EVEREST | ABO jjk+pjm

Capítulo 4

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Depois de uma tour meticulosa pelo campus, um almoço cheio de risadas e distrações na companhia de Jin hyung e Taetae, a volta para meu quarto não foi tão sofrida quanto pensei. Eles conseguiram apagar por horas a existência do alfa da minha cabeça, só lembrei quando pousei minha mão na maçaneta às sete da noite.

Respirei fundo antes de abrir a porta e me surpreendi ao constatar que ele não estava ali. Deus finalmente notou meu sofrimento, o universo enfim conspirando ao meu favor, o humilhado sendo exaltado... finalmente. Abri a porta da sacada, liguei o ar condicionado e acendi dois incensos de baunilha, logo o cheiro do alfa se tornou quase imperceptível e só assim consegui ficar totalmente relaxado.

Meu dia foi cansativo, bom mas cansativo. Nunca andei tanto na minha vida. Taehyung me levou a todos os cantos possíveis dessa universidade, fomos do prédio da reitoria até os prédios interditados para reforma que os alunos usam para usar drogas e transar. Mesmo depois dessa tour provavelmente ainda vou me perder muito nesse campus, o único lugar que certamente não vou errar o caminho é o do prédio do meu departamento e talvez os interditados, não ficam longe daqui, apenas por isso, claro.

Olhei as horas e já passava das sete e meia. Cedo ainda, contudo, quanto antes me arrumar, antes eu saio, com sorte, antes do alfa chegar. Me levantei e segui para o banheiro com minha toalha no ombro, com um dos sabonetes que o papai me deu e meus produtos para o cabelo. Preciso pegar alguém hoje para meu cérebro desvincular todas as merdas que vi e ouvi do que eu realmente gosto.

Meu banho não demorou muito, vesti uma calça preta e uma regata cinza grafite e em menos de uma hora já estava pronto, apenas finalizando meu delineado invertido bem suave. Ao fim dei uma última olhada no meu reflexo e sorri com os lábios, satisfeito com o resultado, balancei a cabeça um pouco soltando meus fios antes de passar a mão por eles os jogando para trás sem me importar que estejam um pouco bagunçados. No quarto peguei minha carteira e chaves, segui para a porta e calcei meu coturno velhinho. Conseguir me arrumar antes que o alfa voltasse é mais uma vitória neste dia, a prova que Deus não me abandonou ainda.

Estava virando o corredor em direção ao elevador quando decidi voltar para pegar uma jaqueta. As madrugadas geralmente são frias aqui em Seul e já não está tão quente quanto estava de dia. Abri a porta e me estiquei para alcançar a jaqueta no mancebo da entrada. Assim que a peguei fechei a porta e me virei deparando com uma parede de moletom e quis chorar. Devia ter pedido o Tae uma blusa de frio emprestada ao invés de voltar. Estava tudo indo tão bem.

— Vai me deixar entrar ou quer que eu te tire daí? Meus métodos podem ser um pouco agressivos e invasivos, algo que envolva minhas mãos na sua bunda.

E se eu morder a língua e morrer aqui e agora, eu vou para o inferno? Se bem que muito menos sofrimento transformou pessoas em santos. Talvez eu vire um santo, o santo protetor dos ômegas lupinos, porque precisamos de um urgentemente.

Olhei o rosto do alfa e bastou apenas uma troca de olhares para que ele começasse a liberar seus feromônios malditos. Um sorriso provocador dançava em seus lábios apenas aumentando minha vontade de tirar aquele sorrisinho de seu rosto na porrada. Dei um passo para trás tomando distância  e segui em direção ao elevador. Ao menos não vou ter que lidar com ele até amanhã.

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— Daqui a pouco você vai se mudar pra cá.

— O que eu posso fazer se meu próprio quarto não é um ambiente seguro? - Resmunguei me jogando na cama do Jin porque a do ruivo estava inabitável como de se esperar.

— Desde já aviso que sou grande demais até para minha cama, vai ter que dividir a do Taehyung com ele e com a bagunça dele.- Jin argumentou antecipadamente me arrancando uma leve risada.