mas a morena não responde, me fazendo reparar nas marcas roxas em suas coxas - Filho da puta...

- Ele só quer me proteger - justifica com uma voz chorosa - É muito difícil cuidar de uma filha.

𝐂𝐔𝐏𝐂𝐀𝐊𝐄𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐀 𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄 | 𝐌𝐢𝐥𝐞𝐯𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora