Oie! Essa é uma história que me veio num sonho (mentira - ou não) e talvez eu poste mais oneshots aqui :)
Espero que gostem!
Quero agradecer à Lia e à Karol - podem cobrar delas pois elas também têm ideias de oneshots pra serem postadas
Leiam ao som de NFWMB - Hozier (se quiserem)
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Simone, ao chegar ao hotel, tirou todos os adesivos de campanha e jogou-os fora, despiu-se o mais rapidamente que pôde e, em menos de dez minutos desde que tinha entrado no quarto, já estava de banho tomado, usando uma camiseta de pijama e somente calcinha. Deitou na cama e, pela primeira vez naquele dia, teve tempo de olhar suas mensagens com calma. Respondeu às filhas, informando que tudo estava bem, contando das expectativas para o segundo turno que aconteceria dali a uns dias e pedindo notícias da sua mãe.
Quando abriu a conversa com outra ex-candidata à Presidência e colega de Senado, quase deixou o celular cair no colo.
Abaixo de diversas mensagens perguntando de como estava, se tinha se alimentado e bebido água, quando poderiam conversar e se a morena estava cansada, tinha uma foto de Soraya – ou melhor, do seu corpo – sem sutiã, deitada com uma calcinha obscenamente pequena, que revelava sua marquinha de biquíni, e de cor azul turquesa, uma cor que contrastava quase de forma criminosa com a pele bronzeada.
A legenda abaixo da foto dizia apenas "Achei que ia morrer de saudades hoje 😿".
Simone se contorceu um pouco no colchão, não querendo ceder tão fácil mas já sentindo que ia colapsar ali mesmo, o incômodo no meio das pernas já se fazendo presente de forma quase dolorosa.
Resolveu jogar baixo. Respondeu a todas as mensagens acima da foto, mas não a foto em si. Queria ver até onde Soraya iria.
Soraya ignorou tudo que Simone tinha respondido sobre como o dia tinha sido ótimo, sobre como foi incrível o contato com as pessoas, que estava animada com a eleição de Lula e sobre as suas refeições naquele dia. Respondeu apenas "Vai me ignorar?".
Desde que tinham começado aquele caso proibido, Simone nunca tinha visto a loira tão atirada. Normalmente, ela quem fazia as investidas.
Hesitou por alguns instantes, mas acabou por ligar para ela.
– Oi, amor – Soraya atendeu, sua voz baixinha.
– Boa noite, meu bem.
– Quer dizer que hoje foi bom, então...
– Foi sim.
– Que bom...
– E você? Como foi a volta ao Senado?
– Tudo bem. Estava exatamente da mesma forma de quando nos afastamos.
Simone riu.
– Estou com saudades – Soraya repetiu o que tinha falado na mensagem.
– Fiquei sabendo. Está só de calcinha na cama com seu marido?
– Claro que não, Simone. Ele foi pra Campo Grande. Não sei se volta essa semana.
– Hum...
– Mas você volta...
– Volto.
– Queria que se teletransportasse pra cá agora. Faz tanto tempo...
– Eu viajei anteontem, Soraya. Ontem você me acordou com uma mensagem dizendo que ia fazer greve de um mês porque não conseguia andar.
– Isso foi ontem. Hoje já tive que tomar dois banhos gelados por conta da saudade de você.